Há 13 anos, num dia 13 de outubro, começava o Caso Eloá, um sequestro em Santo André-SP que terminou com o assassinato de Eloá Cristina, de 15 anos. Ao longo daquela semana, o jornalismo fez absolutamente tudo o que podia fazer de errado.
Segue o 🧶
Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg Alves, de 22 anos, invadiu o apartamento da ex-namorada Eloá com uma arma. Eloá e a amiga Nayara foram mantidas como reféns. A condução equivocada da polícia permitiu que o sequestro se arrastasse por 4 dias, e a mídia fez um circo ao vivo.
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Várias emissoras de TV entrevistaram o sequestrador ao vivo por telefone. Teve Sonia Abrão mediando negociação, teve Ana Hickmann pedindo pra ele fazer sinal na janela, teve comentarista dizendo que Lindemberg era só um rapaz apaixonado e que ele ainda se casaria com Eloá:
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Com tantos erros da polícia e da mídia, o desfecho foi trágico. Na invasão atabalhoada do apartamento, Lindemberg atirou nas duas reféns. Nayara foi atingida de raspão no rosto. Eloá levou dois tiros, na virilha e na cabeça. Morreu dois dias depois.
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Lindemberg cumpre pena de 39 anos, mas em junho deste ano a Justiça concedeu a ele o regime semiaberto.
Eloá teve seus órgãos doados para 5 pessoas (o que gerou outro circo da mídia na época). Em maio deste ano, a mulher que recebeu o coração de Eloá morreu de Covid.
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A série Memórias, publicada no Vida em 2019, tem um episódio sobre esse caso, com a cineasta Livia Perez, autora do filme "Quem matou Eloá?".
É o 2º episódio mais escutado do Vida nesses 3 anos. Já ouviu? Busca aí. E me conta o que achou: o jornalismo aprendeu aquela lição?
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