Esse assunto sempre é muito levantado dentro da comunidade e o que mais vemos, infelizmente, é oposição à comunidade bissexual porque de alguma forma muitos nos veem como menos bem-vindos que eles. +
Ver esse tipo de comentário realmente nos coloca a pensar e duvidar da nosso papel dentro de tudo isso, já que nenhum dos lados (dentro e fora da comunidade) somos vistos como suficiente, carregamos uma falsa culpa que tentam colocar nas nossas costas.
Uma coisa que é importante lembrar que a nossa sigla LGBTA+ é uma sigla só por um motivo, quem está incluído nela já foi e ainda é atacado por assumir uma identidade que vai contra o tradicionalismo, que é vista como uma ameaça.
Acham muito fácil apontar o dedo para bissexuais chamando de enrustidos ou intrusos na comunidade, mas não percebem que muitas pautas ainda trazidas até hoje na comunidade foram levantadas pela comunidade bi e também pela comunidade trans, boa parte delas vindo da união de ambas.
Não somos parte da comunidade SÓ por nos atraírmos pelo mesmo gênero, somos também por questionar muitos padrões sociais e quebrar muitas normas que essa sociedade construiu, trazendo a monodissidência à mostra e nos libertando de muitas normas de gênero.
Muita coisa foi conquistada pela união de comunidades, que provavelmente ainda não teríamos conquistado separadamente, e que não da pra apagar da nossa história. As pessoas gostem ou não, nós contribuímos muito para a nossa comunidade pois também não nos encaixamos no padrão +
e também sofremos violência por isso. Ser homossexual não é a única coisa considerada uma ameaça pela comunidade cishetero. Poder existir uma passabilidade não significa que estamos livres de sofrer violência, mas que precisamos esconder quem somos pra sobreviver.
Não precisamos de uma separação dentro da comunidade, temos pautas diferentes mas temos muito mais semelhantes e precisamos entender quais são as semelhanças dentro das diferenças, unirmos forças para resistirmos toda a opressão praticada contra nós enquanto comunidade.
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Perguntas sobre bissexualidade para bissexuais respondem! — Thread para entreter e refletir.
⚠️ AVISO! Caso alguma pergunta lhe remeta a algum trauma/gatilho/situação desagradável, não se sinta na obrigação de responder, priorize seu bem-estar!
Deixando um pouco de lado os tweets mais superficiais sobre o dia da visibilidade bissexual, gostaríamos de chamar a atenção de vocês para o real significado dessa data. #BiVisibilityDay#VisibilidadeBi
De modo algum os posts superficiais perdem a sua importância, afinal esse é um dia para fazermos barulho e poder gritar para todo mundo ouvir “nós existimos!!” e é o que eles fazem. Mas o que queremos dizer é que, além de celebração, não podemos esquecer o motivo +
da existência dessa data: ganharmos visibilidade. Essa visibilidade que nos referimos não é a visibilidade que viemos recebendo ao longo dos anos; apesar de muita gente estar se educando sobre a nossa comunidade elas não são maioria, +
E então chegou o tão aguardado Dia da Visibilidade Bissexual! Sem o ativismo de figuras como Wendy Curry, Gigi Raven e Michael Page, tal dia não teria sido demarcado como o dia de especialmente gritarmos aos 7 ventos dizendo: Nós existimos!
Data que se inicia por nossos ativistas em fim dos anos 90 a fim de criar uma consolidada Visibilidade Bissexual nos espaços gays e lésbicos e até mesmo héteros.
Inicialmente com um aspectos mais ativistas e com presença bissexual extremamente forte, atualmente “ele agora +
+ presencia eventos como discussões, festas de jantar e danças em Toronto e um grande baile de máscaras em Queensland, Austrália.”
No Brasil, a primeira manifestação foi feita em 2021, na cidade de Porto Alegre que oficializou 23 de setembro +
Bom dia gente! estamos um pouco inativos por conta da correria do dia-a-dia, trabalho, aula, família, etc. Já que não produzi nenhum conteúdo pra agora gostaria de recomendar uns vídeos que assisti no decorrer desse mês. Pra quem tem interesse em cinema vale a pena assistir
A representação bissexual na mídia é quase nula (isso quando há). A retratação de pessoas bissexuais na mídia não costuma expôr a bissexualidade como identidade que abarca tais práticas. Embora hajam filmes/séries que representem a bissexualidade em algum grau, (+)
não existe uma explicita exposição da bissexualidade como algo consistente e existente. Malmente é dito a palavra "bissexual" nesses filmes. Loraine Hutchins, ativista bissexual e feminista, falou algo parecido num artigo chamado "Bisexuality in the Media:
A Digital Roundtable".
Representação é algo importante que pode fazer parte da construção/identificação de muita gente que está em fase de auto-descoberta, mas infelizmente esse processo é mais difícil para pessoas LGBTI+ (aqui falo especialmente para bissexuais).