1) Segunda rodada da Pesquisa Genial/Quaest foi divulgada nesta manhã e mostra grande estabilidade na opinião pública. Reprovação ao governo Bolsonaro está em 56% e a reprovação da sua forma de governar está em 66%. Segue o fio!
2) Embora julho tenha sido de alta movimentação política (internação do presidente, Ciro Nogueira no governo, manifestações pro voto impresso), nada mudou na opinião pública desde a última pesquisa. A novidade é que Bolsonaro parou de cair, embora continue vivendo um mal momento
3) A avaliação positiva do governo se mantém no patamar dos 26%, enquanto a avaliação negativa continue em 44%. Essa estabilidade esconde, no entanto, movimentos aparentemente interessantes dentro dos segmentos sociais.
4) O presidente parece estancar seu ‘derretimento’ com a ajuda dos mais ricos. Encontramos uma variação significativa e positiva de 14 pontos percentuais na avaliação positiva do governo entre o público de renda alta. Nos mais pobres, Bolsonaro continua com alta rejeição: 49%.
5) Nas regiões, também observamos alterações que parecem interessantes. No Centro-Oeste o presidente melhorou sua avaliação positiva, passando de 24 para 36%, enquanto no Nordeste piorou: avaliação negativa passou de 49 para 56%. Nas outras regiões, nada significativo.
6) Quando passamos para o cenário eleitoral, a estabilidade também permanece. Lula continua sendo favorito e apresenta uma vantagem significa em relação aos demais concorrentes.
7) O ex-presidente varia de 44 a 46% nos cenários de primeiro turno. Bolsonaro, que aparece em segundo, varia de 27 a 29%. Os dois continuam sendo os protagonistas da próxima eleição, polarizando a disputa nacional até aqui.
8) Nenhum nome testado da 3 via é capaz de roubar votos deles. Nem Datena, nem Moro, testados pela primeira vez, abalam as intenções de voto dos dois primeiros colocados.
9) A demanda por um nome nem-nem permanece na casa dos 30%. Com o atual quadro de fragmentação dos candidatos de centro, dificilmente um deles poderia chegar ao segundo turno, pois o número de eleitores disponível não é suficiente para ultrapassar Bolsonaro ou Lula.
10) Nos cenários de segundo turno, Lula vence qualquer adversário testado. No pior dos casos ele fica com 53% das intenções de voto, no melhor dos casos, ele vai a 58%. O adversário mais competitivo é Bolsonaro que tem 33% no cenário de segundo turno.
11) O segundo turno é facilmente decodificado pelo resultado da rejeição. O potencial de voto do Lula é de 58%, do Bolsonaro, de 38%. É quase o valor que cada um tem no segundo turno.
12) O que pode mudar as coisas em favor do presidente Bolsonaro é a economia. Os brasileiros estão otimistas em relação ao futuro. Se esse otimismo se concretizar, e se materializar em poder de compra, o presidente pode melhorar sua avaliação nos estratos de baixa renda.
13) A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 29/7 e 1/8 por meio de 1.500 entrevistas presenciais domiciliares em 95 municípios das 27 unidades da federação. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
14) A íntegra do relatório, que tem muitas outras avaliações, pode ser obtida aqui: genial.vc/pesquisa4-8
1/ Pesquisa Genial/Quaest publicada hoje na coluna do @laurojardim mostra a principal consequência das eleições deste ano: o anti-petismo venceu, mas venceu rachado. Se as eleições fossem hoje, Lula teria 32%, Marçal teria 18% e Tarcísio 15%.
2/ Esse racha da direita aconteceu exatamente dentro do eleitorado que votou em Bolsonaro em 2022. Enquanto Lula mantém 71% de seus eleitores, Marçal e Tarcísio dividem o espólio de Bolsonaro. Cada um teria aproximadamente 30% do eleitor que votou no ex-presidente.
3/ Lula continua com muita vantagem no Nordeste, mas chama atenção a força de Marçal, com o dobro de intenção de votos em relação a Tarcísio. Mesmo padrão do Sul, Centro-Oeste/Norte. Tarcísio só aparece forte no Sudeste, onde é mais conhecido. Essa divisão favorece Lula.
Alguns dos analistas que acompanham o trabalho da @quaestpesquisa levantaram uma questão importante e que merece uma nota: por que a amostra da pesquisa é composta por apenas 30% de entrevistados com renda domiciliar total de até 2 salários?
