Ruy Castro está para a Semana de Arte Moderna como Leandro Narloch está para Zumbi dos Palmares. Desinformação, construção de narrativa baseada em supressão de evidência, falsa polêmica para vender livros.
1/6
É a continuidade da tradição dos "guias politicamente incorretos" produzidos por jornalistas que querem substituir os historiadores. E baseado em ufanismo bairrista despropositado e caricato. Um grande desfavor.
2/6
É mistificação barata falar que a Semana de Arte Moderna era feita por dândis paulistanos enquanto o Rio abraçava a cultura popular. O Rio estava expulsando pobres para os morros, perseguindo o samba e a capoeira para construir um pastiche de Paris.
3/6
O mesmo elitismo de quem discutia o parnasianismo em SP estava presente na boemia burguesa do Rio de Janeiro. O povo não estava presente em tais discussões em nenhuma dessas cidades. Estava fazendo passeatas e greves - em SP em 1917 e no Rio em 1918.
4/6
Com todas as limitações e malgrado seu elitismo, a Semana de 22 trouxe sim muitas contribuições e despertou debates - sobretudo o movimento antropofágico. Não foi o único movimento dessa natureza, mas sim, foi um dos mais importantes.
5/6
Biblioteca Mário de Andrade, Discoteca Oneyda Alvarenga, a Missão Folclórica, o Dep. de Cultura, as Bienais, os MAMs, são todos frutos legatários desse contexto. Dizer que tudo foi invenção da ditadura é polemismo vazio.
6/6
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Veículos pertencentes ao jornal Folha de S. Paulo são incendiados por opositores da ditadura militar brasileira em 1971. O ato foi uma reação à colaboração de Octávio Frias de Oliveira, proprietário da Folha de S. Paulo, com os órgãos de repressão do regime militar.
1/23
Conforme apurado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), Octávio Frias de Oliveira foi um dos financiadores da Operação Bandeirantes (Oban) - aparelho de repressão do regime militar, responsável por capturar, torturar e assassinar os opositores da ditadura.
2/23
O relatório da CNV também aponta que veículos pertencentes à Folha de S. Paulo eram utilizados para transportar opositores do regime militar até as dependências da Oban ou do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), onde eram então torturados e assassinados.
Civis observam o bairro de Liben, destruído durante o equivocado Bombardeio de Praga. Há 77 anos, em 14 de fevereiro de 1945, a Força Aérea dos Estados Unidos atacava por engano a cidade de Praga, capital da Tchecoslováquia, pensando se tratar da cidade alemã de Dresden.
1/11
Em fevereiro de 1945, a Segunda Guerra Mundial se encaminhava para o seu desfecho. As tropas da União Soviética já haviam libertado quase todo o Leste Europeu durante a Ofensiva de Vistula-Oder e agora já marchavam em solo alemão, rumo a Berlim.
2/11
O Exército Vermelho ficou responsável pelo trabalho pesado durante a ofensiva, cabendo aos aliados coordenar operações de apoio. Entre essas operações, estavam os ataques aéreos à Alemanha, com a finalidade de manter a Luftwaffe ocupada enquanto os soviéticos avançavam.
Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia caminham sobre as capas dos estudantes da Universidade de Coimbra, em meio à cerimônia de outorga do título de doutor "honoris causa", concedido ao ex-presidente pela instituição portuguesa em março de 2011.
1/18
O título "honoris causa" é o grau honorário de doutor concedido por instituições de ensino superior a pessoas eminentes que se destacaram em uma determinada área por suas ações, virtude ou mérito.
2/18
Lula é segundo brasileiro com mais títulos de doutor "honoris causa", atrás apenas do pedagogo pernambucano Paulo Freire. O ex-presidente acumula 36 condecorações — a maioria títulos concedidos por universidades públicas do Brasil.
Há 100 anos, em 13/02/1922, tinha início a Semana de Arte Moderna, marco do movimento de renovação das linguagens artísticas no Brasil. Sediado no Teatro Municipal de SP, o festival tinha por objetivo contestar o academicismo e fomentar a busca por uma identidade nacional.
1/23
O processo reformador que culminou com a realização da Semana de Arte Moderna tem origem no fim do século XIX, quando surgiram diversos artistas que buscavam conciliar a sobriedade acadêmica e a aspiração de liberdade técnica e expressiva.
2/23
Em 1913, o pintor Lasar Segall realizou a primeira mostra de arte não acadêmica do Brasil. Não obstante, foi a exposição organizada por Anita Malfatti em 1917 que enfureceria o público conservador — nomeadamente o escritor Monteiro Lobato.
Trecho do artigo "Paranoia ou Mistificação?", escrito por Monteiro Lobato e publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 20/12/1917. A crítica impiedosa à arte de Anita Malfatti gerou a cisão definitiva entre Monteiro Lobato e os modernistas ativos na Semana de 22.
1/18
Pioneira do modernismo brasileiro, Anita Malfatti enfrentou todo tipo de obstáculo para poder expressar sua arte — das limitações físicas à coerção social. Portadora de uma deficiência congênita, teve de aprender a pintar com a mão esquerda...
2/18
...e desenvolveu o hábito de manter seu braço direito permanentemente coberto para fugir de eventuais constrangimentos. Sua condição física e a morte prematura do pai acarretaram profundos impactos psicológicos e aos 13 anos Anita tentaria o suicídio.
O último retrato de Olga Benário antes de sua execução pelo regime nazista. A revolucionária comunista nasceu há 114 anos, em 12 de fevereiro de 1908.
1/22
Olga Gutmann Benário nasceu em Munique, Alemanha, em uma família judia de classe média. Ingressou na militância política ainda jovem, filiando-se à Seção Juvenil do Partido Comunista Alemão aos 15 anos. Posteriormente, juntou-se à Liga Juvenil Comunista da Alemanha.
2/22
Fugindo dos conflitos ideológicos com o pai, Olga mudou-se para Berlim, onde passou a viver com o militante comunista Otto Braun. Berlim vivia um clima de efervescência política desde o Levante Espartaquista de 1919, quando Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram mortos.