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Feb 11, 2022 17 tweets 20 min read Read on X
Estudo🇧🇷 da @Nature traz dados da combinação de 2 doses da CoronaVac com um reforço da Pfizer!
🔹~14 milhões de pessoas (~16 milhões de testes)
🔹Reforço após 6 meses da 2ª dose, eficácia contra infecção: 92,7% e contra casos graves: 97,3% 14-30 dias após o reforço!

Vem! 🧶👇
Antes de tudo: um dos coordenadores do estudo é uma pesquisadora mulher! 👩‍🔬 e é muito legal poder fazer um fio de um estudo brasileiro, com uma representatividade dessas!

Vamos aos dados!
Os pesquisadores utilizaram dados nacionais brasileiros para avaliar a eficácia de 2 doses de CoronaVac contra infecção confirmada por SARS-CoV-2 e desfechos graves de COVID-19 (hospitalização e morte) em comparação com indivíduos não vacinados
O período de estudo compreendeu o intervalo de 24/02/20 a 11/11/21. Um total de 913.052 indivíduos foram vacinados com CoronaVac, dos quais 7.863 receberam uma dose de reforço de Pfizer.
Ao longo do tempo após a 2ª dose (~180 dias), a gente percebe uma redução nos valores de efetividade principalmente para a proteção contra a >infecção< indo de 55% para 37% (isso é ESPERADO)

Com o reforço da Pfizer, a proteção contra infecção sobe para 92,7%!
Notem:
🔹Essa redução progressiva vista NÃO É exclusiva da CoronaVac. A gente vê que com o tempo há um declínio nos títulos de anticorpos circulantes - o que é esperado também. Não significa perda de proteção! Veja abaixo!
Mesmo 180 dias após a 2ª dose, a queda na proteção contra casos graves foi de 82,1% para 72,5% (ainda um valor muito significativo).

🔹O sistema imunológico precisa de TEMPO para processar esses estímulos. Vejam que de 0-13 dias após a dose, temos pouco incremento
Em idosos, esse declínio foi maior do que em outras faixas etárias. Já falamos sobre isso, quanto ao processo de imunosenescência (que é natural) e que justifica os cuidados redobrados com nossos idosos. Esse reforço aumentou a proteção pra eles também!
Outro ponto relevante a se considerar é a questão do surgimento de novas variantes durante o período. A entrada de uma variante como a #Omicron que tem um certo escape imunológico pode ter influenciado também na queda da proteção contra infecção vista no estudo
Os autores comentam na discussão que resultados parecidos foram vistos para as vacinas Pfizer e AstraZeneca
1- thelancet.com/journals/lance…

2- pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34957437/#:~:t….

3- dos brilhantes @otavio_ranzani @juliocroda e colaboradoress
É importante destacar que, como a CoronaVac foi a primeira vacina a ser aplicada amplamente no país, a gente tem muitos idosos na amostra populacional que também influenciam nas efetividades observadas. É uma questão importante e ressalta os dados do reforço sendo super positivos
Outro ponto relevante do estudo é que o aumento gradual na frequência de variantes #Gama e #Delta foi observado em janeiro-julho de 2021 e em agosto-outubro de 2021, respectivamente, que estão incluídos no período de estudo.
Em resumo: AMPLIAR A (equidade na) COBERTURA VACINAL! Em especial, para 3 doses, especialmente (mas não somente) nos mais vulneráveis a doença.

Ainda, somar com medidas de proteção (uso de máscara, distanciamento físico e ambientes abertos/bem ventilados)
Link do estudo: nature.com/articles/s4159…

Reportagem resumindo alguns pontos: cnnbrasil.com.br/saude/eficacia…

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