Sobre aberturas, cautelas e políticas públicas de saúde: o que temos a dizer sobre isto hoje?
São tempos de retomadas, ditadas por políticas públicas. Temos escutado constantemente sobre estarmos cansados como justificativa destas políticas.
Hoje eu escrevi um texto sobre isto
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As políticas públicas não são simples de serem analisadas, tampouco implementadas a partir de um debate técnico científico. Para isso, precisamos lidar com estatísticas, números, tabelas - mas também demandas sociais, culturais e hábitos concernentes às pessoas e grupos sociais
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Então o ponto aqui, não é ironizar o cansaço que todos estamos. Mas é pontuá-lo como não sendo uma base para políticas públicas - precisamos analisar e implementar ações que, ao fim e ao cabo, são decisórias para vidas humanas permanecerem ou não, conosco.
E isso é simples?
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Claro que não! Existem muitas nuances, eu elenquei alguns itens de políticas públicas para a pandemia (longe de serem um levantamento completo, são exemplos, apenas).
Este levantamento pode ser visto neste link aqui: blogs.unicamp.br/covid-19/polit…
Abaixo, tem um resumo desta parte
Além disso, também aponto as diferenças entre ações individuais (que podem ter efeitos coletivos) e populacionais. Também temos comentado sobre isso: cobrar da POPULAÇÃO ações que só são possíveis executar via políticas públicas.
Eu dou uma leve abordada sobre empresas privadas também - em especial o quanto compreender PFF2 como EPI seria fundamental (mas isso também é política pública). Além, claro, de analisar a necessidade "real" de retornos presenciais.
Tudo isso tomando que a pandemia NÃO ACABOU.
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Afinal ela não acabou - e está longe de acabar ainda (sem alarmismos... Estamos longe mesmo. Temos variantes circulando, baixa cobertura vacinal e retomadas precoces sim...).
Bom, este é o 2º texto de uma série, espero que gostem: blogs.unicamp.br/covid-19/sobre…
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Ontem publicamos, no @BlogsUnicamp um texto do @rafalpx q ajudou a construir este texto, como continuidade, pois ele apontou sobre o pensamento científico e sua construção, chegando até a prática das políticas públicas, passando pela postura do cientista.
Ontem teve o #VacinaNoGrau campanha para a vacinação para adolescentes.
1h depois de iniciada a campanha do @tdspelasvacinas o MS lança a braba dizendo "não vacinem".
Não por nossa campanha (kkk) mas pq era a data de início do cronograma de vacinação de adolescentes do PNI
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Será que foi tudo precipitado e ONTEM o Queiroga se deu conta e publicou a nota?
Pois bem, a @mellziland publicou o anúncio do estudo da Pfizer em março:
Fio fundamental, leiam...
O que está acontecendo hoje me parece o caso em que nosso mandatário do executivo falou "olha a matéria para os jornais amanhã" e liberou o país de usar máscara.
Baseado em quê? Ideias da cabeça.
Quais ideias?
Fica aí o questionamento
O que isso tem a ver com a NI de ontem?
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Tem a ver por ser ontem a data que o cronograma oficial da vacinação de jovens teria início.
Ao lançar uma nota com "equívoco de interpretação", o faz sem diálogo com outras instâncias responsáveis pela questão das vacinas: Anvisa, CONASS, por exemplo.
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A lei para incluir adolescentes na vacinação de covid é de julho de 2021, já com ordem de prioridade. Estava programada para iniciar ontem. Há municípios que já estavam vacinando (o que não era um problema).
Então pq agora o MS decide lançar, às 21h do dia 15, uma NI como esta?
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Com a retomada de serviços de forma generalizada, a pergunta "qual teste é recomendado" para diagnóstico ou para monitoramento e rastreio em caso de COVID-19 voltou à tona
Mesmo após 18 meses, esta dúvida é recorrente e hoje falamos sobre isso! blogs.unicamp.br/covid-19/teste…
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Falamos sobre os principais testes: PCR, Sorológico, teste rápido de anticorpo e teste rápido de antígeno.
O teste ouro para diagnóstico segue o PCR (RT-qPCR), desde o início da pandemia.
Inclusive, há um texto antigo explicando com detalhes:
O teste sorológico foi muito utilizado ao longo do ano passado e não é o mais indicado para diagnóstico *no momento em que estamos com sintomas*.
Mas são outros dois "testes" que vem aparecendo bastante nas perguntas do dia a dia!
O teste rápido de anticorpo e de antígeno
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Hoje o @leonardomed pediu exemplos de vacinômetros aos seguidores, para que elaboremos um material juntos.
Recebemos + de 90 cidades. Cada uma estruturada de um jeito diferente do outro, a maioria com informações importantes faltando para se entender como está a cidade.
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Eu estou tentando organizar algo para mostrar a partir da ideia de "cobertura vacinal", tomando-a como "% da população TOTAL com esquema completo" e como em alguns informes/boletins não há como saber isso.
Pode ser que não seja a ideia dos municípios também, claro.
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Neste caso, não é um problema de comunicação 'dos municípios', mas de como pareceria interessante a informação chegar nas pessoas, na perspectiva de compreender se a população está ou não com uma boa cobertura vacinal - ou seja, é um ponto de vista que eu considero relevante.
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Quando vejo as discussões de movimentos tendo pautas postas em jogo pela extrema direita como “vamos lutar junto”, e parte das pessoas dizendo que temos que nos juntar pela democracia e usando palavras tipo “paz” ou “união” eu sempre me lembro da música do Baden “Tempo de Amor”
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E como há quem ache intransigente não querer caminhar ao lado de quem batalhou tanto e de forma tão ardilosa pra quem está na presidência tenha ganhado, como se tivessem sido enganados e fossem vítimas e não parte do jogo.
“Paz não quer dizer amor”, nos ensinou Baden Powel…
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E Baden fala de amor como correr riscos e não se acomodar a uma situação de silenciamento e conformismo.
Caminhar ao lado de quem ARMOU e apoiou o golpe, se articulou contra a democracia e tem constantemente votado nas pautas do governo me parece silenciarmos nossa violência.