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Mar 4, 2022 13 tweets 6 min read Read on X
Ontem vimos alguns dos monumentos que foram erguidos na Ucrânia em homenagem a Stepan Bandera — colaborador nazista reabilitado como herói nacional. Bandera era o líder da OUN, organização que assassinou mais de 100 mil poloneses e 15 mil judeus durante a Segunda Guerra.

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Hoje conheceremos mais alguns monumentos que as autoridades ucranianas têm espalhado pelo país nos últimos anos. Começamos pelo Monumento a Dmitro Negrich, colaborador do Holocausto e chefe da polícia auxiliar hitleriana, responsável por exterminar 20 mil judeus em Kolomya.

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Há também o monumento em homenagem a Kuzma Brychko, outro nazista ucraniano que colaborou com o Holocausto. Brychko foi um dos articuladores do Massacre de Volínia, que culminou com o assassinato de 80 mil poloneses durante a Segunda Guerra.

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Em Lviv, as autoridades ucranianas ergueram um monumento a Volodymyr Schegelskiy, chefe da polícia auxiliar ucraniana e colaborador do regime nazista. Schegelskiy foi executado na Polônia em 1949, por crimes contra a humanidade e colaboração na matança de 100 mil pessoas.

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Esse é o monumento a Yaroslav Stetsko, líder do Exército Insurgente da Ucrânia (UPA), braço armado da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN). Stetsko foi um dos responsáveis pelos massacres dos poloneses de Galícia e Volínia, que resultaram em 100 mil mortes.

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Na cidade ucraniana de Tyshkyvtsy, há um museu dedicado à memória do genocida Roman Shukhevych. Ele foi o chefe do Batalhão Schutzmannshaft das SS de Hitler, organizou pogroms contra os judeus ucranianos e também participou do Massacre dos Poloneses de Volínia.

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Esse é monumento ao genocida Vasyl Brynsky, chefe da Polícia Auxiliar ucraniana no distrito de Stanislav. Brynsky arquitetou o assassinato em massa de mais de 50 mil judeus de Stanislav na Segunda Guerra. Também participou de massacres contra poloneses e judeus na OUN.

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Esse é o monumento fúnebre a Leonid Stupnytsky, oficial da Polícia Auxiliar da Ucrânia, responsável por assassinar mais de 25 mil judeus em Rovno.

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Monumento a Myroslav Symchych, comandante da OUN-UPA, responsável por conduzir assassinatos em massa contra judeus e poloneses de Kolomyya. Sob suas ordens diretas, todos os judeus e poloneses do vilarejo de Pistyn foram elimintados, incluindo mulheres e crianças.

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Monumento a Petro Samutin, oficial da Abwehr, o serviço secreto da Alemanha nazista. Samutin foi responsável por organizar os batalhões da Polícia Auxiliar da Ucrânia, responsáveis pelo assassinato em massa de milhares de judeus. Fugiu para os EUA após o fim da Segunda Guerra.

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Monumento a Volodymyr Yakubovsky, combatente do batalhão nazista Shutzmannshft, responsável por executar mais de 4 mil judeus em Zboriv e Zaliztsy. Também participou dos massacres dos poloneses organizados pela OUN.

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Em Lviv, há o monumento ao genocida Volodymyr Kubiyovych, fundador da Divisão SS Galícia, unidade militar vinculada diretamente ao Terceiro Reich, responsável por conduzir diversos massacres contra judeus e poloneses durante a Segunda Guerra.

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Acompanhem outras postagens excelentes sobre a influência neonazista na sociedade ucraniana no perfil do @DaniMayakovski

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Dec 4
Há 66 anos, o general Lott esmagava a Revolta de Aragarças, levante golpista contra o governo de Juscelino Kubitschek. A revolta foi conduzida por militares que já tinham tentado um golpe 3 anos antes, mas receberam anistia. Leia no @operamundi

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operamundi.uol.com.br/pensar-a-histo…
Candidato à presidência pelo PSD na eleição de 1955, Juscelino Kubitschek (JK) se apresentou ao eleitorado como herdeiro político de Getúlio Vargas, prometendo trazer ao Brasil “50 anos de desenvolvimento em 5 anos de mandato”.

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JK conseguiu herdar os votos de Vargas e foi eleito presidente. O mesmo ocorreu com João Goulart, ex-Ministro do Trabalho de Vargas, que foi eleito como vice em votação separada.
Mas, ao mesmo tempo, JK e Goulart também herdaram a fúria do antigetulismo.

