desde o começo da Bell, Graham Bell via a telefonia como um setor dominado por só uma empresa.
durante praticamente um século, foi assim que a AT&T, criada pela Bell, dominou os EUA. até que o governo quebrou a empresa em 1974.
não adiantou: tal qual o T-1000, as Baby Bells foram se fundindo para formar o atual sistema concentrado, com a mesma AT&T como líder.
enquanto os EUA quebravam na década de 1970, o Brasil ia pelo caminho contrário: a centralização das telecomunicações.
nasceu a Telebrás.
quem imaginaria que juntar dezenas de operadoras locais em uma estatal enorme e lenta não resolveria a lentidão na popularização das telecomunicações no BR, não é mesmo?
sem $$, a Telebrás fazia leilões nos 80/90s para vender linhas telefônicas. o mercado paralelo bombava.
a criação da Telebrás foi uma tabelinha entre o governo democraticamente eleito de João Goulart e a ditadura militar instaurada a partir de 1964.
durante seus +30 anos, o sistema deixou o Brasil na rabeira tecnológica.
só em 1995 um sujeito finalmente mexeu no vespeiro.
ministro das comunicações de FHC, Sérgio Motta entregou o planejamento da quebra da Telebrás com um mês no cargo.
o projeto criou o modelo de telecomunicações vigente no BR: concessão de áreas para iniciativa privada, a criação da Anatel e uma nova Lei Geral das Telecomunicações
o leilão da Telebrás, realizado +3 anos depois sem Motta, que tinha morrido, abriu o mercado para operadoras estrangeiras e pulverizou as operações em nome da competitividade.
o montante investido e a velocidade de adoção de telecomunicações disparou.
mas, tal qual a AT&T nos EUA, O T-1000 brasileiro segue se recompondo.
atualmente, o mercado brasileiro tem 3 operadoras gigantescas que operam em todo o BR e com todos os serviços - Tim, Vivo e Claro - e 1 na bacia das almas, sendo depenada para pagar dívidas (a Oi).
a Anatel já deixou de ser uma agência de fiscalização há uma década para virar uma de arrecadação. a explosão de pequenos provedores de fibra no interior do país aponta para uma nova onda de consolidação.
o T-1000 da telecom nacional vai ficando + concentrado (e + poderoso).
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Ontem (15), Carla Zambelli apagou um vídeo do seu canal do YouTube em que anunciava repasse de R$ 400 mil para a prefeitura do Guarujá.
Coincidência ou não, ontem o prefeito do Guarujá foi preso pela PF por suspeita de corrupção na saúde.
Título: A pedido de Carla Zambelli, Ministério da Saúde destina R$ 400 mil ao Guarujá!
Link:
Na imagem 1, a descrição do vídeo.
Na imagem 2, a prova de que foi Zambelli quem apagou o vídeo.
Citado nominalmente pela deputada na descrição do vídeo apagado, o prefeito do Guarujá, Válter Suman (PSDB), foi preso em flagrante pela PF ontem suspeito de desviar dinheiro público originalmente destinado a unidades de saúde.
Os documentos provam que o Facebook mente quando mantém um posicionamento de PR defendendo que o app não tem efeitos significativos na saúde mental dos jovens.
O interesse do Facebook não é o bom da sociedade.
É o próprio lucro.
Saia do Instagram ONTEM.
Muitos estudos atrelm o Instagram ao aumento no suicídio e na auto-mutilação de jovens, principalmente meninas, na última década.
O Tecnocracia 40 foi sobre o assunto: O filtro alucinógeno do Instagram colocou a humanidade no divã — e alguns no caixão
O fracasso das manifestações puxadas por MBL e Vem para Rua ontem foi exemplo prático de algo que estamos vendo nas comunidades digitais há mais de um ano:
ex-bolsonaristas arrependidos ocupam um limbo entre o bolsonarismo furioso e a oposição.
E não conseguem sair dele.
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Em 2019, dois dos principais canais do YouTube de extrema-direita, MBL e Nando Moura, desembarcaram do bolsonarismo.