1 - A nova Política Nacional de Segurança Pública de Defesa Social publicada hoje pode ser resumida em alguns tópicos:
2 - A PNSPDS centraliza no MJSP a definição de quase todas as regras e/ou indicadores de monitoramento e governança. Caberá às UF e Municípios apenas cumprirem o que foi decidido pelo MJSP. A gestão Bolsonaro tenta assumir o controle operacional da segurança pública do país;
3 - Conceitos como polícia comunitária saíram do foco, bem como feminicídios ou mortes decorrentes de intervenção policial foram invisibilizados enquanto categorias de monitoramento. Ambas estão somadas nos totais de homicídios e homicídios de mulheres e não serão monitorados;
4 - As metas fixadas são menos ousadas do que a PNSPDS de 2018, que fixava redução de 3,5% ao ano, por dez anos. Agora, a nova PNSPDS assume uma redução global de 28% em 10 anos. A meta de homicídios de mulheres é um pouco mais ousada, assumindo uma redução de 44,5% em dez anos.
5 - Tem alguns itens que mais parecem jabutis em árvores do que fruto de uma estratégia consolidada. O maior exemplo é a cooperação do sistema de inteligência em segurança pública com a iniciativa privada. Não fica claro do que se trata e porque ele é relevante para a PNSPDS
6 - Outro destaque é a periodicidade dos indicadores, sendo que policiais mortos, suicídios de policiais e crimes patrimoniais serão acompanhados mensalmente. Todos os demais crimes contra a vida serão acompanhados trimestralmente.
7 - Por fim, todas as instâncias tripartites e/ou que foram criações da Lei do SUSP. como o SINAPED, foram 'esquecidas' e não constam na PNSPDS. Ao fazer isso, o MJSP não diz como estes tópicos da Lei serão operacionalizados e executados.
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1 A articulação de uma parceria EUA e Brasil sobre meio ambiente embute um item ao fio que @traumann produziu e que diz respeito à Força Nacional de Segurança Pública e a ideia de Salles de usá-la em apoio ao @brasil_IBAMA: A Força é um consórcio federativo e não uma polícia +
2 - Como consórcio, ela depende dos estados cederem policiais militares e, no acordo com os EUA, é preciso contemplar a realidade fiscal e os impactos na segurança, bem como a capacidade e constrangimentos dos governadores (quais contrapartidas serão dadas às UF?) +
3 - A proposta de Salles precisa ser matizada pelo fato do marido da deputada @CarlaZambelli38, que preside a Comissão de Meio Ambiente da Câmara e é do mesmo grupo do Ministro Salles, ser o comandante da Força Nacional. Seria, portanto, uma ação política coordenada +