Enquanto os barões da borracha lavavam suas roupas na Europa, em 1870 cerca de 70% da população de Belém não tinha dinheiro para comprar um peixe no mercado.
De 1870 - 1910, a indústria da borracha foi tão lucrativa quanto a indústria do café, mas era concentrada em uma quantidade menor de indivíduos do que no sudeste 💰
Fugindo da seca, quase meio milhão de nordestinos, principalmente cearenses e baianos, migraram ao Grão-Pará para trabalhar nos seringais.
Outros homens, eram atraídos por mitos de pessoas que ficaram ricas após encontrar o "ouro branco" da Amazônia.
A realidade era bem diferente da divulgada: seja através do diário dos seringueiros, de estrangeiros, ou de escritores como Euclides da Cunha, a situação dos seringais era uma das mais precárias do Brasil ✍️
Endividados com bancos e doentes pela malária, muitos trabalhadores nunca retornaram às suas cidades de origem.
Os antigos seringueiros, antes acostumados com um trabalho de subsistência e descentralizado, viram suas liberdades e seus salários cada vez menores com a chegada do Ciclo da Borracha ⚠️
Enquanto isso, o controle de firmas aviadoras e dos bancos de Belém e Manaus, só aumentava.
Ao longo do tempo, britânicos e franceses que antes consideravam a Amazônia um retrato da decadência civilizatória, agora investiam pesadamente no Brasil.