Quem diria? Jones Manoel, militante do PCB, e Radio Free Europe, veículo de mídia anticomunista mantido pelo governo dos Estados Unidos, divulgam matérias sobre Aynur Kurmanov, um dos líderes dos protestos no Cazaquistão.
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Fundada pelo governos dos Estados Unidos em 1949, a Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL) surgiu como um aparelho ideológico e órgão auxiliar da Agência Central de Inteligência (CIA).
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De forma semelhante à Radio Free Asia, a RFE/RL tinha como foco a difusão de propaganda anticomunista e a promoção dos interesses comerciais, militares e estratégicos dos Estados Unidos.
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Durante décadas, a RFE/RL teve como enfoque o combate à União Soviética e à esquerda radical, servindo de base para a difusão de boatos, notícias plantadas e tentativas de desestabilização.
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O enfoque anticomunista da organização foi suavizado após a dissolução da URSS, mas RFE/RL segue até hoje ativa em 23 países, promovendo o combate às organizações de esquerda, movimentos populares e insuflando revoluções coloridas e operações de mudança de regime.
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Aynur Kurmanov é co-presidente do Movimento Socialista do Cazaquistão — organização trotskista ativa nos protestos contra o governo cazaque.
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O dirigente nega que os protestos do país sejam parte de uma revolução colorida, malgrado o fato de terem sido caracterizados dessa forma pelos governos de Cuba, China e Rússia e por diversas organizações socialistas, comunistas e sindicais.
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Em um documento publicado pelo WikiLeaks em 2013, a consultoria Stratfor, contratada pelo governo dos EUA para produzir análises geopolíticas, afirmou suspeitar que o Movimento Socialista do Cazaquistão e Aynur Kurmanov seriam financiados pelo banqueiro Mukhtar Ablyazov.
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A organização de oposição serviria de fachada para os interesses políticos e econômicos do banqueiro. Ablyazov fugiu do Cazaquistão em 2013, logo após ser acusado de de fraude contábil, refugiando-se desde então em Paris. Leia aqui o documento:
O banqueiro se jactou publicamente de ser o cérebro por trás dos protestos em andamento no Cazaquistão. O geógrafo Elias Khalil Jabbour afirmou, em uma publicação em suas redes sociais, ter tomado conhecimento de que Kurmanov atuou como informante dos EUA.
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O dirigente cazaque tem sido amplamente divulgado por algumas organizações de esquerda no Brasil. Por sua vez, o site do PCB traduziu e publicou uma declaração oficial do Movimento Socialista do Cazaquistão, em apoio às manifestações.
Há 66 anos, o general Lott esmagava a Revolta de Aragarças, levante golpista contra o governo de Juscelino Kubitschek. A revolta foi conduzida por militares que já tinham tentado um golpe 3 anos antes, mas receberam anistia. Leia no @operamundi
Candidato à presidência pelo PSD na eleição de 1955, Juscelino Kubitschek (JK) se apresentou ao eleitorado como herdeiro político de Getúlio Vargas, prometendo trazer ao Brasil “50 anos de desenvolvimento em 5 anos de mandato”.
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JK conseguiu herdar os votos de Vargas e foi eleito presidente. O mesmo ocorreu com João Goulart, ex-Ministro do Trabalho de Vargas, que foi eleito como vice em votação separada.
Mas, ao mesmo tempo, JK e Goulart também herdaram a fúria do antigetulismo.
O Ministério Público de Milão anunciou abertura de uma investigação formal contra cidadãos italianos suspeitos de terem participado de "safáris humanos" durante a Guerra da Bósnia. Os turistas europeus pagavam até R$ 600 mil para matar civis por diversão.
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O caso ocorreu durante o Cerco de Sarajevo, episódio dramático da Guerra da Bósnia, que se estendeu de 1992 a 1996. Considerado um dos mais violentos cercos militares do século 20, a ofensiva contra a capital bósnia deixou cerca de 12.000 mortos e 60.000 feridos.
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Conforme a denúncia, o serviço era ofertado pelo exército sérvio-bósnio, chefiado por Radovan Karadzic, preso desde 2008. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia o condenou a 40 anos de prisão por genocídio e crimes contra a humanidade.
Está avançando na Assembleia Legislativa de São Paulo o PL 49/2025, oriundo da base de apoio do governador Tarcísio de Freitas, que prevê a extinção da FURP — a Fundação para o Remédio Popular, laboratório público que que produz medicamentos de baixo custo para o SUS.
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O governo Tarcísio alega que os resultados financeiros negativos da fundação justificariam o seu fim. O projeto de lei prevê a autorização para vender os edifícios, terrenos e ativos da FURP nas cidades de Guarulhos e Américo Brasiliense.
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As instalações da FURP — sobretudo a unidade de Guarulhos — são há muito tempo cobiçadas pelo mercado imobiliário. O terreno de Guarulhos tem 192.000 m² e está estrategicamente localizado próximo à Via Dutra e à futura estação do Metrô.
Há 2 anos, a Palestina perdia uma de suas maiores artistas. A pintora Heba Zagout foi assassinada por um bombardeio aéreo israelense que destruiu sua casa em Gaza. 2 de seus 4 filhos pequenos também foram mortos no ataque. Leia mais no @operamundi
Heba Zagout nasceu em 14/02/1984 no campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza. Ela descendia de uma milhares de famílias expulsas de suas terras durante a “Nakba” — a operação de limpeza étnica conduzida pelas milícias sionistas após a criação do Estado de Israel.
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A família de Heba era proveniente da cidade palestina de Isdud — um povoado milenar, registrado nos textos bíblicos como uma das 5 cidades-estados da Filisteia. Conforme o próprio plano de partilha da ONU, Isdud deveria pertencer aos domínios do Estado Palestino.
Há 20 anos, Lula lançava programa de renovação da frota de petroleiros. O PROMEF fomentou a recuperação da indústria naval do Brasil, que se tornou uma das maiores do mundo e superou a dos EUA — mas foi destruído pela Lava Jato. Leia no @operamundi
A política de desenvolvimento da indústria naval teve início em 1956, com o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. O governo criou o Fundo de Marinha Mercante e investiu no parque naval como parte da política de industrialização e de substituição de importações.
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João Goulart ajudou a consolidar o projeto, visando diminuir as despesas com afretamento de embarcações estrangeiras. Os investimentos na indústria naval eram tão estratégicos que foram mantidos pelos militares após o golpe de 1964.
Há 172 anos, nascia José do Patrocínio. Ele se consagrou como um dos grandes jornalistas do século 19 e foi um dos principais comandantes da luta contra o regime escravocrata, recebendo a alcunha de "Tigre da Abolição". Leia mais no @operamundi
José do Patrocínio nasceu em 09/10/1853 em Campos dos Goytacazes. Era filho do vigário João Carlos Monteiro e de Justina do Espírito Santo, uma jovem escravizada. Seu pai, embora fosse padre, era conhecido pela vida desregrada, repleta de bebidas, jogos e aventuras sexuais.
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Era também um homem poderoso, proprietário de terras e deputado. Justina era uma das muitas pessoas escravizadas pelo padre. Foi entregue a ele como presente de uma fiel da paróquia.
O vigário não reconheceu Patrocínio como filho, mas permitiu que crescesse como liberto.