Bolsonaro disse que vai reunir o Conselho da República amanhã para “com esta fotografia de vocês mostrar para onde nós devemos ir”. Vamos dissecar essa fala golpista.
"Art. 1º O Conselho da República, órgão superior de consulta do PR(…).
Art. 2º Compete ao Conselho pronunciar-se sobre:
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas."
O Conselho é órgão CONSULTIVO. Estado de defesa ou de sítio têm de ser VOTADO PELO CONGRESSO. Portanto a ameaça explícita de golpe do presidente não vai ser acatada. Não importa: ele já fez vários novos furos no cinto do golpismo. Não pode passar batido
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Até o advogado-geral da União, o até ontem “técnico” Bruno Bianco, estava na micareta golpista em que Bolsonaro disse que não cumprirá mais decisões do STF. Portanto, ele chancela esse comportamento. Triste fim.
Assessoria da AGU escreve para dizer que Bianco não subiu no carro de som na Paulista. “Apenas” veio no avião do presidente. Para um ato que não é de governo. No qual o presidente ia afrontar o STF, porque AVISOU ANTES.
O AGU é a interface do executivo com o STF. Como ele acha que tudo bem? A explicação da assessoria: “Está dentro da função de assessoramento. Não é um ato político acompanhar a comitiva. Seria se ele subisse no carro de som”
Bolsonaro quer obrigar quem for cobrir a live em que promete apresentar as tais provas de fraude a transmitirem ao vivo. Se não, estão fora. Sem direito a pergunta, claro. Kim Jong-un não faria melhor.
Só tendo uma visão muito torpe do que seja imprensa para imaginar que algum veículo sério vai aceitar ser coagido a transmitir ao vivo algo que pode se revelar um ataque à Justiça recheado de fake news sem checagem.
O mais chocante é que não haja ministro da Justiça, da Casa Civil, das Comunicações para alertar o presidente que: 1. pra que comprar mais briga com o STF e o TSE? 2. nenhum veículo vai topar ser coagido para transmitir algo que pode ver nas redes dele e só publicar quando CHECAR
Este é um drive thru de vacinação em um clube de SP agora. Vazio. Na semana passada as filas davam voltas. Explicação: nesta quarta-feira a vacinação em SP está sendo feita quase exclusivamente com coronavac. E as pessoas, sobretudo de elite, estão fazendo “Waze de vacina”. FIO
Esse comportamento é, assim como vários, lamentável, irracional, egoísta e burro. Não leva em conta que numa campanha de vacinação o que importa é aumentar rapidamente a cobertura vacinal, não as individualidades de cada vacina.
Uma das justificativas dos sommelier de vacinas é a de que a coronavac não é aceita em muitos países, mas será. A OMS já aprovou seu uso, e ele deverá ser sancionado. Em nome de sua sonhada viagem as pessoas deixam de tomar a vacina e se arriscam a contrair o vírus e morrer!
A presidente da Comissão de CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA da Câmara incita as PMs a não cumprirem ordens dos governadores. Que foram referendadas pelo STF. É isso mesmo, presidente @ArthurLira_? A Câmara defende a sublevação dos PMs em plena pandemia?
Ela excluiu o post, porque está nesta lorota de convencer os pares de que está se moderando. Mas os do chefe das narrativa, Eduardo Bolsonaro, segue lá. Bem como de Carla Zambeli e Felipe Pedri. Todos printados. Vão deixar esse movimento de radicalização escalar até que grau?
Íntegra da minha fala e do debate ontem no Jornal da Cultura sobre a gravidade do colapso de saúde no Brasil. O que digo nesta fala é que o caos não está mais restrito às regiões pobres do país e à rede pública. Ele chegou aos hospitais de elite de SP.
Logo cedo me avisaram que havia recortes do vídeo circulando apontando preconceito contra o Nordeste nesta fala. Constatação de dados socioeconômicos e da realidade é preconceito a um povo onde? Decidi que não iria polemizar sobre o nada. Mas a coisa escalou.
Consultei especialistas em gestão de redes e outros e outras jornalistas que sofrem ataques semelhantes, e o conselho mais difundido, e o mais correto, eu sei, foi: não responda. Mas sabemos que este não é meu estilo por aqui. Para o bem e para o mal. Então vamos lá.