Quando vejo as discussões de movimentos tendo pautas postas em jogo pela extrema direita como “vamos lutar junto”, e parte das pessoas dizendo que temos que nos juntar pela democracia e usando palavras tipo “paz” ou “união” eu sempre me lembro da música do Baden “Tempo de Amor”
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E como há quem ache intransigente não querer caminhar ao lado de quem batalhou tanto e de forma tão ardilosa pra quem está na presidência tenha ganhado, como se tivessem sido enganados e fossem vítimas e não parte do jogo.
“Paz não quer dizer amor”, nos ensinou Baden Powel…
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E Baden fala de amor como correr riscos e não se acomodar a uma situação de silenciamento e conformismo.
Caminhar ao lado de quem ARMOU e apoiou o golpe, se articulou contra a democracia e tem constantemente votado nas pautas do governo me parece silenciarmos nossa violência.
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E mais: fazer contraponto é ser tido como intolerante, mesquinho, contra a luta democrática.
Se for isso, seguimos míopes na luta.
Vivemos um gigante genocídio e estamos combinando de caminhar com quem vota em pautas deste governo e chamamos de “frente ampla” ou “terceira via”?
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E é intolerância ver estes grupos chamando para as ruas quando em 2016 lutavam para implementar pautas como “escola sem partido”, “proibição de ideologia de gênero nas escolas”, e bradando contra a educação, as universidades, projetos de inclusão?
A intolerância é nossa?
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De onde tiram essas ideias e acatam mansamente que dar as mãos para grupos de extrema direita será bom para nós, que temos pautas absolutamente divergentes?
Como vocês acham q as pautas contra a ciência q foram votadas em plena pandemia serão modificadas andando ao lado desses?
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“Intolerantes”, por não querermos atender um chamado de quem nos jogou no buraco e só oferece a mão pra se manter no poder e fazer este jogo sujo de mostrar uma não adesão a uma pauta que NUNCA foi deles (tirar Bolsonaro do poder).
Eu hein.
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Hoje o @leonardomed pediu exemplos de vacinômetros aos seguidores, para que elaboremos um material juntos.
Recebemos + de 90 cidades. Cada uma estruturada de um jeito diferente do outro, a maioria com informações importantes faltando para se entender como está a cidade.
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Eu estou tentando organizar algo para mostrar a partir da ideia de "cobertura vacinal", tomando-a como "% da população TOTAL com esquema completo" e como em alguns informes/boletins não há como saber isso.
Pode ser que não seja a ideia dos municípios também, claro.
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Neste caso, não é um problema de comunicação 'dos municípios', mas de como pareceria interessante a informação chegar nas pessoas, na perspectiva de compreender se a população está ou não com uma boa cobertura vacinal - ou seja, é um ponto de vista que eu considero relevante.
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Dia 20/05 estávamos, no estado de SP, c/ 500 mortes diárias. O governo na live anunciou abertura e projeção de 600 óbitos diários p/ junho. A justificativa? "As pessoas não estão aderindo ao isolamento"
A capa da Isto é de hoje aponta "o Brasil que deu certo"
Quem está na capa?
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O Governo Dória está na capa, como o brasil que deu certo:
planejando diariamente mortes e culpabilizando a população por estas mortes, sem diretrizes claras de isolamento e distanciamento, agora com volta às aulas sem EPIs para docentes, sem testes e rastreios planejados
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O mesmo governo que diz seguir a ciência e corta verba da fapesp em plena crise sanitária, corta empresas e centros de saúde e de pesquisa em saúde públicos (como a SUCEN).
Este é o Brasil que dá certo, para este tipo grotesco de mídia
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Sobre aberturas, cautelas e políticas públicas de saúde: o que temos a dizer sobre isto hoje?
São tempos de retomadas, ditadas por políticas públicas. Temos escutado constantemente sobre estarmos cansados como justificativa destas políticas.
Hoje eu escrevi um texto sobre isto
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As políticas públicas não são simples de serem analisadas, tampouco implementadas a partir de um debate técnico científico. Para isso, precisamos lidar com estatísticas, números, tabelas - mas também demandas sociais, culturais e hábitos concernentes às pessoas e grupos sociais
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Então o ponto aqui, não é ironizar o cansaço que todos estamos. Mas é pontuá-lo como não sendo uma base para políticas públicas - precisamos analisar e implementar ações que, ao fim e ao cabo, são decisórias para vidas humanas permanecerem ou não, conosco.
E isso é simples?
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Quando falamos em combate à desinformação é checagem de MUITOS fatores... os sites indicados, de onde vem as informações, quais fontes primárias, etc.
Mas também QUEM está falando. E não é carteirada: é verificabilidade.
Mesmo perfis de projeto gente TEM pessoas por trás
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Quem são estas pessoas? Elas são (ou já foram) vinculadas a alguma instância de pesquisa (no caso da Divulgação Científica)?
Elas tem conflitos de interesse na divulgação? Quem são estas pessoas que divulgam "por projetos" e qdo confrontadas se negam a dar informações pessoais?
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Tem muito projeto aí, que cresce e toma proporções grandes e não conseguimos chegar em nenhuma informação segura e confiável sobre estas pessoas que gerenciam os projetos.
Isso também é segurança de dados, também é cuidar do combate à desinformação!