2/ Porque esta é a distribuição de renda dos domicílios brasileiros segundo a mais recente estatística oficial produzida pelo IBGE. Os dados da PNADc mostram que 30% dos domicílios brasileiros tem renda familiar de até 2 salários.
3/ A pesquisa @quaestpesquisa trabalha com essas estimativas oficiais para construção da amostra por 3 razões: (1) nossa amostragem é construída tendo como referência os domicílios brasileiros, (2) essas faixas são abrangentes o suficiente para que mesmo que o respondente não saiba exatamente a renda domiciliar, eles ainda conseguem se encaixar na faixa correta e (3) com as cotas de renda garantimos a distribuição correta dos domicílios de renda média e alta, que são mais difíceis de serem acessados.
1/ Pesquisa Genial/Quaest publicada hoje mostra que aprovação do governo Lula atinge 54% e a desaprovação passa para 43%. Este é o melhor resultado de aprovação do governo no ano, idêntico ao que se observava em dez/23.
👇👇👇 Detalhes no fio...
2/ Desempenho positivo foi puxado especialmente pela melhora entre quem tem renda familiar de até 2 salários: a aprovação foi de 62% para 69%, enquanto a desaprovação foi de 35% para 26%. Nos outros estratos de renda não houve variação significativa.
3/ A aprovação também melhorou entre as mulheres. No começo do ano, a diferença entre aprovação e desaprovação era de apenas 6 pontos; em julho, essa diferença triplicou e foi para 18 pontos. Entre os homens, permanece um empate técnico dentro da margem de erro.
1/ A @genialinveste e a @quaestpesquisa divulgaram, hoje, a primeira pesquisa de intenção de voto para a prefeitura de São Paulo.
No cenário com todos os pré-candidatos, Nunes (22%), Boulos (21%) e Datena (17%) aparecem tecnicamente empatados na margem de erro. Marçal aparece em seguida com 10%, empatado na margem de erro com a Tábata (6%) e com a Marina Helena (4%). Kim Kataguiri tem 3%. Os demais tem 1% ou menos. Indecisos somam 7% e branco/nulo/não vai votar chega a 8%.
Análise detalhada na thread abaixo...
2/ Como as candidaturas ainda não estão homologadas, testamos alguns possíveis cenários. Em uma eventual desistência de Datena e uma aliança entre Marçal/Kim, por exemplo, Nunes cresce 6 pts, Tabata 4 pós, Boulos e Marçal 3 pts cada, Marina Helena cresce 2 pts.
3/ Datena é o candidato mais conhecido, mas também é o mais rejeitado entre os pré-candidatos. Isso pode desincentivar o candidato que embora tenha arrancada forte, tende a ter uma chegada mais difícil. Nunes e Boulos aparecem com potencial de voto (conhece e votaria) e rejeição (conhece e não votaria) muito parecidos, com uma pequena vantagem para o atual prefeito. Os outros candidatos ainda tem pelos menos 50% de desconhecimento, mas vale notar que todos tem rejeição maior que potencial de voto.
1/ Monitoramento @quaestpesquisa exclusivo para o @estudioi mostra que a Guerra digital em torno do PL1904/24 dá ampla vantagem a quem é contra o projeto: na média dos últimos três dias, 52% de todas as 1.14 milhões de postagens coletadas defendiam argumentos contrários à medida; enquanto, apenas 15% eram postagens favoráveis.
2/ A mobilização digital contra o projeto chegou no auge no dia de ontem. Foram quase 700 mil postagens só no dia 13/6. Ainda não dá pra dizer se a mobilização caiu hoje, já que os dados foram coletados até as 13:30 do dia 14/6.
3/ Interessante nessa primeira análise é que menções à ‘crianças’ e ‘estupro’ estão muito presentes como centrais nas narrativas construídas contra o projeto. Parece ser a narrativa mais forte para mobilização.
1/ A segunda rodada da pesquisa Genial/Quaest realizada com os deputados federais mostra uma tendência de piora na avaliação do governo Lula entre os parlamentares: foi de 33% para 42% a avaliação negativa do governo entre ago/23 e mai/24.
2/ A maioria dos deputados também considera que o Brasil está indo na direção errada. Eram 42% em ago/23 e agora são 52%, uma mudança significativa.
3/ Essa mudança de percepção aconteceu, principalmente, entre os deputados que se auto-classificam como independentes, um grupo majoritariamente aliado a Lira e que corresponde a 26% do plenário da Câmara.