Monumento a Stepan Bandera, em Lviv, Ucrânia. Bandera foi um dos principais colaboradores da Alemanha nazista e líder da OUN, organização responsável por diversos crimes de guerra, incluindo o extermínio de judeus de Lviv e o massacre dos poloneses de Galícia e Volínia.
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Influenciado pelas ideias nacionalistas desde a juventude, Bandera assumiu o posto de líder da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN) no início da década de 30. A organização de extrema-direita reivindicava a criação um novo Estado ucraniano independente...
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...rechaçando as ideias marxistas e os vínculos socialistas da República Soviética da Ucrânia. Em 1934, Bronislaw Pieracki, Ministro do Interior da Polônia, foi assassinado durante uma ação armada perpetrada pela OUN, que demandava a emancipação da Ucrânia Ocidental.
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Bandera foi preso e condenado à morte, mas teve a sentença comutada em prisão perpétua. Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial e a invasão da Polônia pela Alemanha, Bandera, conhecido por suas ideias antissemitas e anticomunistas, foi libertado da prisão pelos nazistas.
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Bandera passou a prestar apoio às tropas nazistas através da criação de grupos expedicionários. Ligado à Gestapo e à Abwehr, fundou os batalhões de Nachtigall e Roland e lançou as bases para criação do Exército Insurgente da Ucrânia (UPA), braço armado da OUN.
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Em junho de 1941, após a invasão da República Soviética da Ucrânia pela Alemanha nazista, Bandera tentou articular a fundação de um Estado ucraniano unificado, comprometendo-se a torná-lo uma nação vassala do Terceiro Reich, "sob a liderança de Adolf Hitler".
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O governo alemão, entretanto, suspeitou das intenções de Bandera, presumindo que o líder da OUN pretendia substituir o domínio nazista na Ucrânia. Bandera teve sua prisão domiciliar decretada e foi posteriormente detido em Sachsenhausen.
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Com a reação soviética ganhando força desde a Batalha de Stalingrado, os oficiais alemães decidiram libertar Bandera, julgando que o ucraniano poderia ajudar a articular operações paramilitares e atos de sabotagem contra o Exército Vermelho.
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Bandera tornou-se então um dos principais colaboradores nazistas, recrutando nacionalistas ucranianos para os batalhões da OUN/UPA e engrossando o efetivo das operações militares conduzidas pela Wehrmacht.
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O pensamento ultranacionalista de Bandera era, na prática, uma adaptação do ideário nazista. A OUN defendia a eugenia e a criação de uma "raça ucraniana pura", argumentava em favor da subjugação de russos e poloneses, do antissemitismo e do anticomunismo.
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Bandera compartilhava a ideia de que os judeus haviam inventado o comunismo para "destruir a civilização, as tradições familiares e os valores cristãos". O programa da OUN preconizava que "russos, poloneses e judeus hostis devem ser eliminados"...
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...e defendia ações como a deportação, desapropriação das terras e erradicação da cultura das etnias consideradas "inferiores". Ao lado das tropas nazistas, a OUN conduziu diversos massacres e atrocidades durante a Segunda Guerra Mundial.
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A Organização dos Nacionalistas Ucranianos participou do massacre dos poloneses de Volínia e da Galícia, que resultaram na morte de aproximadamente 100 mil pessoas, parte substancial das quais eram mulheres, crianças e idosos.
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A OUN também coordenou os chamados pogroms de Lviv — série de massacres cometidos contra a comunidade judaica ucraniana. Os judeus eram torturados, espancados e humilhados publicamente. As mulheres eram despidas à força e estupradas.
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Mais de 15.000 judeus morreram durante os pogroms da OUN e outros milhares foram deportados para campos de extermínio. Estima-se que cerca de um milhão de judeus ucranianos foram mortos pelos nazistas e colaboradores durante a Segunda Guerra Mundial.
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Após o término da Segunda Guerra Mundial e a derrota da Alemanha nazista, a OUN foi convertida em uma organização associada ao MI6, o serviço secreto do Reino Unido, passando a receber financiamento do governo britânico.
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Uma facção da organização, liderada por Mykola Lebed, também passou a colaborar com a CIA. Outro ramo da OUN daria origem ao Bloco das Nações Antibolcheviques, uma das mais influentes organizações anticomunistas do Leste Europeu.
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Stepan Bandera foi eliminado em 15 de outubro de 1959, envenenado pelo agente soviético Bohdan Stashynsky, da KGB, alegadamente por ordens de Nikita Kruschev.
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Com a dissolução da URSS e o fortalecimento da extrema-direita após a Revolução Laranja, o reconhecimento da figura de Stepan Bandera como "herói nacional" e "pioneiro da libertação ucraniana" tornaram-se reivindicações cada vez mais frequentes dos ultranacionalistas.
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Em 2010, o presidente ucraniano Viktor Yushchenko chegou a conceder o título de "Herói Nacional" a Stepan Bandera. O título foi revogado pelo sucessor de Yushchenko, Viktor Yanukovich.
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Não obstante, o golpe de 2014, que derrubou Yanukovich e consolidou a ascensão da extrema-direita do Euromaidan, abriu caminho para a glorificação de Stepan Bandera e de diversos outros colaboradores nazistas.