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Nov 13
O Ministério Público de Milão anunciou abertura de uma investigação formal contra cidadãos italianos suspeitos de terem participado de "safáris humanos" durante a Guerra da Bósnia. Os turistas europeus pagavam até R$ 600 mil para matar civis por diversão.

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O caso ocorreu durante o Cerco de Sarajevo, episódio dramático da Guerra da Bósnia, que se estendeu de 1992 a 1996. Considerado um dos mais violentos cercos militares do século 20, a ofensiva contra a capital bósnia deixou cerca de 12.000 mortos e 60.000 feridos.

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Conforme a denúncia, o serviço era ofertado pelo exército sérvio-bósnio, chefiado por Radovan Karadzic, preso desde 2008. O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia o condenou a 40 anos de prisão por genocídio e crimes contra a humanidade.

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Nov 7
Há 129 anos, uma expedição militar era enviada para destruir Canudos. Convertida em um "paraíso dos pobres", a comunidade foi rotulada como uma ameaça à ordem vigente e submetida a um massacre que deixou 25.000 mortos. Leia mais no @operamundi

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operamundi.uol.com.br/pensar-a-histo…
No fim do século 19, o sertão nordestino estava mergulhado em uma grave crise social. A terra seguia concentrada nas mãos dos latifundiários, os trabalhadores sofriam com o flagelo da seca e os ex-escravizados vagavam implorando por trabalho nas fazendas da região.

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Nesse cenário desolador, muitos sertanejos buscavam na fé a força para enfrentar o sofrimento cotidiano. Nas áreas remotas, onde a igreja também era ausente, essa dinâmica fortaleceu o messianismo rústico, muito influenciado pelas tradições religiosas populares.

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Nov 6
Há 188 anos, eclodia na Bahia a revolta da Sabinada, um dos principais levantes ocorridos durante o Período Regencial. O movimento resultou na proclamação da República Baiana, mas foi esmagado quatro meses depois. Leia mais no @operamundi

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operamundi.uol.com.br/pensar-a-histo…
A abdicação de Pedro I em 1831 marcou o início de um dos períodos mais turbulentos da história do Brasil. O herdeiro do trono, Pedro II, tinha apenas 5 anos de idade. Assim, de 1831 até 1840, o país seria governado por regentes escolhidos pelo Parlamento.

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O vácuo de poder intensificou as disputas políticas e os atritos regionais. As instituições do Império eram frágeis, havia pouca coesão entre as províncias e os interesses das elites locais frequentemente se chocavam com os da classe dirigente no Rio de Janeiro.

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Oct 31
Há 151 anos, tinha início a Revolta do Quebra-Quilos, um dos maiores levantes populares ocorridos no Nordeste durante o governo de Pedro II. A revolta foi motivada pelo descontentamento com o novo sistema métrico decimal. Leia mais no @operamundi

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operamundi.uol.com.br/pensar-a-histo…
O reinado de Pedro II foi caracterizado por tentativas de implementar um processo de modernização conservadora. O Império ansiava por emular as "nações avançadas" da Europa, mas, ao mesmo tempo, pretendia manter inalteradas as estruturas sociais herdadas da era colonial.

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Assim, o Brasil seria um dos primeiros países do continente a construir ferrovias e telégrafos, mas também o último a abolir a escravidão. Dentre os projetos de "modernização" estava adoção do sistema métrico decimal — sistema de medidas que surgira na França no século 18.

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Oct 21
Está avançando na Assembleia Legislativa de São Paulo o PL 49/2025, oriundo da base de apoio do governador Tarcísio de Freitas, que prevê a extinção da FURP — a Fundação para o Remédio Popular, laboratório público que que produz medicamentos de baixo custo para o SUS.

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O governo Tarcísio alega que os resultados financeiros negativos da fundação justificariam o seu fim. O projeto de lei prevê a autorização para vender os edifícios, terrenos e ativos da FURP nas cidades de Guarulhos e Américo Brasiliense.

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As instalações da FURP — sobretudo a unidade de Guarulhos — são há muito tempo cobiçadas pelo mercado imobiliário. O terreno de Guarulhos tem 192.000 m² e está estrategicamente localizado próximo à Via Dutra e à futura estação do Metrô.

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