O momento mais propício para uma revolução popular no Brasil ocorreu em agosto de 1954, logo após o suicídio de Getúlio Vargas. A notícia da morte de Getúlio desencadeou uma verdadeira onda de fúria popular que se espalhou por todo o Brasil.
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Os trabalhadores saíram às ruas aos gritos de "mataram Getúlio", buscando vingança contra as forças oposicionistas a quem atribuíam a responsabilidade pelo ocorrido. Incendiaram os carros dos jornais O Globo e Tribuna da Imprensa e depredaram as sedes dos jornais.
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Populares depredaram as sedes de empresas estadunidenses como a Standard Oil. Caçado pelas ruas do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda quase foi linchado e teve de se esconder na embaixada dos Estados Unidos. O povo então invadiu a embaixada. Lacerda fugiu de helicóptero.
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Em Porto Alegre, a população destruiu as sedes dos principais partidos de oposição, tanto da direita quanto da esquerda. Os prédios da UDN, Frente Democrática, Frente Popular, Partido Socialista, Partido Republicano e Partido Social Progressista foram incendiados.
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Os gaúchos também atacaram as sedes dos jornais "O Estado do Rio Grande" e do "Diário de Notícias". Em Belo Horizonte, manifestantes destruíram a sede do Instituto Brasil-Estados Unidos, invadiram o consulado estadunidense e depredaram o prédio do "Correio da Manhã".
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Manifestações também ocorreram em todo o Nordeste. Em Salvador, populares incendiaram o palanque onde os opositores de Vargas pediram sua renúncia uma semana antes. Depredações e incêndios também foram registrados em Recife, Natal, Teresina e Aracaju.
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A reação popular surpreendeu o Partido Comunista Brasileiro (PCB), que até a véspera engrossava a oposição a Getúlio. Os comunistas ainda tentaram disputar o comando do movimento, mas foram rechaçados pelos populares e obrigados a recuar em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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A oposição intransigente do PCB ao governo Vargas nos anos 50 impediu a conexão entre o partido e as massas. Getúlio, por sua vez, não deixou sucessor. Os protestos se arrastaram por várias semanas, mas, sem direcionamento, acabaram arrefecendo e sucumbindo à repressão.
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Esse processo culminou com a elevação do Brasil ao status de Reino Unido a Portugal. Com a eclosão da Revolução Liberal do Porto e o retorno de João VI a Lisboa, o Brasil vislumbrou o risco de perder sua relativa autonomia.
Há 24 anos, falecia o geógrafo Milton Santos. Um dos maiores intelectuais do Brasil no século 20, ele foi um dos fundadores da geografia crítica e desenvolveu diversos trabalhos pioneiros nesse campo do saber. Contamos sua história no @operamundi
Filho de Adalgisa Umbelina e Francisco Irineu, Milton Santos nasceu em 3 de maio de 1926, na cidade de Brotas de Macaúbas, na região da Chapada Diamantina. Foi alfabetizado por seus pais, ambos professores, e aprendeu em casa noções básicas de álgebra e francês.
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Aos 10 anos, Milton se mudou para Salvador e ingressou como aluno interno no Instituto Baiano de Ensino. Influenciado pelo professor Oswaldo Imbassay, interessou-se desde cedo pela geografia. Aos 15 anos já atuava como monitor da matéria, auxiliando os colegas mais novos.
Há 113 anos, nascia Alan Turing. Ele é o pai da ciência da computação e ajudou a quebrar a criptografia nazista na 2ª Guerra. E mesmo sendo um herói, foi perseguido por sua homossexualidade e submetido à castração química. Leia mais no @operamundi
Alan Mathison Turing nasceu em 23 de junho de 1912 em Londres, no Reino Unido. Ele era o filho caçula de Julius Mathison Turing, um funcionário do Serviço Civil Indiano, e de Ethel Sara Stoney, descendente de uma família da pequena nobreza britânica.
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Desde cedo, Turing demonstrou enorme curiosidade científica e um talento precoce para a resolução de problemas. Aos 13 anos, ele ingressou na Sherborne School, um prestigioso internato de Dorset. Foi lá que, 3 anos depois, ele conheceu Christopher Morcom, seu primeiro amor.
De tempos em tempos, um país se torna alvo da campanha de satanização movida pela imprensa e pelas potências ocidentais, a fim de justificar guerras e intervenções. O alvo da vez é o Irã. Vamos então aprender um pouco sobre esse país que você está sendo instado a odiar.
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Localizado no Sudoeste Asiático (ou Oriente Médio), o Irã é o 18º maior país do mundo (pouco maior do que o Peru) e o 17º mais populoso (um pouco mais que Alemanha). É um país de alto desenvolvimento humano, com um IDH de 0,799 — maior do que Brasil (0,786) e China (0,797).
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A população iraniana é marcada pela diversidade étnica. Ao contrário do que é frequentemente propalado pela imprensa, o Irã não é uma nação árabe. A maior parte dos iranianos são persas. O país também abriga grupos significativos de azeris, guiláquis, curdos, judeus, etc.