Antes de mais nada, vamos lembrar algumas coisas:
🔹A vacina sim reduz o risco para a doença e suas versões mais sérias
🔹Não existe uma vacina 100% eficaz
🔹Alta transmissão aumenta o risco de exposição
🔹Pessoas assintomáticas podem transmitir
Uma pessoa completamente vacinada vai ter sim menos risco de infecção, e um risco ainda menor de ter a doença. Com a transmissão baixa, a chance de a pessoa se infectar é baixíssima, por isso insistimos tanto nas medidas protetoras junto da vacinação para controlar isso.
... No entanto, em alta transmissão, é como se estivéssemos fazendo múltiplas apostas. Mesmo em cenários assim a gente ainda vê uma proteção MUITO alta pela vacina, dado que a curva de óbitos não vem acompanhado o crescimento da curva de casos
O vírus tem mais oportunidades de encontrar seus hospedeiros quando a transmissão está alta. E sabemos que vacinas não são 100% eficazes. Uma pessoa que pode ter alguma suscetibilidade, na exposição do vírus, tem um risco, ainda que reduzido graças a vacinação, de ter a doença
Uma pessoa pode por exemplo estar assintomática e estar transmitindo. Numa reunião familiar ou entre amigos, pode eventualmente acabar descuidando e expondo outras pessoas, pessoas que podem ter alguma comorbidade importante por exemplo. Pronto, temos (pelo menos) um contato.
Infelizmente estamos vendo um aumento de casos, em especial após as celebrações de final de ano. Temos a entrada de uma nova variante, potencialmente mais transmissível que a anteriormente predominante (#Delta). Estamos com um apagão de dados sem saber qual é nosso cenário atual
E isso é gravíssimo, como comentamos nesse fio da Rede @analise_covid19
Sem termos noção exata da realidade que nos encontramos, resta-nos apenas reagir ao cenário, sem tomar medidas preventivas para evitar algo pior. É imensa a quantidade de pessoas relatando casos próximos de COVID-19. Um aumento expressivo na procura por testagem.
Portanto, fica aqui o lembrete pessoal:
🔹Não caiam em manchetes sensacionalistas ou narrativas desinformativas
🔹Com a transmissão alta, os cuidados precisam ser redobrados e reforçados
🔹A vacina reduz MUITO riscos da doença e estamos vendo isso em vários países
Mais lembretes:
🔹Precisamos controlar a alta transmissão, que tem papel crítico na geração de novas variantes, que podem nos preocupar, do vírus
🔹Precisamos de altas coberturas vacinais. Conscientize as pessoas ao teu redor sobre isso e sobre como se proteger melhor
Para mais fios sobre o impacto das vacinas em reduzir riscos de infecção, transmissão, doença, hospitalização e óbitos, vocês encontram nas seções VACINA, TRANSMISSÃO entre outras em bit.ly/fiosmell
Também há fios demonstrando a proteção importante que máscaras conferem
Deixo também a brilhante reportagem de @andre_biernath sobre por que vacinados ainda podem pegar COVID-19 (e não é falha do imunizante)
Outra forma de ver:
- Cinto de segurança reduz muito risco num acidente
- Boias ajudam muito a não se afogar
- Protetor solar reduz risco para melanoma
Mas com alta frequencia de acidentes, entradas imprudente no mar ou exposição direta ao sol, ainda podem ocorrer acidentes.
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Em 50 anos, a vida selvagem monitorada na Terra reduziu em média em 73% e se tu acha que isso não tem a ver contigo ou com tua saúde, eu tenho outra notícia ruim...
Há MUITO o que ser feito nos próximos 5 anos para enfrentar as crises climática e de biodiversidade 🔻🧵
O relatório do World Wide Fund for Nature (WWF) se baseia no Índice Planeta Vivo (IPV), fornecido pela SZL (Sociedade Zoológica de Londres) e que inclui quase 35.000 tendências populacionais de 5.495 espécies monitoradas entre 1970-2020. wwflpr.awsassets.panda.org/downloads/rela…
Segundo os dados, o maior declínio foi visto nos ecossistemas de água doce (-85%), seguido pelos terrestres (-69%) e pelos marinhos (-56%). As quedas mais acentuadas aconteceram aqui na América Latina e no Caribe (95%), seguido pela África (-76%) e Ásia-Pacífico (-60%)
Estamos vendo há dias reportagens sobre as queimadas no Brasil, ou observando fenômenos como "sol vermelho" no sul, "céu cinza" na região metropolitana de SP...
