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Alienígenas ou assassinato? O caso da represa Billings.

Em 1988, João Sebastião Gonçalves, de 53 anos, foi encontrado morto de forma brutal. Teria sido ele vítima de um ataque de seres de outro planeta? Um caso que até hoje causa incertezas.

Em uma manhã ensolarada, Joaquim Sebastião Gonçalves decidiu ir pescar na Represa Billings, então pegou um ônibus até o Jardim Recanto do Sol, na região de Grajaú, São Paulo. Chegando ao local, adentrou as trilhas e logo já estava na Represa.

Como habitualmente fazia, ele se despiu, ficando apenas de cueca longe da vista dos demais banhistas. Ele dobrou suas roupas e as escondeu no meio da mata.

Em seguida, entrou na água rasa com seus equipamentos de pesca e atravessou os 80 metros que o separava da outra margem da represa. Já no dia seguinte, os familiares de Joaquim deram falta dele.

Na mesma semana, um garoto local que caminhava a esmo pela mata, caçando pássaros com seu estilingue, avistou um cadáver em uma ilhota repleta de urubus. Assustado, o garoto saiu às pressas do local e avisou os moradores nas proximidades que, de imediato, acionaram a polícia.

O corpo foi encontrado às margens da represa. Ele apresentava um nível de brutalidade tão grande que chocou os investigadores: foram removidos o olho e o ouvido esquerdos, os lábios, a língua, o esôfago e o osso do maxilar.

Isso levou os investigadores a acreditarem que quem cometeu esse crime tinha conhecimento avançado da anatomia humana.

Agentes da 25ª Delegacia de Polícia de Santo Amaro, solicitaram auxílio ao Corpo de Bombeiros para a remoção do corpo da represa com a ajuda de um barco.

De início, o estado de decomposição do corpo e a ausência de documentos impossibilitou a identificação, então ele foi dado como indigente. Somente após algumas semanas o corpo foi identificado.

Joaquim sofria de epilepsia, fazia uso de remédio controlado, mas, lamentavelmente, bebia de maneira exacerbada.

Concluído o relatório da Polícia Civil e o laudo médico do Instituto Médico Legal de São Paulo, constatou-se que a mistura do medicamento com o álcool fez com que a vítima sofresse um mal súbito.

No entanto, há uma incompatibilidade em algumas informações encontradas, pois em algumas cita que devido às cauterizações, não houve perda de sangue e, de acordo com o laudo do exame químico toxicológico, o sangue não revelou traços de qualquer substância alcoólica ou tóxica.

Desmaiado, sem ninguém para socorrê-lo, Joaquim ficou sujeito aos ratos e aves de rapina que se assentavam no local e, assim, foi parcialmente devorado pelos predadores.

Inadequadamente, registraram que o corpo havia sido localizado na Represa Guarapiranga. Na época, por se tratar de uma pessoa desconhecida, muitos dos intrigantes pontos acabaram passando despercebidos pela imprensa e não foram devidamente esclarecidos.

Com estranheza e desinteresse dos familiares pela ocorrência, responsáveis legais optaram por finalizar a investigação.

O primeiro esclarecimento, contudo, veio em outubro de 1997, quando o pesquisador e jornalista Saulo Gomes – que também investigou o Caso Guarapiranga – anunciava em primeira mão que a insólita ocorrência sucedera na Represa Billings e não na Represa Guarapiranga.

O caso gerou interesse em especialistas em mutilação de animais. Cinco anos depois, a professora espanhola Encarnación Zapata Garcia tomou conhecimento do caso de Guarapiranga e resolveu investigá-lo.

Na época, ela estudava estranhas mortes de animais nos EUA que tinham em comum a presença de marcas assustadoras e que, “por acaso”, eram parecidas com as encontradas no misterioso assassinato brasileiro de 1988.

“A semelhança entre os cortes e ferimentos no cadáver e os cortes em animais mutilados por ETs em todo o planeta era impressionante, tanto que estranhei que Rubens, um médico, não tivesse ido adiante com uma investigação sobre o assunto”.

Havia ausência de sangue. A precisão cirúrgica com que algumas partes do corpo haviam sido retiradas assustou Encarnación. O saco escrotal, o ânus e o reto também foram extraídos e, através de uma perfuração de apenas 3cm no umbigo, as vísceras da vítima foram removidas.

Orifícios simétricos de apenas 2 centímetros foram responsáveis pela retirada de músculos do braço. O mais assustador é que apesar de toda a violência, nenhuma gota de sangue foi encontrada no corpo do homem, nem em sua cueca: a única peça de roupa que usava.

A conclusão dos peritos é de que as perfurações foram sistemáticas e rápidas, feitas enquanto o indivíduo ainda estava vivo. Eles opinaram que uma fonte desconhecida de calor ou de laser tenha sido usada para fazer os buracos usados para a retirada dos órgãos.

Mas quem cometeria tamanha crueldade?
O caso foi exposto pela primeira vez na Revista UFO, em setembro de 1993. Por se tratar de uma publicação destinada aos amantes da busca aos extraterrestres.

O crime não chegou ao conhecimento da população com todos os detalhes que haviam sido descobertos, e o mesmo veículo noticiou a história outras vezes, com ufólogos questionando a veracidade das informações.

Os defensores do caso alegam que o homem morreu de ataque cardíaco durante a operação que culminou na retirada de seus órgãos e pedaços de seu corpo. Para eles, quem fez isso não tinha nenhuma empatia e respeito pela vida humana. E quem seria tão cruel a esse ponto?

Será mesmo culpa dos alienígenas?

Apesar das provas apresentadas, muitos não acreditam que o caso se trate de algum tipo de experiência extraterrestre. Os ufólogos Claudeir e Paola Covo, por exemplo, defendem que o corpo foi atacado por animais, como ratos e urubus.

Tal conclusão é apontada por alguns especialistas que analisaram as fotos do cadáver. Joaquim, que sofria do mal de Chagas e de epilepsia, teria entrado na represa, nadado até a outra margem e sofrido um ataque ao chegar do outro lado.

Lá, ele teria sido devorado, ainda vivo, por animais como ratos, urubus e formigas até ceder à morte por um ataque cardíaco. Testemunhas que moram perto da represa de Guarapiranga alegam ter encontrado o corpo coberto de urubus.

E agora? Quem estará falando a verdade? Há pessoas que acreditam que Joaquim Gonçalves passou por experimentos alienígenas, enquanto outras dizem que ele foi atacado por animais necrófagos.

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