O sistema imunológico é adaptativo, vive aprendendo e se melhorando. Mesmo que a #Omicron tenha algum escape (o que não é novidade, lembre-se que #Beta#Delta e #Gama também tem), as vacinas podem seguir conferindo boa proteção (como fazem para essas três últimas variantes) 🧶👇
Precisamos ter parcimônia. Todos queremos respostas e tem gente incrível estudando e investigando todos os dias para obtê-las o mais rápido possível. Mas não podemos tomar especulações por verdades. E eu vejo que tem muita gente interpretando manchete especulativa assim.
Quando a gente lê que "farmacêutica X afirma que vacina pode ser ineficaz contra a #Omicron", significa que é uma especulação, e que faz parte do delineamento da farmacêutica se preparar para CASO isso aconteça, para entregar uma vacina mais atualizada o mais rápido possível
A #Omicron pode ser mais transmissível (em relação a outras VOCs)? Pode, mas precisamos de dados confirmatórios
Pode ter um escape imunológico? Pode, e precisamos de dados confirmatórios, e lembrando que mesmo havendo escape parcial NÃO SIGNIFICA perda de proteção.
Por quê?
Volte para o primeiro tuíte! Estamos falando de um sistema que é complexo, adaptativo, que diferentes componentes! Mesmo que a #Omicron drible alguns anticorpos, anticorpos com outras funcionalidades também são formados, além de células que são muito menos dribláveis
A gente já viveu isso antes: já vimos a emergência de diferentes variantes, pelo menos 5 de preocupação e sim, sabemos o potencial que elas podem trazer. Mas lembrem-se que o decisivo aqui são as ações que NÓS PODEMOS FAZER. O vírus ainda depende do hospedeiro para sobreviver
Se dificultarmos ao máximo nos tornarmos hospedeiro dele, ele entra num beco sem saída. Isso se faz usando máscara, reduzindo o risco de exposição, somando com distanciamento físico, preferência por ambientes abertos.
Além disso, devemos preparar nossas defesas para caso ele apareça, ser rapidamente eliminado. Isso se faz com VACINA. Já temos um conjunto imenso de evidências apontando para eficácia, efetividade e segurança.
Sabemos que as vacinas reduzem a transmissão e suprimem a frequência de mutações do vírus. Sabemos que elas também ajudam na recuperação de pessoas com COVID longa.
Então nós realmente sabemos pouco da #Omicron agora, mas sabemos muito sobre como lidar com o SARS-CoV-2.
Casos de Oropouche em SC: pela primeira vez na história do estado, casos foram registrados em Botuverá (Vale do Itajaí).
A Febre do Oropouche é causada por um vírus (OROV), transmitida por mosquitos e é mais uma doença que pode estar sendo agravada por mudanças climáticas🔻
Três pacientes em Botuverá (entre 18 e 40 anos, sem histórico de deslocamento para fora do estado) foram confirmados até o momento.
A febre do Oropouche foi isolada pela 1ª vez no Brasil nos anos 60, com surto recente na região norte do país g1.globo.com/ac/acre/notici…
A transmissão ocorre pela picada de mosquitos infectados. Entre os vetores, o mosquito-pólvora ou maruim (Culicoides paraenses) é o principal, mas em centros urbanos, o Culex quinquefasciatus pode ser um potencial vetor
Covid-19 pode aumentar riscos por até um ano após a infecção para desfechos psiquiátricos como:
- transtornos psicóticos, de humor, de ansiedade, por uso de álcool e do sono
Riscos maiores em pessoas hospitalizadas, e menores entre vacinados 🔻
a Covid-19 pode também trazer um risco aumentado de o indivíduo precisar de prescrição de medicamentos psiquiátricos por conta dessas alterações persistentes, comparado com aqueles sem evidência de infecção mas que passaram por estressores parecidos relacionados à pandemia
Mesmo em quem teve Covid-19 leve, esses riscos estavam presentes. Apesar de riscos serem ainda maiores para quem teve Covid-19 mais séria, não se pode subestimar o impacto de uma infecção leve considerando as sequelas pós-Covid
Desde Jan/22, o CDC estima que mais de 82 milhões de aves foram afetadas pela gripe aviária (H5N1), em 48 estados, nos EUA. Com casos do vírus avançando entre mamíferos, fica a pergunta: hoje, o risco global é baixo, mas será que saberemos a tempo, quando não ser?
O fio 🔻
O dado de cima foi tirado do monitoramento do H5N1 pelo CDC, pode ser conferido aqui:
Hoje foi publicado um texto que preparei para o @MeteoredBR sobre os casos de gripe aviária em rebanhos leiteiros no Texas, Michigan e Kansas.
Alterações no sistema imunológico podem estar presentes 8 meses após a infecção, mesmo em pessoas com Covid-19 leve a moderada.
Essas alterações podem manter a inflamação de forma contínua e sustentada nessas pessoas, levando a danos em diferentes tecidos 🔻
O estudo recente analisou o sangue de pacientes com Covid longa (CL), e comparou as amostras com:
- Indivíduos recuperados de mesma idade e sexo sem CL;
- Doadores não expostos;
- Indivíduos infectados com outros coronavírus.
O que os pesquisadores encontraram?
A Covid Longa leva a uma ativação anormal das células da imunidade inata (primeira linha de defesa do organismo, que respondem a qualquer invasão ou lesão, de forma inespecífica)
Estudo com 56 indivíduos com ~10 anos, com COVID longa (vs. 27 sem COVID Longa) mostrou alterações importantes relacionadas à função autonômica do coração, que também podem ser vistas em adultos com COVID longa.
COVID longa em crianças NÃO DEVE ser minimizado🧵
Os autores apontam que essas alterações poderiam levar a um fluxo sanguíneo anormal aos órgãos, contribuindo para sintomas como fadiga, dores musculares, intolerância ao exercício e dispneia, sintomas cognitivos (ex.: confusão mental)
Em adultos, essa disfunção autonômica pode estar presente e ligada a sintomas e condições da COVID longa relacionados ao sistema cardiovascular e respiratório, como a síndrome de taquicardia postural ortostática (POTS), fadiga e distúrbios das vias aéreas, por exemplo
Estudo interessante da @VirusesImmunity e colegas, mostra diferenças em como a COVID longa afeta homens e mulheres: mulheres são mais propensas a apresentar COVID longa, com uma carga maior de sintomas afetando diferentes órgãos, e hormônios podem ser preditores da condição 🧵
O grupo de pesquisadores investigou como o perfil imunológico na COVID longa pode diferir entre homens e mulheres e se isso poderia nos ajudar a entender como essa condição afeta ambos.
165 indivíduos (com ou sem COVID longa) foram avaliados.
O estudo identificou que alguns sintomas relacionados à COVID longa são mais presentes em mulheres (como inchaço, dores de cabeça, dores musculares, cãibras, queda de cabelo) e outros, mais em homens, como a disfunção sexual