Thread by @drauziovarella

🏳️‍⚧️Como funciona a hormonioterapia para mulheres trans no SUS?

A terapia hormonal provoca mudanças corporais que fazem com que a aparência física da pessoa esteja de acordo com sua identidade de gênero, melhorando o bem-estar físico, mental e emocional. ⬇️

Em 2020, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reduziu de 18 para 16 anos a idade mínima para iniciar a terapia hormonal. No entanto, a portaria do Ministério da Saúde sobre o processo no SUS mantém 18 anos como idade mínima.

Para começar a terapia, é preciso buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima de sua residência. Se não for possível seguir na UBS, a própria unidade encaminhará o caso para um centro especializado.

Antes da aplicação de hormônios, são feitos diversos exames para saber se não há contraindicação para o uso das substâncias. O processo só tem início após a análise de resultados e a avaliação multidisciplinar primária.

Na terapia hormonal feminizante, são utilizados hormônios estrógenos que, nas doses adequadas, bloqueiam a produção endógena da testosterona. Se houver dificuldade no bloqueio, também podem ser usados os chamados antiandrógenos.

Quando há dificuldade na realização do bloqueio da testosterona, pode-se optar pela orquiectomia, que é a remoção cirúrgica dos testículos. Nesses casos, é reduzida a dosagem hormonal, e a terapia passa a ser a reposição hormonal habitual.

Os hormônios costumam ser de uso prolongado, e podem ser administrados por via oral, adesivos ou injeções. As alterações físicas costumam surgir após dois ou três meses de tratamento, e o pico das mudanças esperadas ocorre em cerca de dois anos.

O acompanhamento médico durante a hormonioterapia é de extrema importância tanto para que as modificações desejadas sejam atingidas quanto para que elas ocorram com segurança e haja o controle dos possíveis efeitos colaterais dos hormônios utilizados.

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