Oi, pessoal! Atualizei os painéis novamente, então segue um fio rápido com algumas situações importantes da covid-19 no Brasil!
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Ponto 1: estamos tendo aumento *leve* de óbitos nos últimos 20 dias no Norte e Nordeste. É importante atentar que:
- Número absoluto BEM menor que antes da vacina;
- São as regiões com menor cobertura vacinal que a média;
- São as regiões que aumentaram primeiro em 2020; //2
Vejam, por exemplo, a BA. Dá pra ver que o número absoluto é bem menor, que o aumento é bem leve, mas, ainda assim, é um aumento.
A cobertura vacinal é de 48,3% da população do estado completamente vacinado. //3
No RN, a mesma coisa, mas mais leve ainda (56,8% de cobertura vacinal completa)
Lembro que isso não é um alarme, um alerta vermelho, mas sim um convite para que fiquemos de olho.
São os "fatores que inspiram cautela" que falo sempre. //4
Na região Norte, temos o PA. Dá pra ver a mesma coisa: o aumento é leve, mas aparece bem. Vejam o vídeo que fiz mexendo nos controles do painel para vermos como estão os últimos dias dos óbitos: //5
Aqui os dados completos e também de cobertura vacinal do PA (apenas 39,1%).
Lembrando que pode haver defasagem entre os dados do OpenDataSUS (que alimentam este painel que utilizo) e das secretarias estaduais, que podem não ter enviado tudo ainda. //6
Já estados mais vacinados ainda demonstram um misto de queda leve e estabilização em um patamar baixo. Vejam aqui RS e RJ, por exemplo: //7
Aproveitando, tem uma coisa que aparenta estar um pouco estranha nos dados, e é importante acompanharmos de perto.
Os dados de casos em SP e de óbitos no RJ tiveram uma queda súbita de patamar, de um dia para o outro: //8
Os dados hospitalares do RJ confirmam essa queda (cada vez menos pacientes), o que tranquiliza. Mesmo assim é importante acompanhar para ver se pode entrar algum dado represado.
Já os casos em SP caíram na metade de setembro, de forma abrupta, e não subiram mais. //9
Como eu sempre costumo falar: estamos ainda em um cabo de guerra (vacinas X vírus). Ao flexibilizarmos medidas eficazes como as máscaras, ajudamos o vírus, e não as vacinas. //10
Quando comparamos com a Europa, sabemos que temos uma cultura de nos vacinarmos mais sólida aqui no Brasil, mas também sabemos que começamos a vacinar mais tarde.
Comparando com Áustria e Alemanha, por exemplo, vemos que nós não estagnamos ainda: //11
Aqui fiz um pequeno vídeo para mostrar como começamos a vacinar um pouco mais tarde.
Não podemos achar que "a pandemia acabou" e estagnar a vacinação aqui também. //12
Por fim: esse momento é o mais crucial: o momento em que estamos com queda e começamos a relaxar, falando em liberar tudo, tirar máscaras, aglomerar....
Esses mesmos países que hoje sofrem estiveram nesse mesmo momento bom também, lembremos disso! //fim
Pontos chave que estão sendo marcantes nas novas ondas de covid-19:
- Estagnação da cobertura vacinal;
- Cobertura vacinal não homogênea;
- Flexibilizações de medidas eficazes (máscaras / aglomerações de muitas pessoas). 🧶 //1
Quem estagnou em uma cobertura menor (~60%) está tendo uma onda maior do que quem estagnou em coberturas mais altas (~80%).//2
Aqui países com maior cobertura (Portugal e Espanha): //3
Como estamos em relação à covid-19 no Brasil e em alguns países agora que estamos entrando em novembro? Como isso se compara com a mesma época de 2020, antes das vacinas?
Sigam o fio!! 🧶 //1
Primeiro, como de costume, vamos analisar o Brasil como um todo, para entender a tendência, e depois entramos em cada região e seus principais estados.
O que conseguimos ver, ao olhar a tendência dos últimos 20 dias, é uma tendência de aumento tanto nos casos e óbitos. //2
Esse aumento é a partir de um "piso" pequeno em relação aos piores momentos que já tivemos, mas alto em relação ao período pré pandemia.
Precisamos entender bem que essas duas características podem ocorrer ao mesmo tempo! //3
Oi, pessoal! Vamos nos atualizar sobre como anda a situação no mundo, de acordo com os dados que conseguimos ver (casos, óbitos, sintomas e em alguns estados, hospitalizações)?
O Brasil vem ainda desacelerando a queda, quando visto como país. Sigam o fio para vermos mais: 🧶 //1
Na região Sul, já vemos uma leve tendência (últimos 20 dias) de aumento de óbitos, mas não de casos.
Na região Norte, vemos aumento leve nos últimos 20 tanto em casos quanto óbitos.
Na região Nordeste, a mesma coisa que a região Norte (ilustrei nos gráficos). //2
Dando uma olhadinha na pesquisa CTIS da Universidade de Maryland / Facebook Health, especificamente na parte de "sintomas estilo covid-19", vemos situações diferentes por estado. Vejam o RS, com um aumento até bem forte: //3
A comunicação agora está super difícil aqui no Brasil, pois não conseguimos entender de maneira alguma uma mensagem que tenha, ao mesmo tempo:
- Vacinas estão funcionando bem demais;
- Ainda tem muita gente internada e em alguns países esse número está aumentando rápido;+
Aqui parece o país do zero ou 100.
Ou é tudo ou é nada. Muito difícil comunicar chance/risco, probabilidade, alertas preventivos...
Olhar para os gráficos da Inglaterra hoje deveria passar uma mensagem bem fácil de que vacinas funcionam mas precisa reduzir mais a transmissão:+
Vejam no gráfico acima:
- A proporção de hospitalizações e óbitos para casos na onda atual (pós vacina) é muito menor. Vacinas funcionam muito bem!
- Ainda está aumentando a transmissão e o nível de óbitos e hospitalizações lá ainda é alto e continua aumentando (alerta!).+
Simplificando, há duas maneiras de reduzirmos os números de casos/hospitalizações/óbitos da covid-19: 1. Menos quantidade de vírus na comunidade; 2. Mais pessoas com armadura de defesa que "dificulta a vida" do vírus ao infectá-las.
Sigam o fio para vermos alguns dados: 🧶 //1
No item 1, é possível atingir isso via medidas físicas de controle, afastando as pessoas umas das outras, principalmente em ambientes fechados, usando máscaras de ótima qualidade.
Vimos países conseguirem quedas expressivas mesmo sem vacinas através de medidas assim. //2
Quando o vírus infecta uma pessoa e essa pessoa toma medidas para não passá-lo adiante por ao menos 15 dias, o vírus "morre" e não consegue seguir o caminho, quebrando um elo da cadeia.
Várias pessoas fazendo isso reduzem a quantidade física de vírus, e os números caem. //3