Medicalização da sexualidade e pedagogia do terror, o fio +
Todo mundo lembra daquela aula da escola de sexualidade, onde são sempre abordados os mesmos assuntos:Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST's) e os "perigos" da gravidez na adolescência. Quais os problemas dessa abordagem?
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Ao abordar a sexualidade unicamente por essa perspectiva, não damos destaque à vivência prazerosa e com responsabilidade que todas as pessoas possam ter, mas lançamos mão da pedagogia do terror
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Colocamos medo em nossos jovens , como uma tentativa de disciplinar os corpos. Além de todo o trauma, essa é uma perspectiva ingênua
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Informação importa, mas não é tudo. Apenas informar jovens não vai alterar comportamentos, necessariamente. Isso é uma perspectiva individualista, influenciada pelo sistema em que vivemos. +
Desconsidera-se todo o contexto social, cultural e econômico que influencia nas atitudes dos jovens. Retira a responsabilidade do governo em promover condições de vida adequada e joga no colo do indivíduo toda a responsabilidade.
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Como educadores, precisamos estar atentos à essas perspectivas.
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Abstinência sexual como método contraceptivo, o fio 🧶
Ontem a Câmara Municipal de SP ia votar o projeto de lei que criaria o Programa Escolhi Esperar, que preconiza abstinência sexual como método contraceptivo para adolescentes. Ao que parece a votação foi adiada.
Existem diversas abordagens de educação sexual nas escolas e na sociedade. Uma pesquisadora que usei em minha dissertação, Furlani, dividia em 8 possíveis abordagens. Obviamente são apenas categorizações para fins de organização e não dão conta da totalidade.
Mas uma dessas abordagens é a moral tradicionalista, que diz que a educação sexual é responsabilidade da família, e preconiza como método contraceptivo a abstinência sexual. Um dos principais problemas dessa abordagem é a privação de informação, que gera perpetuação de +