Cês tão ligados que classes sociais distintas não frequentam os mesmos espaços, não nas mesmas condições políticas. A divisão de classes da sociedade é também física. 👇🏽
Dito isso eu parei pra lembrar a ocupação das pessoas que eu conheço pessoalmente, do meu círculo social, parei pra pensar "do que elas vivem" 👇🏽
Interessante exercício para perceber o nível de precarização da força de trabalho. 70% mais ou menos das pessoas que eu consegui lembrar vivem subempregados e/ou não tem renda suficiente para se manter, vivem com pais, avós, parentes etc 👇🏽
E/ou Juntam dois ou três empregos sem seguridade para sobreviver, sem perspectiva de aposentadoria. Os outros 30% se dividem assim: 👇🏽
80% vivem de seu emprego no serviço público conquistado através de aprovação em concurso, tem estabilidade, salário ruim mas que paga o almoço, que pensam em se aposentar já bem velhos por causa da Reforma da Previdência 👇🏽
Agora imaginem que com a Reforma Administrativa não teremos mais concursos... a iniciativa privada que não consegue empregar quase ninguém decentemente vai ter que abarcar todos os não apadrinhados de políticos. 👇🏽
Esse é o capitalismo tardio na periferia do sistema, é daí pra pior de agora em diante. E no seu círculo de pessoas conhecidas, como anda a situação do emprego da galera?
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Tem duas discussões de fundo no debate sobre o eventual socialismo chinês. Uma é a caracterização de socialismo. A outra é o entendimento sobre a dinâmica da moeda dívida. 1/13
Quanto ao socialismo, os críticos se apegam nas relações capitalistas de produção e na crítica ao eventual etapismo. Quanto a dinâmica da moeda dívida, no não entendimento da reprodução dos meios de pagamento que podem ou não se transformar em capital. 2/13
Nesse último aspecto me parece que a compreensão de crise estrutural está equivocada pois o capitalismo está em crise estrutural desde os anos setenta sim, porém não cairá sozinho. A forma moeda mudou e o capitalismo encontrou uma maneira de continuar se expandindo. 3/13
Sem dinâmica interna e com reprimarização da economia o dólar não vai parar de subir. Podem seguir aumentando os juros, podem fazer a austeridade sei for, não vai adiantar. Isso pode representar um quadro que já assistimos. 1/11
P/quem tem grana não tem problema. Esses garantem o seu na segurança do dólar e seu gasto com consumo no mercado interno é residual frente a sua renda. 2/11
Para o pobre é tragédia. É desemprego, subemprego e renda insuficiente. Acesso ao consumo apenas para a subsistência e condições de trabalho análogas à escravidão. 3/11
Sobre a elevação dos juros: peço vênia aos compas q não ficaram no meu time de se posicionar contra a elevação dos juros. Economia é ciência humana, tem disso, são diferentes formas de ver solução p/os problemas sociais. Não há uma única resposta p/manejo de política econômica👇🏽
Depende da leitura e da estratégia adotada. Eu sou sensível a questão do câmbio, a depreciação muda os preços relativos causando um peso desproporcional da inflação para a classe trabalhadora, não há divergência neste ponto. Meu ponto é que uma restrição ao crédito provocada 👇🏽
Pela elevação dos juros não vai resolver o problema do câmbio nessa conjuntura, ao contrário, pode agravar. Na minha avaliação a trajetória do dólar não vai mudar até haver retomada no nível de atividade, o reposicionamento dos juros vai causar impacto de curto prazo👇🏽