Antes do anúncio do contrato de coalizão logo mais, o jornalista @moritz_roedle revelou quais partidos ficarão responsáveis por quais ministérios. Confira a lista aqui:
🔴 O SPD ficará com a chancelaria, ocupada por Olaf Scholz, além dos ministérios do Interior, do Trabalho, da Defesa, da Saúde e do Desenvolvimento Internacional. Também será criado um novo Ministério da Construção, focado em superar as crises de moradia nas grandes cidades.
O partido só decidirá quais políticos ocuparão cada ministério após aprovarem internamente o contrato. A ideia é tomar a decisão focando nos conteúdos e não em interesses políticos individuais.
🟢 Os Verdes terão o vice-chanceler, além dos ministérios das Relações Exteriores, Meio Ambiente, Família, e Alimentação e Economia Agrária. Também terão o Ministério da Economia, que será rebatizado de Economia e Proteção Climática, se tornando em um super-ministério.
🟡 Já o FDP terá seu tão buscado Ministério das Finanças, o da Educação e Pesquisa, o da Justiça e um novo Ministério dos Transportes e da Digitalização. Mesmo com apenas 4 pastas, o partido teria controle sobre seus temas mais importantes.
Um adendo imoortante: duas secretarias especiais serão criadas adjuntas à chancelaria. Uma para migração e integração, chefiada pelo SPD, e uma para cultura, chefiada pelos Verdes.
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A futura coalizão de governo da Alemanha entre os social-democratas, os verdes e os liberais apresentou hoje seu plano de governo. Confira aqui o que os três partidos da chamada "coalizão semáforo”, liderados por Olaf Scholz, pretendem fazer 👇🧶
Os planos para os próximos quatro anos de coalizão foram arduamente negociados ao longo de quase dois meses após as eleições por mais de 300 membros dos partidos e o resultado é um documento de 177 páginas que detalha os projetos. Aqui os resumimos brevemente:
SOCIAL: assistência social maior e mais acessível, salário mínimo de 12 EUR/hora, garantia de vaga no ensino técnico, ampliação do sistema de bolsas de estudo públicas, unificação dos auxílios para famílias com crianças e introdução de direitos das crianças na constituição.
Começa agora a coletiva de imprensa dos três partidos da nova coalizão semáforo🚦: SPD, Verdes e FDP. Acompanhe aqui os desenvolvimentos 👇🧶
"O semáforo está de pé", afirma o futuro chanceler Olaf Scholz, primeiro a se pronunciar. Scholz começa seu discurso mencionando a séria situação pandêmica no país. Afirma que seu governo criará um comitê de crise para avançar a taxa de vacinação no país.
Sobre a coalizão, Scholz disse que o que une os três partidos é uma crença no progresso e em políticas de grande efetividade. Seu governo será ambicioso na proteção climática, aumentará com um novo salário mínimo a renda de 10 milhões de pessoas e não contrairá novas dívidas.
Já temos o título do contrato de coalizão: “Ousar mais progresso - Aliança para Liberdade, Justiça e Sustentabilidade".
Em alemão: "Mehr Fortschritt wagen - Bündnis für Freiheit, Gerechtigkeit und Nachhaltigkeit".
O título faz referência a uma frase antológica do primeiro chanceler social-democrata da história da Alemanha, Willy Brandt: “ousar mais democracia”. Brandt governou na época em uma coalizão com o FDP. Nobel da Paz em 1971, Brandt é respeitado por todo o espectro político alemão.
Junto com o anúncio das negociações de contrato de coalizão, SPD, Verdes e FDP também publicaram um documento de 12 páginas resumindo alguns dos primeiros e principais acordos já firmados. Confiram aqui o que cada partido conseguiu negociar 👇🧶
Começando pelo SPD, o partido conseguiu obter um aumento do salário mínimo para 12 Euros, uma reforma na previdência melhorando os pagamentos e uma reforma na assistência social, criando uma garantia mínima de existência.
O FDP conseguiu evitar que haja aumentos de impostos e contratações de novas dívidas. Isso implica, portanto, que o novo governo só terá um âmbito próximo ao do atual orçamento para investir. Com seus quase 350 bilhões de Euros anuais, porém, as possibilidades ainda são grandes.
🚦Os próximos passos nas negociações da coalizão semáforo entre o SPD, os Verdes e o FDP:
1° - Nos próximos dias, se não já amanhã, os três partidos publicarão um resumo do que foi sondado. Baseado nesse resumo, os partidos decidirão se negociarão um contrato de coalizão.
2° - Essa decisão será tomada no caso dos Verdes por uma pequena convenção, que pode ser convocada emergencialmente já para esse fim de semana. No SPD e no FDP bastam só a cúpula do partido decidir.
3° - Se todos aprovarem, nas próximas semanas as negociações continuam, vizando firmar em um contrato todos os projetos da coalizão para os próximos quatro anos. Importante também são as decisões de qual partido ficará com qual ministério.
🟣 Um fenômeno ingrato às oposições pode atingir a Esquerda nessa legislatura. Com as possíveis participações nos governos em Berlim e Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, o partido vai ser parte de um quarto dos governos estaduais, já que também governa em Bremen e na Turíngia. 1/4
Isso é obviamente positivo para o partido, mas enfraquece sua posição como oposição. A cada crítica à situação do país ouvirão um "mas vocês governam por toda parte também" como resposta. 2/4
Isso foi visto com os Verdes nessas últimas eleições, que mesmo sendo oposição, eram parte de mais da metade dos governos estaduais. Criticar o status quo fica mais difícil, além de tornar o partido dependente da performance dos governos estaduais. 3/4