Mas temos que falar dos riscos à saúde que a exposição à fumaça das queimadas traz - o fio 🔻
A exposição à fumaça das queimadas traz inúmeros riscos para a saúde humana e animal. Entre os sintomas dessa exposição, a Secretaria de Saúde do Ceará fez um post compilando alguns deles. Reparem que não são só sintomas respiratórios
Além dos efeitos diretos à saúde, a exposição a fumaça também pode indiretamente contribuir para agravo de doenças cardiovasculares e respiratórias (ex.: asma, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) amazonia.fiocruz.br/?p=47815
Mpox nunca deixou de circular, e até o momento, o vírus detectado no país não é o clado Ib, responsável pelo surto da Rep. Dem. do Congo e países vizinhos e outras regiões, como Suécia, Paquistão.
e por isso é tão importante estar atento aos sintomas e testar. Abaixo, algumas imagens de sinais de alerta e sintomas da doença. Ampliar a testagem e vigilância genômica para identificar clados em circulação é fundamental neste momento. Se tiver sintomas, procure assistência
Mpox é uma doença que pode se transmitir pelo contato sexual e vimos que redes de transmissão dentro desse aspecto tiveram uma participação importante em novos casos na emergência de 2022.
Mas o vírus também se transmite por contato próximo e prolongado
Atualizações sobre #Mpox e dúvidas que surgiram nesse post:
- Há casos no Brasil, mas segundo o @minsaude são causados pelo vírus do clado II (o que circulou na emergência de 2022). Ainda não há casos registrados do clado Ib no país
Mas... (mais no mini fio)🔻
Isso não significa que o vírus do clado Ib não esteja circulando no país, de forma subnotificada. Por isso é importante cuidar os sinais suspeitos: pessoa de qualquer idade que apresente, de modo repentino, lesões nas mucosas/pele, em qualquer parte do corpo
Se tu tiver qualquer um desses sinais suspeitos, ou os sintomas abaixo, procure atendimento médico para realizar exames específicos, e buscar um diagnóstico. Evite compartilhar talheres, objetos, e evite contato próximo, direto e prolongado se suspeito ou diagnosticado
O mundo enfrenta uma ameaça conhecida e negligenciada e que hoje, foi declarada como Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional: #mpox
Nesse fio, falo de sintomas, transmissão, vacinas e por que temos uma 2ª emergência declarada num período de 2 anos 🔻
Mpox é a doença causada por monkeypox virus (MPXV), que pertence ao mesmo gênero que a varíola humana. Ficou conhecido como varíola dos macacos/símia, mas o nome foi mudado para não gerar um entendimento errado que apenas macacos podem transmitir a doença
A transmissão desse vírus se dá pelo contato com animais infectados/reservatórios do vírus, como roedores, por exemplo. Há também a transmissão entre humanos, pelo contato direto, próximo e prolongado (e isso engloba partículas expelidas no ar)
Existe um vírus que se espalha fácil, traz risco tanto durante a infecção (e especialmente com comorbidades, ex: asma), quanto traz risco para sequelas em diferentes tecidos, por tempo indeterminado
O que vimos abaixo é a coroação da banalização da COVID-19.
Se tu achou absurdo um atleta competir nessas condições, te digo que a situação no mundo é muito complicada também.
Não estamos testando adequadamente, não estamos vacinando suficientemente (e não falo só o fato da vacinação não ser universal - o que é uma preocupação)
Não estamos encarando a COVID-19 como ela é: uma pandemia.
Se a situação acima causa revolta e preocupação com a situação do atleta, ela é um produto da banalização de uma doença séria, que segue entre nós e que fingir o contrário não fará ela sumir.