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O líder da OUN ganhou monumentos, museus e placas decorativas em centenas de cidades, emprestou seu nome para logradouros e instituições culturais e virou tema de filmes e documentários financiados pelo governo.
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O governo ucraniano também determinou a intervenção nos livros escolares e censura editorial, ordenando a remoção de conteúdos e banindo obras que mencionassem os vínculos entre Stepan Bandera e o genocídio de poloneses e judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
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Veja também nossa thread sobre monumentos aos colaboradores nazistas reabilitados pelo governo ucraniano 👇
Há 105 anos, em 09/05/1920, nascia a revolucionária cubana Celia Sánchez. Estrategista e coordenadora logística da guerrilha, ela exerceu papel fundamental na viabilização da Revolução Cubana. Contamos sua história hoje, no @operamundi
Celia nasceu em Media Luna, uma cidade na província de Oriente, em uma família de classe média alta. Era filha de Acacia Manduley e do médico Manuel Sánchez. A mãe de Celia faleceu quando ela ainda era pequena, deixando 8 filhos.
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A visão de mundo de Celia foi bastante influenciada por seu pai. Liberal humanista e admirador das ideias de José Martí, Manuel costumava atender gratuitamente os pacientes pobres nos grotões de Cuba e criticava energicamente as injustiças sociais no país.
A União Soviética foi o país que mais contribuiu para a derrota do nazismo. Nenhuma outra nação lutou em tantas frentes e venceu tantas batalhas. E o esforço do Ocidente para apagar esse grandioso legado é descomunal. Leia mais no @operamundi
“Sem os Estados Unidos, a libertação nunca teria acontecido”, disse Donald Trump nesta quarta-feira, na véspera do Dia da Vitória — data em que se celebra a rendição incondicional da Alemanha nazista e o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
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A frase de Trump é apenas a adição mais recente a um extenso catálogo de declarações revisionistas que buscam, ao mesmo tempo, apagar o papel da União Soviética na luta contra o regime nazista e exagerar a contribuição dos Estados Unidos e de seus aliados no Ocidente.
Há 133 anos, nascia Josip Broz Tito, um dos maiores líderes socialistas do século XX. Marechal Tito comandou a luta contra o regime nazista nos Balcãs e liderou o governo revolucionário da Iugoslávia. Contamos sua história hoje no @operamundi
Josip Tito nasceu em 7 de maio de 1892 em Kumrovec, na Croácia, à época parte do Império Austro-Húngaro. Envolveu-se ainda jovem com o movimento operário, filiando-se ao sindicato dos metalúrgicos e ao Partido Social-Democrata da Croácia.
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Em 1913, ingressou no Exército Austro-Húngaro, onde galgou rápida ascensão. Após a eclosão da Primeira Guerra, combateu as tropas da Rússia na Frente Oriental. Ferido em combate, foi capturado pelos russos e enviado para um campo de trabalhos forçados nos Montes Urais.
O ambiente era tétrico — e não havia como ser diferente, com tantos corpos dissecados à mostra. Mas o que era para ser uma visita a uma exposição sobre anatomia humana se tornaria um pesadelo para Kim Smith. Entre os vários corpos ali expostos, ela reconheceu o seu filho.
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O caso ocorreu em Los Angeles, nos Estados Unidos. Há anos, a exposição "Real Bodies" é uma das principais atrações do hotel e cassino Horseshoe. Um grande sucesso de público e de faturamento — vendida como uma exposição educacional sobre o corpo humano.
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A exposição exibe órgãos e corpos humanos reais, dissecados e embalsamados com uso de uma técnica chamada plastinação. A empresa responsável pela mostra afirma que os corpos são adquiridos legalmente e que são provenientes de pessoas que sofreram mortes naturais.
♫ Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança
Isso eu não faço não ♪
A música do Legião é bem conhecida. O episódio que ela evoca nem tanto. Entre 1980 e 81, militares brasileiros realizaram dezenas de atentados a bomba contra alvos civis.
Segue a lista🧶⬇️
Os ataques eram parte de uma campanha conduzida pelos militares da chamada "linha dura", incomodados com o processo de abertura política no país. Além de aterrorizar a população, eles pretendiam criar pretextos para restaurar o aparato repressivo dos Anos de Chumbo.
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18 de janeiro de 1980: uma bomba-relógio foi plantada no Hotel Everest, no Rio de Janeiro. O alvo era o líder trabalhista Leonel Brizola, que iria se hospedar no local. O artefato foi descoberto e desarmado antes da explosão.
Segue o fio sobre o que o governo Lula está fazendo para expandir e fortalecer o SUS — e que muita gente, pelo visto, não tá sabendo.
O orçamento da saúde que era de R$ 160 bilhões em 2022, no governo Bolsonaro, saltou para R$ 245 bilhões esse ano — 85 bilhões a mais.
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O orçamento discricionário da saúde — isso é, os gastos não obrigatórios — mais do que dobraram entre 2022 e 2024. Passaram de R$ 23,85 bilhões para R$ 55,39 bilhões.
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O governo Lula mais do que dobrou o número de profissionais contratados pelo programa Mais Médicos (aumento de 105%). São 13 mil médicos a mais no SUS, justamente nas regiões de maior vulnerabilidade social.