Neste fio, vou explicar a nota da @RedePesquisa que divulgamos hoje com preocupações sobre a proteção das crianças e dos adolescentes em momento delicado de retorno às aulas presenciais. Precisamos lembrar que a população < 18 anos representa 25% da população do 🇧🇷). 1/15
Vale lembrar que @anvisa_oficial autoriza a vacina da PfizerBioNTech (COMIRNATY) para adolescentes de 12 a 17 anos, mas no início de outubro21, somente 8 % dessa faixa etária contavam com a imunização completa (veja a figura abaixo); 70% com a imunização com uma dose. 2/15
No Brasil, não temos nenhuma vacina aprovada para a população estimada de 0 a 11 anos. Em 2020, essa faixa representava 16,6% da população do país, totalizando 35,2 milhões de brasileiros. Abaixo mostramos que em alguns estados, a proporção em alguns estados é ainda maior. 3/15
Os protocolos dos estados e das capitais estaduais sobre a reabertura das escolas não priorizam a testagem ativa dos alunos e professores. Na maioria de estados, encaminham para testagem sem rastreamento de contatos e isolamento. 4/15
Mostramos isso com base na coleta e análise sistemática dos protocolos e em comparação em a experiência internacional, onde escolas ativamente testam para evitar surtos e controlar casos nestas faixas etárias. 5/15
No Brasil, a testagem para SARS-CoV-2 em crianças e adolescentes é menor do que em outras faixas etárias. Mostramos isso no caso do estado de SP na testagem da rede pública. Há muito menor testagem com RT-PCR destas faixas comparadas com >+18 anos.6/15
E com dados curados pelo @leosbastos mostramos que as taxas de crianças e adolescentes hospitalizadas, inclusive precisando de ventilação mecânica e outros cuidados intensivos, pela COVID-19 no Brasil continuam altas em 2021.7/15
Infelizmente, os números de mortes pela COVID-19 no Brasil em crianças e adolescentes continuam altas em 2021. A letalidade hospitalar está entre 4 e 5%. 8/15
Precisamos continuar testando + estar alerto aos dados. No caso de SP, os dados mostram que testamos pouco + taxas positividade em adolescentes =/> adultos. Ou seja, mesmo com protocolos e com pouca testagem, há casos elevados nos adolescentes. 9/15
Os resultados para crianças revelam igualmente que há motivos para estar preocupados. Testamos proporcionalmente estas crianças muito menos. 10/15
Recomendações para melhorar as políticas públicas. #1. Os esforços de vigilância para detectar o SARS-CoV-2 em crianças e adolescentes devem aumentar, garantindo o acesso a testes diagnósticos para casos sintomáticos e assintomáticos suspeitos em toda a comunidade escolar. 11/15
#2 Precisamos dados transparentes de testagem de testes RT-PCR + antígeno em crianças + adolescentes.
#3 O governo precisa dar início à negociação para aquisição de imunizantes para <12 anos, bem como pensar nas estratégias de aplicação das doses para este grupo.12/15
#4 PFF2 devem ser amplamente distribuídas para uso especialmente em ambientes fechados, inclusive nas escolas públicas e junto às populações em situação de vulnerabilidade social. 13/15
#5 As redes de ensino devem produzir relatórios que permitam acompanhar de perto a implementação e o impacto das reaberturas de escolas para o ensino presencial, considerando alunos, familiares e trabalhadores na rede escolar. 14/15
In the Solidarity Research Network on Public Policy and Society @RedePesquisa, we have just released a new policy brief on the critical situation facing children and teens in Brazil. Here are some key findings. Please read if you want to learn more. 1/15
Brazil has made considerable advances in vaccinating teens (70% with 1 dose). Nevertheless, only 8% of teens have received 2 doses, and substantial heterogeneity across Brazilian states.2/15
Children are a sizeable share of the Brazilian population. State average= 16%, but again heterogeneity matters. The Brazilian regulatory agency has not authorized (and no clinical trials being undertaken) vaccines for children 11 yrs and younger. 3/15
This week, we released a new policy brief at @RedePesquisa. We examine the scope and depth of attacks on the CoronaVac vaccine by @jairbolsonaro and politicians in social media. We show that the negative posts occurred in key weeks and may affect vaccination in 🇧🇷. Follow this 🧵
Throughout 2020 and 2021, the increase in the absolute volume of CoronaVac-related @Twitter activity was driven by attacks against the vaccine. Between September 29 and November 14 (epidemiological weeks 39 and 46), there was an escalation in the frequency of CoronaVac tweets.
Concomitantly, we also detected an increase in publications attacking the CoronaVac vaccine on @Twitter. Here we show the volume of anti-CoronaVac posts in dark blue.
Acabamos de publicar na @RedePesquisa sobre as mídias sociais e a vacina da CoronaVac. Os dados mostram que o "Alcance e profundidade dos ataques do Presidente da República e de políticos à CoronaVac nas mídias sociais é maior do que se imaginava."
Ao longo de 2020 e 2021 o crescimento no volume de atividades no @Twitter sobre CoronaVac teve como principal objetivo o ataque à vacina. Entre 29 de setembro e 14 de novembro (semanas 39 a 46), aumenta a frequência de postagens no Twitter e os ataques à vacina.
Influenciadores nas mídias sociais, deputados estaduais e federais tiveram uma atuação importante no debate digital ao publicarem postagens questionando a eficácia da vacina CoronaVac nessas semanas: