O historiador britânico Robert Conquest, autor de "The Harvest of Sorrow", é o principal promotor da tese de que Stalin teria matado cerca de 20 milhões de pessoas ao longo da década de trinta e um antigo proponente da tese do "Holodomor".
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Conquest trabalhou para o Departamento de Pesquisa de Informação, um braço do Serviço Secreto Britânico empenhado em subsidiar ações de inteligência contra governos vistos como inimigos do Reino Unido — incluindo a União Soviética.
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Também é autor de um conhecido panfleto anticomunista histérico denominado "O que fazer quando os comunistas chegarem: um manual de sobrevivência", um clássico do humor involuntário, descrevendo monstros comunistas destruindo os alicerces da civilização ocidental.
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Para calcular o número de pessoas que Josef Stalin teria matado, Robert Conquest utilizou-se da projeção da taxa de crescimento demográfico da União Soviética, baseando-se nos dados da década de vinte.
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Isso é, Conquest traçou uma linha de crescimento demográfico imaginária tomando por referência as taxas de natalidade e mortalidade dos anos vinte e estendeu esses valores até o fim dos anos trinta. Em seguida, comparou o resultado do seu cálculo à população efetiva.
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A diferença, diz Conquest, equivaleria ao número de pessoas que Stalin teria matado. A metodologia carece de sentido, pois é baseada na contagem de indivíduos que nunca existiram, pressupondo que a taxa de natalidade teria permanecido inalterada ao longo de 2 décadas...
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...mesmo em meio a conflitos e ao processo de industrialização, cenários tradicionalmente marcados pela redução da taxa de natalidade. Além disso, o levantamento atribui genocídio como única explicação possível para a redução do ritmo de crescimento populacional de um país.
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Em 2008, um pesquisador russo chamado Boris Borisov publicou um artigo denominado "A Fome Americana" (“The American Famine”). O artigo afirmava que mais de 8,5 milhões de estadunidenses haviam morrido de fome durante a Grande Depressão.
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Para chegar ao montante, Boris utilizou a mesma metodologia defendida por Conquest: calculou a diferença entre a tendência da taxa de crescimento demográfica dos Estados Unidos antes da Crise de 1929 e o número efetivo de habitantes que o país tinha no fim dos anos trinta.
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A diferença entre a taxa projetada e o índice efetivo era de 8,5 milhões de habitantes. Como não havia registro de migração compatível com esse número, Borisov alegou que a única explicação plausível para o "sumiço" é a morte em massa de estadunidenses por fome.
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Curiosamente, os mesmos acadêmicos ocidentais, ideólogos e veículos de mídia que tratam as alegações de Robert Conquest como "verdade revelada" consideraram a pesquisa de Borisov como "pseudociência" e "panfletagem política".
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O próprio Borisov, na verdade, afirmou não acreditar nos números que apresentou, que não são compatíveis com as evidências historiográficas conhecidas. Afinal, assim como na Rússia, não há valas, ossadas, evidências materiais que evidenciem que tal fenômeno ocorreu.
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Apesar disso, Boris decidiu publicar a pesquisa para comprovar que a metodologia utilizada por Conquest e outros acadêmicos ocidentais é um mero truque estatístico, sem qualquer confiabilidade científica, que permite, literalmente, criar milhões de mortes do nada.
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A revelação causou um certo frisson nos círculos acadêmicos, mas foi abafada na imprensa ocidental. O artigo da Wikipedia anglófona sobre a pesquisa de Borisov foi deletado.
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Entrevista de Boris Borisov sobre a "fome americana" no Russia Today
Artigo de Boris Borisov sobre a "fome americana" (em inglês).
Há 105 anos, em 09/05/1920, nascia a revolucionária cubana Celia Sánchez. Estrategista e coordenadora logística da guerrilha, ela exerceu papel fundamental na viabilização da Revolução Cubana. Contamos sua história hoje, no @operamundi
Celia nasceu em Media Luna, uma cidade na província de Oriente, em uma família de classe média alta. Era filha de Acacia Manduley e do médico Manuel Sánchez. A mãe de Celia faleceu quando ela ainda era pequena, deixando 8 filhos.
