O técnico do Las Vegas Raiders, Jon Gruden, pediu demissão ontem após uma série de e-mails pessoais seus com conteúdo racista, machista e homofóbico ser divulgada.
O Las Vegas Raiders é o time de Carl Nassib, primeiro jogador abertamente gay na história da NFL.
O primeiro e-mail foi divulgado na semana passada. Nele, Gruden dizia que DeMaurice Smith, diretor executivo da Associação de Jogadores da NFL, "tem lábios do tamanho de pneus Michelin".
Gruden disse que pediu desculpas pela fala, mas que ela não tinha conotação racista.
Como o e-mail era de 2011, foi dado o benefício da dúvida a Gruden. O running back Josh Jacobs disse após a partida dos Raiders do último domingo que "as pessoas crescem".
Ontem, porém, o New York Times revelou vários outros e-mails, alguns deles bastante recentes.
Neles, Gruden xingava o comissário Roger Goodell, falava que "jogadores bichas não deveriam ser selecionados para a NFL", criticava a inclusão de árbitras mulheres na liga, trocava imagens de cheerleaders de topless e dizia palavras pesadas sobre várias pessoas.
A situação se tornou insustentável e o anúncio da saída de Gruden aconteceu cerca de uma hora após os novos e-mails.
O Las Vegas Raiders tem um longo histórico de pioneirismo nas causas sociais na liga, sendo por exemplo a primeira franquia a contratar um técnico negro.
Seria difícil até imaginar o clima no vestiário dos Raiders com Gruden e Carl Nassib. Aliás, falamos aqui sobre quando Nassib se revelou abertamente como homem gay:
A Suprema Corte da Louisiana aprovou que a St. George, um distrito de maioria branca e rica, se separe da capital do estado, Baton Rouge, e forme uma nova cidade.
Essa demonstração de que a segregação racial segue firme no sul dos EUA encontra eco no esporte universitário.
Baton Rouge é a casa da Louisiana State University, conhecida como LSU. Nos esportes, é representada pelos LSU Tigers, bastante vitoriosos.
Os Tigers de LSU têm quatro títulos nacionais no futebol americano, um no basquete masculino e um no basquete feminino.
Mas o nome "tigers" não vem simplesmente de um apreço por tigres.
As tropas confederadas locais na Guerra Civil estadunidense eram chamadas de "tigres da Louisiana". O mesmo acontecia, por exemplo, no Missouri - e há igualmente o Missouri Tigers.
Começou no fim de semana a Copa Chile, 2º torneio de futebol mais importante do país.
O que tornou especial a estreia dessa edição é que seu jogo inaugural foi disputado a 670 km da costa chilena, num arquipélago no qual a história do náufrago Robinson Crusoé foi inspirada.
O arquipélago Juan Fernández, hoje habitado por menos de mil pessoas, foi escolhido pela federação chilena há 7 meses pra abrir o torneio.
Tanta antecedência foi necessária pra preparação: só 3 companhias aéreas chegam até lá, com aviões com capacidade pra apenas 8 pessoas.
A ilha principal de Juan Fernández hoje se chama Robinson Crusoé, nome adotado em 1966, baseado no romance escrito pelo inglês Daniel Defoe.
Uma das inspirações de Defoe foi a história do marinheiro escocês Alexander Selkirk, que, no século XVIII, passou 4 anos isolado na ilha.
Pro jogo de hoje pelas semifinais da Champions League contra o Real Madrid em casa, o Bayern de Munique pediu à torcida que vá "toda de vermelho" pra criar um ambiente intimidador.
É uma atitude interessante, mas é também um jeito de ceder à pressão da própria torcida pela cor.
As cores originais do Bayern eram o azul e o branco, mas o clube adotou o vermelho nos seus primórdios, quando o visionário presidente Angelo Knorr salvou-o da extinção ao incorporá-lo a outro clube, o MSC, no início do século XX.
Um dos maiores e mais importantes clubes do mundo árabe, o Al Ahly, do Egito, está sofrendo pressão para que rompa seu contrato de patrocínio com a Coca-Cola.
A empresa, assim como Starbucks, McDonald's e outras marcas dos EUA, é vista como apoiadora das ações de Israel em Gaza.
O Al Ahly disputou nesta semana em Cairo a final do campeonato africano de vôlei masculino.
Os egípcios ganharam, mas o destaque ficou pro canto da torcida: "boicote à Coca-Cola, não esquecemos, com nossa alma e nosso sangue, vamos redimir os palestinos"
Por décadas, desde a Guerra dos Seis Dias de 1967 até 1991, países da Liga Árabe boicotaram a Coca. A empresa mantém fábrica de envases em Atarot, território palestino ocupado por Israel.
A pressão fez com que outra empresa dos EUA, a General Mills, encerrasse suas operações lá.
Há exatos 50 anos, o Sporting vivia uma das suas melhores temporadas.
Em 24 de abril de 1974, o clube foi disputar uma semifinal continental na Alemanha Oriental.
Mas o plantel levou um susto após o jogo: não poderia voltar porque havia uma revolução em curso em Portugal.
Um golpe militar em 1926 havia transformado o país numa ditadura de influência fascista, um regime que, em sua maior parte, foi chefiado por António de Oliveira Salazar.
Era o Estado Novo português, que ocupava quase todos os âmbitos da vida no país - incluindo o futebol.
Esse regime, marcado por perseguição e tortura à oposição e um forte caráter nacionalista, havia começado a perder força.
Guerras por independência nas colônias africanas, como Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, crise econômica e grande emigração agravavam a situação portuguesa.