Depende. Se a torcida se impuser, contestar o "caráter absoluto" da propriedade, intervir através do clube ou de outras organizações, aí eu considero a assertiva válida. Até lá, filosoficamente falando, é Textor o dono.
Mas tá aí algo bem interessante pra "comunidade do futebol" no Brasil começar a levar a sério: as experiências de torcedores ao redor do mundo. Me dedico ao estudo disso e dá a sensação de que, antes de aceitar esses movimentos, boa parte das pessoas por aqui vai rechaçá-los.
Acho muito mais provável que tentem desmoralizar, ridicularizar, diminuir ou mandar comprar ação; do que realmente entendam que esses momentos de torcedores são legítimos e só atendem a um fenômeno global: torcedores reivindicam propriedade de e clubes, mesmo empresas.
Veja como foi EXTREMAMENTE RASO o debate sobre as manifestações dos torcedores ingleses contra a Super League. Veja como diminuíram os movimentos contra os Glazers no United. Tive que escrever sobre: trivela.com.br/na-bancada/fut…
Veja a dificuldade de entender os torcedores alemães, o principio 50+1, o ódio aos clubes que burlam a regra, a dificuldade em entender porque se negar a "aceitar novos investidores". Também falei disso:
Veja como falavam sobre os protestos na Espanha contra os acionistas majoritários dos clubes em tom de piada, sem entender o histórico por trás dessas experiências. Gravamos um podcast com eles.
Enfim.... É um chamado pra entender logo esse fenômeno antes que ele chegue no Brasil e a gente passe vergonha tentando interpretar alto que é global, mas vai ser chamado de jabuticaba (como ocorre ao assunto violência e comportamento em estádios).
Inclusive ando ansioso pra analisar o comportamento da imprensa local quando essas coisas começarem a acontecer nas SAFs. Vai ser um bom teste sobre a nossa mentalidade coletiva, que eu particularmente acho bem tacanha, individualista, colonizada e lambedora de rico, rs.
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Confesso que pretendia fazer, mas tô com dificuldade de acompanhar tanta SAF surgindo tão rápido.
Vocês podem criticar associações pelo fator "política" e pela intempestividade das decisões dos dirigentes.
Mas vão ter que reconhecer que é isso que tá acontecendo com as SAF.
Não são só "dirigentes amadores" (nem tão amadores, em sua maioria são empresários bem sucedidos em seus respectivos ramos, mas tudo bem). Agora são os mesmos dirigentes que vocês tanto questionam, mas acompanhados de muitos "profissionais" que manjam bem pouco de futebol.
Vejo muito mais pressa do que projeto. Tudo é "quem chegar primeiro vai se aproveitar". Todo mundo quer seu o primeiro em uma corrida por... pelo que? Um possível investidor? Qual? Como? Quanto? Quantos? Pra onde?
Caio Coppola:
"Não era corno, era cuckold. Seguindo esse raciocínio, se entende como um empréstimo, não como um roubo, como o PT fazia"
Alexandre Garcia:
"O compartilhamento do cônjuge está na raíz da civilização judaico-cristã, pois todo casamento é uma aliança com Cristo"
Guilherme Fiuza
"A tirania esquerdopata agora ataca Jair Bolsonaro por causa de um chifre. Ataca um pai de família corno como tantos no Brasil"
Rodrigo Constantino
"Aqui nos EUA todo mundo empresta sua esposa. Eu já emprestei a minha, faz parte da guerra espiritual"
Ana Paula Henkel:
"As liberdades individuais são conquistas do capitalismo e Bolsonaro é um defensor delas. Em Cuba o ditador Fidel Castro mandava comedores de casadas para o paredão"
O Brusque soltou uma nota tenebrosa acusando o jogador vítima de racismo de estar mentindo. Assinava com "A Diretoria". A nota saiu com quase 24h após o fim da partida.
Pegou MUITO mal, e hoje sai um "pedido de desculpas" em nome do Presidente Danilo Rezini👇🏾
Ultimamente o Brusque tem sido palco de algumas movimentações bem curiosas. O clube subiu pra Série B depois de tomar uma goleada de 8 a 1 em casa, em uma campanha que liderou invicto por meses. Acabou subindo, superada a crise desatada nas... Eleições municipais de Brusque.
Não tenho tantos detalhes e nem consigo tirar os nomes envolvidos sem uma googlada. Mas volta e meia aparecem torcedores do Brusque por aqui, explicando a controversa relação dos membros do clube, com a política local e, óbvio, os principais patrocinadores: a empresa local Havan.