O girassol cresce devagarinho, demora para se aninhar ao solo, prefere fortificar suas raizes antes de dar as caras. Muito tempo investido em preparo. Muito tempo investido em preparo. 👇🧶
Quando começa a florescer, ainda pequeno, ficamos inquietos em saber que dimensão ele pode atingir. O quanto ele pode alcançar. A luz do sol incidente é o objetivo. E as vezes o caminho é longo. Ele demora para abrir sua primeira flor.
Muita estrutura precisa ser criada. Mas quando abre, ele vira o próprio sol materializado em flor. Não há possibilidade de uma pessoa passar por um girassol e não guardar 2 ou 5 segundos de contemplação para ele.
Os últimos dias foram de muitos ataques por aqui e em outras rede sociais. Assim como o girassol, eu preparei minha estrutura. Não comecei a falar sobre COVID-19 e vacinas ontem. Faço isso desde o início da pandemia, e antes disso, me preparei para começar.
Minhas raizes são as referências que trago, as horas de meu tempo livre, de cada dia possível, que invisto em estudo. Quando dei as caras e ganhei visibilidade, o desafio foi ainda maior, coloquei minha estrutura em cheque para todos os ventos e intempéries que viriam.
Venho resistindo, tal qual um girassol. Há dias que dou flores, há dias que murcho. Há dias que eu sou o sol de outros girassóis desse lindo jardim!
Mas há dias que graças a Deus que nesse jardim há outros girassóis para eu me direcionar, me inspirar, aprender e me sentir iluminada, mesmo num dia escuro. E tem feito dias muito, muito escuros.
Eu gosto mesmo é dos girassóis. Acompanhar o crescimento de cerca de dez girassóis, que atingiram tamanhos diferentes, em tempos diferentes, me fez perceber a grandeza desse caminho
(abaixo, algumas fotos das minhas filhotas)
Podem cortar minhas flores, devastar minhas folhas ou até mesmo machucar o meu caule. Mas as minhas raizes resistirão até o último segundo de sua capacidade.
E mesmo que meu girassol finde, eu deixei sementes 🌻🌻🌻🌻
Com esse textinho super simples, queria desejar muita força, para todos que precisam. Muita luz, para toda a nossa caminhada. Saúde, que no fim das contas, é nossa maior preciosidade, assim como o conhecimento, que ninguém nos tira. Um lindo natal, protegido, iluminado!
E que 2022 seja mais gentil conosco, e que nós possamos ser mais gentis uns com os outros também. Que sejamos um pouco mais como os girassois que, nos momentos de pouca luz, voltam-se uns para os outros. 🌻🌻🌻
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É uma questão de tempo até um surto maior ocorrer.
O @CDCgov confirmou, essa semana, 4 casos humanos de gripe aviária (H5N1) no Colorado🇺🇸, com a possibilidade de um 5º caso que ainda será confirmado, após exposição a aves infectadas em granja 🔻
Segundo o @CDCgov "todos os trabalhadores que testaram positivo relataram doença leve. Os trabalhadores relataram conjuntivite e lacrimejamento, além de sintomas mais típicos da gripe, como febre, calafrios, tosse e dor de garganta/coriza"
Porém, H5N1 é um vírus perigoso...
Primeiro, a partir dos dados que temos dos últimos anos, sua letalidade é alta.
Segundo, o H5N1 é capaz de infectar o encéfalo🧠 e parece fazer isso com mais frequência que outros influenza
Gripe aviária: novos dados apontam que o vírus H5N1 responsável pelo surto em bovinos nos EUA apresenta adaptações capazes de facilitar a infecção e transmissão em mamíferos.
Já passou da hora de reconhecermos o crescente risco pra saúde pública dessa doença - fio🔻
RESUMO DOS ACHADOS:
1⃣a cepa de H5N1 que infectou bovinos (🐄-H5N1) pode induzir doença grave após ingestão oral ou infecção respiratória;
2⃣em ambos os casos, pode levar à disseminação sistêmica do vírus para diferentes tecidos do corpo
3⃣🐄-H5N1 pode ser transmitido de roedoras lactantes para seus filhotes, mas não para animais adultos com os quais tenham contato direto
4⃣uma possível explicação: em furões, o ➡️🐄-H5N1 não foi capaz de se transmitir de forma eficiente pela via respiratória (gotículas)
Em 2024, o Brasil viu uma epidemia de dengue sem precedentes na sua história. As regiões das Américas concentraram a maioria dos casos, com destaque para o Brasil, com mais de 80% dos casos registrados
O que nos levou a isso? Fio do dia 🔻
O dado acima foi compartilhado pelo @ECDC_EU reforçando a grande ameaça à saúde pública que as arboviroses (vírus transmitidos por insetos) trazem, com riscos para grandes epidemias, impactos socioeconômicos e sobre o sistema de saúde
Até abril de 2024, a @WHO registrou mais de 7,6 milhões de casos suspeitos de dengue em todo o mundo, com mais de 3 mil óbitos. Aumento ocorreu especialmente na região das américas (90% dos casos notificados), com destaque para o Brasil (+80% dos casos)
Alegações tem sido feitas por conta de um artigo recente, mas além de o artigo não comprovar a existência do risco, ele também tem tantos fatores de confusão que me surpreende ter sido publicado
Então respira, e vem de fio 🔻
O artigo utilizou dados de mais de 558 mil indivíduos de Seul 🇰🇷, divididos em dois grupos: vacinados e não vacinados
A ideia era analisar se há associação com o comprometimento cognitivo leve, que pode ser visto anterior ao desenvolvimento de demências, como Alzheimer
Os pesquisadores então analisaram os registros entre 2020 e 2021. Importante notar: as campanhas de vacinação em Seul começaram em 2021.
Isso faz com que o número de pessoas com 2 doses seja pequeno, comparado ao tamanho inicial da amostra
Li e tenho algumas questões importantes:
- Mesmo pessoas fora de grupos prioritários e até mesmo que tiveram Covid-19 leve, podem desenvolver sequelas pós-Covid;
- Sequelas pós-Covid podem ser duradouras, reduzirem a qualidade de vida e trazer riscos à saúde;
Nessa parte de um fio recente, trago alguns dados recentes quanto as informações sobre sequelas pós-Covid. Não só há um risco de morte permanecendo elevado, como há uma perda significativa da saúde como um todo.
Portanto, me preocupa não termos ainda uma construção de políticas públicas para a Covid longa. Sabendo dos seus riscos, da prevalência estimada em outros países, poderíamos já estar ao menos com políticas instituídas para reduzir riscos de contaminação com vírus respiratórios
Se tu passar por manchetes sugerindo que a vacinação contra Covid-19 ajudou a aumentar o excesso de óbitos, saiba que não é o que o estudo original sugere: o excesso de mortes “permanece elevado” APESAR do uso de vacinas (e outras medidas). Sem essas medidas, seria ainda maior🔻
O artigo original está no link abaixo e conclui: "o excesso de mortalidade permaneceu elevado no mundo ocidental durante três anos consecutivos, apesar da implementação de medidas de contenção e das vacinas contra a COVID-19."
O artigo tem limitações importantes e deixa de lado a quantidade de mortes que foram evitadas graças a vacinação. Ainda, a circulação persistentemente alta do vírus, pelo enfraquecimento das medidas mitigatórias, pode estar por trás desse excesso.