Thread by @lorenzoridolfi

1/ Como é bom ver um relatório OFICIAL sobre estatísticas de óbitos e vacinações bem feito e honesto. Segue o relatório semanal de observação da vacinação em UK.
assets.publishing.service.gov.uk/government/upl…

2/ Já adianto que os dados mostram claramente uma vantagem em óbitos e internações nos vacinados, o que realmente deve estar acontecendo mesmo.

3/ Contudo, o relatório é extremamente correto e rigoroso nas suas conclusões (páginas 34 e 37) em mostrar que infelizmente não servem para medir a eficácia das vacinas. O relatório destaca vários motivos:

4/ As pessoas vacinadas provavelmente são mais cuidadosas com a sua saúde. As que tomaram a vacina primeiro provavelmente são as que apresentam maior risco.

5/ O comportamento dos vacinados e não vacinados pode ser muito diferente, com o pessoal vacinado se sentindo mais protegido e se expondo mais a riscos.

6/ Mas também destaca o principal ponto que pode levar a grandes distorções na medida da eficácia, o tamanho da população não vacinada num país com uma grande maioria de vacinados.

7/ A única maneira de calcular esse valor é diminuir o número de vacinados do tamanho da população por faixa etária.

8/ Entretanto, como o último censo em UK foi em 2011, certamente há erros substanciais nas estimativas da população, sobretudo dos mais idosos, onde qualquer flutuação na taxa de mortalidade apresenta grandes variações nas estimativas.

9/ Tais variações no total da população frente a uma população não vacinada muito reduzida proporcionalmente, pode gerar grandes distorções nas estimativas de casos/internações e óbitos per capita.

10/ O único ponto que ressalto, nem é uma crítica ao relatório, pois não é o seu objetivo, é o fato de só contabilizar óbitos e internações por COVID.

11/ Uma visão muito mais completa somente seria possível com uma análise mais profunda dos outros tipos de internação e óbitos, para termos números melhores que considerem os efeitos adversos.

12/ Por fim, ressalto que penso que não existe vacina boa ou ruim, o que há em qualquer tratamento é uma relação de custo/benefício que precisa ser muito bem entendida por todos.

13/ Com base nessas informações, as pessoas COM LIBERDADE podem tomar a decisão mais embasada se aquele tratamento será no final das contas benéfico ou não.

14/ A decisão sobre vacinas tem que ser mais criteriosa, pois é um tratamento que dificilmente pode ser revertido, diferente de muitos medicamentos onde basta interromper o tratamento ou recorrer a outro medicamento que reverta as ações do medicamento anterior.