"Mas streamer é trabalhador? Em que sentido?" Nós streamers somos, sim, trabalhadores. Nós sobrevivemos através da renda do assalariamento informal das plataformas de transmissão. (1/9)
Produzimos conteúdo de graça para a empresa até que possamos sacar uma renda vinda de inscrições, anúncios, bits e super-chats, etc. Quando sacamos, recebemos um valor do qual a empresa já extraiu uma parte significativa. (2/9)
Aquilo que para a audiência é lazer, para nós são horas e horas dedicadas e esforço aplicado para a realização das lives, ou seja, trabalho. (3/9)
Compramos instrumentos para transmissão, realizamos pesquisa de pauta, cuidamos de nossas redes sociais, estudamos o assunto que será transmitido e essa cadeia de tarefas torna-se o que transmitimos e assistimos. (4/9)
Para que isso tudo aconteça, pagamos para começar a trabalhar, e temos nosso trabalho explorado e alienado pelas empresas cujos meios produtivos são, no caso, as plataformas. (5/9)
Essa é a nossa condição: precarizada. Produzimos riqueza para a plataforma com os repasses da Amazon Prime, das inscrições e das propagandas que passam para os não inscritos. (6/9)
É nesse sentido que reivindicamos pagamentos mais justos, maior transparência da plataforma; e mais ferramentas contra ataques de ódio. (7/9)
Para os que acham que as novas relações de trabalho serão aceitas sem questionamentos, estamos aqui para dizer que não. Enquanto trabalhadores iremos nos organizar e lutar para condições dignas e a garantia de nossos direitos. Ousar lutar, ousar vencer. (8/9)
Para uma explicação didática sobre a importante noção de classe trabalhadora, sugerimos o seguinte vídeo do canal Tese Onze: (9/9)
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