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A visão de mundo de Celia foi bastante influenciada por seu pai. Liberal humanista e admirador das ideias de José Martí, Manuel costumava atender gratuitamente os pacientes pobres nos grotões de Cuba e criticava energicamente as injustiças sociais no país.
A União Soviética foi o país que mais contribuiu para a derrota do nazismo. Nenhuma outra nação lutou em tantas frentes e venceu tantas batalhas. E o esforço do Ocidente para apagar esse grandioso legado é descomunal. Leia mais no @operamundi
“Sem os Estados Unidos, a libertação nunca teria acontecido”, disse Donald Trump nesta quarta-feira, na véspera do Dia da Vitória — data em que se celebra a rendição incondicional da Alemanha nazista e o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
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A frase de Trump é apenas a adição mais recente a um extenso catálogo de declarações revisionistas que buscam, ao mesmo tempo, apagar o papel da União Soviética na luta contra o regime nazista e exagerar a contribuição dos Estados Unidos e de seus aliados no Ocidente.
Há 133 anos, nascia Josip Broz Tito, um dos maiores líderes socialistas do século XX. Marechal Tito comandou a luta contra o regime nazista nos Balcãs e liderou o governo revolucionário da Iugoslávia. Contamos sua história hoje no @operamundi
Josip Tito nasceu em 7 de maio de 1892 em Kumrovec, na Croácia, à época parte do Império Austro-Húngaro. Envolveu-se ainda jovem com o movimento operário, filiando-se ao sindicato dos metalúrgicos e ao Partido Social-Democrata da Croácia.
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Em 1913, ingressou no Exército Austro-Húngaro, onde galgou rápida ascensão. Após a eclosão da Primeira Guerra, combateu as tropas da Rússia na Frente Oriental. Ferido em combate, foi capturado pelos russos e enviado para um campo de trabalhos forçados nos Montes Urais.
O ambiente era tétrico — e não havia como ser diferente, com tantos corpos dissecados à mostra. Mas o que era para ser uma visita a uma exposição sobre anatomia humana se tornaria um pesadelo para Kim Smith. Entre os vários corpos ali expostos, ela reconheceu o seu filho.
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O caso ocorreu em Los Angeles, nos Estados Unidos. Há anos, a exposição "Real Bodies" é uma das principais atrações do hotel e cassino Horseshoe. Um grande sucesso de público e de faturamento — vendida como uma exposição educacional sobre o corpo humano.
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A exposição exibe órgãos e corpos humanos reais, dissecados e embalsamados com uso de uma técnica chamada plastinação. A empresa responsável pela mostra afirma que os corpos são adquiridos legalmente e que são provenientes de pessoas que sofreram mortes naturais.
♫ Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança
Isso eu não faço não ♪
A música do Legião é bem conhecida. O episódio que ela evoca nem tanto. Entre 1980 e 81, militares brasileiros realizaram dezenas de atentados a bomba contra alvos civis.
Segue a lista🧶⬇️
Os ataques eram parte de uma campanha conduzida pelos militares da chamada "linha dura", incomodados com o processo de abertura política no país. Além de aterrorizar a população, eles pretendiam criar pretextos para restaurar o aparato repressivo dos Anos de Chumbo.
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18 de janeiro de 1980: uma bomba-relógio foi plantada no Hotel Everest, no Rio de Janeiro. O alvo era o líder trabalhista Leonel Brizola, que iria se hospedar no local. O artefato foi descoberto e desarmado antes da explosão.
Segue o fio sobre o que o governo Lula está fazendo para expandir e fortalecer o SUS — e que muita gente, pelo visto, não tá sabendo.
O orçamento da saúde que era de R$ 160 bilhões em 2022, no governo Bolsonaro, saltou para R$ 245 bilhões esse ano — 85 bilhões a mais.
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O orçamento discricionário da saúde — isso é, os gastos não obrigatórios — mais do que dobraram entre 2022 e 2024. Passaram de R$ 23,85 bilhões para R$ 55,39 bilhões.
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O governo Lula mais do que dobrou o número de profissionais contratados pelo programa Mais Médicos (aumento de 105%). São 13 mil médicos a mais no SUS, justamente nas regiões de maior vulnerabilidade social.