Sobre a variante do coronavírus recombinante, um pequeno fio
Ela é uma mistura de duas linhagens que circularam entre EUA e México. Se dois coronavírus diferentes infectam uma mesma pedia, ele é capaz de fazer isso e combinar o que os dois vírus têm melhor.
Neste caso, foi um pedacinho de um vírus com grande parte de outro. E não parece ter resultado em uma variante mais transmissível do que a Delta. Mas é importante acompanhar esse tipo de evento, pq isso poderia combinar um vírus mais transmissível com outro que escape de vacinas.
Só não entendo pq comentam que o SARS-CoV-2 (da COVID) vai se recombinar com o vírus da MERS. Até são próximos, mas precisam se encontrar em um mesmo hospedeiro. São pouquíssimos casos de MERS por ano. Sem falar que o vírus resultante precisaria ser “melhor” que os originais.
É bem mais provável que uma mesma pessoa seja infectada por dois SARS-CoV-2 diferentes no meio da pandemia. E se mesmo assim, entre vírus mais próximos, a mistura não for frequente, não esperaria uma mistura com vírus mais distantes como o da MERS.
Recombinante ou não, o que realmente preocupa é a transmissão do vírus. Se alguma nova variante passar por cima da delta, é sinal de que ela ou é mais transmissível ou infecta melhor quem se vacinou. E as duas coisas preocupariam. Sem sinal disso até agora.
A recombinação em si é preocupante porque em outros coronavírus, como os que infectam animais de criação, como porcos e aves, linhagens recombinantes foram justamente aquelas que escaparam de vacinas: journals.plos.org/plospathogens/…
Mais sobre o Didier Raoult, dessa vez com denúncias de fraude no estudo da hidroxicloroquina, vindas da equipe dele. Entre outras coisas, ele reduziu em mais de 30x a sensibilidade do teste de vírus de quem tomou cloroquina, pra parecer que não tinham mais vírus.
Em outro estudo, de tratamento de tuberculose, já havia uma série de denúncias de irregularidades do tratamento tóxico adotado ao recrutamento de pessoas em situação de rua ou imigrantes não documentados que não poderiam consentir plenamente em participar ledauphine.com/sante/2021/10/…
Sobre a recomendação do @minsaude:
Pro Brasil não passar em 2022 pelo que a Europa passa agora, precisamos da 1a e 2a doses. Cada novo vacinado faz muito mais diferença do que dose de reforço. Mas se já se vacinou, a 3a dose vai te proteger mais.
No Reino Unido, deram 3a dose em quem tem 50 anos ou mais e grupos de risco, pq efetividade de 2 doses da AstraZeneca caiu entre eles pra ~45% depois de 5 meses ou mais; 2 de Pfizer caiu pra 63%.
Em Israel, a 3a dose de reforço reduziu em 10x a infecção, em mais de 15x os casos de COVID grave entre idosos e em quase 15x as mortes por COVID entre vacinados (que já sofrem menos do que não vacinados).
Descobri que também invadiram meus dados no ConecteSUS. Alteraram meu nome, o nome da minha mãe e minha nacionalidade no certificado de vacinação, em documento oficial...
@minsaude como me sentir com meus dados na mão de quem faz isso? Com os dados do meu filho lá?
Busquei orientação do Marcel Leonardi (leonardi.adv.br), já requisitamos ao @minsaude correção, esclarecimento de quem teve acesso aos dados e que medidas estão tomando a respeito (Arts. 17 e 18, da LGPD). Se mais alguém teve seus dados violados assim, recomendo o Marcel.
Não preciso do certificado agora e já pedi a correção. Mas a sensação de ter dados sensíveis alterados assim não passa com o reparo. É inadmissível ter os dados alterados dentro do órgão oficial que deveria prezar pela nossa informação.
Pq chamamos coxa e sobrecoxa do frango, quando na verdade é panturrilha e coxa?
Me vê panturrilha e sobrepanturrilha de frango.
Se quiser visualizar como é panturrilha e coxa, e como é fácil de confundir pq o pé da galinha é bem mais comprido e alto do que o nosso, é só ver a ilustração do livro "Kame no Kōra wa Abarabone: Jintai de Arawasu Ugokumonozukan" do @satoshikawasaki (a obra inteira é fantástica)