Rede de Historiadorxs Negrxs: Aos 23 anos, quando ingressou no Grupo Palmares, Maria Conceição Lopes Fontoura era uma jovem estudante do curso de Letras na UFRGS. O convite foi feito por Anita Abad.
A princípio, na presença de pessoas mais velhas e desenvoltas nos debates sobre a chamada “História do Negro”, ela mais escutava que falava. Era difícil não se intimidar diante da potência de figuras como Helena Vitória Machado.
Porém, seu acanhamento logo passou por uma prova de fogo.
Em 1973, a celebração do 20 de Novembro previa a apresentação da peça Do Carnaval ao Quilombo, de autoria coletiva do Grupo Palmares
O espetáculo contrastava com as lições aprendidas na escola. Maria Conceição foi, então, encarregada de obter a aprovação do texto perante a Polícia Federal. Seus pais nunca souberam disso.
Assim como ela nunca conseguiu romper com o Movimento Negro dali em diante!
Ouça o relato de Maria Conceição Lopes Fontoura – Fundadora de Maria Mulher – Organização de Mulheres Negras e doutora em Educação (UFRGS) em: artsandculture.google.com/culturalinstit…
Na imagem de capa, a família de Maria Conceição Lopes Fontoura participa de sua formatura em Letras pela UFRGS.
Maria da Graça Lopes Fontoura (irmã), Julio Cezar Lopes Fontoura (irmão) , Maria Conceição Lopes Fontoura, Lucidio Fontoura (pai) e Talita Lopes Fontoura (mãe) .
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Geledés Instituto da Mulher Negra destaca a relevância de um marco na história recente dos movimentos negros: 50 anos do Dia 20 de Novembro como o #DiadaConscienciaNegra, hoje consagrado em todo território nacional.
A data – instituída para homenagear o líder do Quilombo Palmares, Zumbi, se tornou um momento de reflexão e de tomada de consciência sobre a significância da população negra brasileira e também sobre a valorização de sua cultura e ancestralidade.
O “20”, como a data se tornou conhecida, vem nas últimas décadas ganhando contornos cada vez mais importantes e se tornando um símbolo de aspiração de liberdade da população afro-brasileira.
Rede de Historiadorxs Negrxs: Noite de sábado, 20 de Novembro de 1971. Clube Náutico Marcílio Dias. Bairro Menino Deus. Cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
O primeiro ato evocativo do #DiadaConscienciaNegra contou com umas vinte pessoas e uma forte certeza: “Nenhum negro que conheça a história de Palmares terá complexo de inferioridade”.
Dimensionar o alcance da ação era para depois. O que interessava ali era registrar a crítica a “quase um século de liberdade num país sem liberdade, num país-colônia”.
Neste 25 de julho, homenageamos Nilza Iraci, Lucia Xavier, Mara Viveros, Josefina Báez e Beatriz Ramirez Abella.
E você, conhece a origem do Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha?
Nilza Iraci, nossa Coordenadora de Advocacy e Incidência Política, explica.
Segue o 🧶
A data vem da realização do 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, que teve início em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana. [+]
Foi nesse encontro que surgiu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, e o dia 25 de julho passou a ser um marco de luta para as negras. [+]
Vamos falar sobre como afetividades e relações amorosas entre negros se constroem?
Mas, para que isso aconteça , separamos uma Thread com textos que contribuem para a construção desse debate
Entenda: "O mito da democracia racial possibilitou a convivência entre brancos e negros, mas falhou porque a afetividade não foi compreendida, abrindo assim uma lacuna emocional muito potente que dá o tom da cordialidade, mas camufla a repulsa." geledes.org.br/as-barreiras-c…
Representatividade na tv:
"Todos os dramas afetivos que envolvem negros em novelas giram, em sua maioria, em torno das questões de relacionamentos interraciais, forçando a ideia de que é o indivíduo branco quem nos humaniza."