Este site é 99% certezas ditas com empáfia. Então aqui vão alguma das minhas incertezas mais salientes no momento.
- Não sei se o caso da peromiocardite tem frequência preocupante ou não.
- Não sei se ivermectina é ainda a "estrela do tratamento precoce" como eu disse em junho.
(Mas sei que é extremamente improvável que não exista tratamento precoce com alguma eficácia, e que a IVM tenha zero eficácia.)
- Tirando o Zema e meu deputado estadual, não sei em quem vou votar.
- Olhando um caso individual de transexualidade, não sei o quanto tem de biológico.
(Mas sei que dificilmente a evolução deixaria sem influência biológica qualquer coisa ligada ao sexo.)
- Não sei mais em quem acreditar em denúncias envolvendo político.
- Não sei se sou a favor de liberar armas, mas eu confio mais em indivíduos que em Estados.
- Não sei onde fica o clitóris. Talvez eu tenha raiva de quem sabe.
- Não sei se meu pai está protegido com a Coronavac. Minha mãe, com a AstraZeneca, não me preocupa tanto.
- Não sei se meu sobrinho será gay, mas ele cresceu numa casa em que menino brincar de boneca é normal. ❤️
Perimiocardite*
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Diferentes estudos mostram que apoio a políticas de "redistribuição" é previsto por três favores principais: compaixão, inveja e expectativa de favorecimento próprio. Um fator que não prevê se a pessoa apoia essas políticas? Se ela realmente ajuda pobres. pnas.org/content/114/31…
Três fatores*, entre os psicológicos, pois claro que outros, como afiliação partidária, também são preditivos. Mas a inveja SEMPRE aparece. Num outro estudo britânico, separaram a inveja entre "benevolente" e "malevolente", e a inveja malevolente era o maior fator preditivo.
A inveja malevolente explicou um terço da variação no apoio à redistribuição neste estudo. E ele é uma replicação. sciencedirect.com/science/articl…
O Intercept publicou documentos obtidos por lei de acesso à informação que mostram que o instituto do Fauci deu verba para o Instituto de Virologia de Wuhan para ganho de função em CoV. Um dos estudos já tinha aumentado a capacidade de um CoV de infectar humanos. Fauci mentiu.
A pesquisa financiada se encaixa perfeitamente na definição de ganho de função que havia sido alvo de moratória a partir de 2014. O oficialato burocrático científico levou a pesquisa para a China justamente porque ela havia sido interrompida nos EUA. theintercept.com/2021/09/06/new…
Vamos colocar a coisa de uma forma bem clara:
Um conjunto de burocratas da pesquisa julgou-se no direito de driblar moratória sobre pesquisa perigosa e usar dinheiro tomado à força dos cidadãos americanos para financiar essa mesma pesquisa junto ao maior inimigo do país.
A @TheEconomist pôs na capa a ameaça do identitarismo (que ela chama de "illiberal left") à liberdade. Vale a pena ler a matéria para comprar supostos liberais que temos por aqui que são a favor de cotas raciais etc. com o que a revista chama de liberalismo clássico. Exemplo:
"Quando progressistas dividem as pessoas em castas em competição, eles voltam a nação contra si mesma. Ambos [populistas e progressistas] prejudicam as instituições que resolvem conflito social. Assim, recorrem amiúde à coerção, por mais que gostem de falar em justiça."
"pensam que a equidade exige que a balança seja virada contra privilegiados e reacionários. Isso significa restringir sua liberdade de expressão, usar um sistema de casta de status de vítima no qual os no topo devem se curvar aos mais aptos a reinvidicar justiça restaurativa".
A gente tem que comer muito feijão pra ser tão eficaz em manter liberdades mínimas neste país quanto o jeitinho brasileiro. É ele, tão mal falado, que evita que isso aqui se torne a tirania que seria se todo mundo tentasse seguir as regras e leis (não que seja possível seguir).
Deve ser um hábito cultural que evoluiu justamente pra driblar os autoritarismos e tentativas de colocar todo mundo na linha. Mantém a sobrevivência dos trabalhadores informais. Mantém a leveza e o bom humor pra aguentar a chatice dos moralistas e os delírios dos revolucionários.
A gente olha pra sisudez de um russo ou de um alemão e não fica muito surpreso com o que já aconteceu por lá. E contrasta com o nosso jeitinho que seria um dos empecilhos a acontecer o mesmo por aqui.
Isso é abuso infantil e lavagem cerebral, sim. Os poucos estudos que temos indicam que a desistência de crianças confusas que não são trans acontece até os ~10 anos de idade. Isso ignorando o novo fenômeno de "disforia" socialmente contagiosa, em que há desistentes mais velhos.
A parte abusiva e de lavagem cerebral é que isso tem toda cara de a criança ganhar aplausos quando se afirma do outro sexo, mas não quando se afirma no próprio sexo. Isso é um jogo de manipulação da identidade por incentivos. Behavioristas sabem.
Ainda que "identidade de gênero" fosse "construção social" (vamos ignorar por um momento as várias ambiguidades aí), faz completo sentido incentivar aceitação do próprio corpo em vez de rejeição, especialmente quando é difícil e doloroso tentar mudá-lo neste aspecto.
Dispensar a diversidade de defensores de um princípio por "considerações pragmáticas" facilmente vira traição a ele. Tem que escolher entre os dois. Nunca houve dúvida? Houve sim, desde que o Livres se deixou infiltrar por identitários que querem criminalizar "discurso de ódio"!
Sempre deixei claro que problema me levou a me desfiliar e passar a criticar: ignoraram nossa checagem de estatísticas falsas de ONGs que as produzem para tentar ganhar dinheiro de impostos com esse alarmismo. Me deram chá de cadeira DUAS VEZES. E estão cheios de identitários.
Isso, na verdade, foi a gota d'água. Passei um tempo tentando entender a absoluta COVARDIA com o aborto, especialmente contrastada com absoluta adesão ao pior da esquerda com o tema das cotas identitárias em específico e do identitarismo em geral. "Liberais por inteiro" uma ova.