Rosalina Maia, de 53 anos, mora na periferia da zona sul de SP. Em seu nome, não há nenhum imóvel, segundo os cartórios da cidade. Mesmo assim, ela aparece como sócia de empresa usada pela família do coordenador do MBL, Renan dos Santos, para fazer movimentações milionárias.
O Estadão apurou que o Ministério Público obteve autorização da Justiça para aprofundar investigações e aguarda o resultado de uma quebra de sigilo ampliada sobre essas transações consideradas suspeitas.
Apesar de estar em nome de Rosalina, em bairro humilde na Bahia, a Angry Cock foi usada por Renan e sua irmã, Stephanie, para movimentar R$ 1,8 milhão. Os dados são da Operação Juno Moneta para investigar a família do líder do MBL por suspeita de lavagem de dinheiro.
Ministério Público identificou transações financeiras de R$ 1,3 milhão entre Angry Cock e outras empresas, e pediu quebra de sigilo. A Justiça autorizou, mas informações ainda não foram enviadas. Renan dos Santos é alvo do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro.
Estadão também obteve acesso a 3 denúncias oferecidas até o fim do ano passado, por fraudes em licitações milionárias contra Alessander Monaco, ligado ao MBL. Renan foi acusado de tráfico de influência em benefício deste empresário, mas a acusação contra ele foi rejeitada.
A reportagem teve acesso a relatórios de busca e apreensão e de análises de quebra de sigilo bancário da Operação Juno Moneta. Segundo dados da Receita Federal, Renan e familiares são donos de empresas quebradas e inativas que somam R$ 396 milhões em dívidas.
Em um dos relatórios, o Fisco diz que o “segredo do sucesso” da família é “simples”: “Eles não declaram nem pagam os tributos devidos, e, com isso, enriquecem com a apropriação indevida dos tributos pagos pelos consumidores finais”.
Mesmo inativas e abarrotadas de dívidas, as empresas movimentam valores vultosos e fazem depósitos nas contas da família Santos. Renan nega irregularidades.
Em setembro de 2020, ao autorizar busca e apreensão no MBL, o juiz Marco Martin Vargas afirmou que as movimentações financeiras de Renan, entre 2016 e 2019, são incompatíveis com os rendimentos declarados — em parte, em razão de transações em empresas de fachada.
O juiz destacou ainda que Renan não exercia nenhuma atividade com carteira assinada. “Há fundados indícios de que representado esteja dissimulando origem de recursos financeiros provenientes de atividades ilícitas e, por conseguinte, da prática de crime de lavagem de dinheiro…”
Na condição de procurador da Angry Cock, Renan recebeu e transferiu R$ 470 mil entre 2016 e 2019. Sua irmã, Stephanie, chegou a movimentar R$ 1,3 milhão.
O MP pediu quebra de sigilo bancário dessa empresa, por causa de doações de mais de R$ 1 milhão de outros destinatários para a conta da Angry Cock. A Justiça autorizou. Os investigadores aguardam resposta dos bancos para análise da quebra de sigilo.
Em outra frente da mesma investigação, o Ministério Público cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Alessander Monaco. Empresário do ramo de tecnologia da informação, ele teria tido apoio do MBL para ser nomeado no governo do Estado.
Em 2019, Monaco conseguiu um cargo na Imprensa Oficial. Segundo a Receita Federal, em três anos ele fez movimentações de R$ 3,6 milhões – valor incompatível com seus rendimentos. Todo mês, Monaco doava R$ 6 mil ao MBL.
O empresário foi denunciado 3 vezes pelo MP acusado de integrar esquema suspeito de fraudes em licitações no governo. As acusações, em parte, têm como base anotações em caderno apreendido na casa de Monaco.
Nele, o empresário, conforme as investigações, descrevia a operação para direcionar as licitações, e até mesmo o sobrepreço a ser desviado. Somados, os contratos que teriam sido direcionados a empresas alinhadas com Monaco chegam a R$ 136 milhões.
Uma das contratadas fez repasses de R$ 2,2 milhões para uma empresa de Monaco que nunca teve funcionários. Na denúncia mais recente, o empresário é acusado de fraudar contrato de R$ 80 milhões para gerenciamento de documentos do sistema de antecedentes criminais do Estado.
Uma empresa que forneceria o mesmo serviço pela metade do preço foi desclassificada. O contrato ficou com a Prado Chaves, que teria a preferência de Monaco. Antes do início da licitação, o empresário já havia calculado o valor exato, acertando até os centavos, da contratação.
Do total, uma porcentagem seria referente a um sobrepreço de R$ 6 milhões. Ao lado da cifra, a anotação: “Pra mim”.
Nome do deputado estadual Heni Ozi Cukier (Novo-SP) aparece associado ao dono da Prado Chaves.
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“O Renan faz 1 viagem TODO ANO ano, é que nos últimos 3 anos ele não fez, ele chama Tour de Blonde. O que ele faz: ele viaja os países só para pegar loiras. Só que ele tem técnicas, já está avançado, pra começar que ele fala sueco, o cara é viciado nisso…”
ESSA CONTA NÃO FECHA
“O Renan nunca foi, nunca tinha, nunca foi pro Leste Europeu, eu confundi com 1 viagem que o Renan fez HÁ 15 ANOS ATRÁS pra Suécia…
A HISTÓRIA DO TAL “RENAN”
foi de
“viagem todo ano”
“ele tem técnicas”
“avançado”
“viciado”
para
“1 viagem há 15 anos atrás”…
Cadê os deputados? Cadê a Polícia Federal? Cadê o MPF?
Nando Reis andou dizendo por aí que nunca precisou de Lei Rouanet, que não existe “mamata”, que não bebe e não “cheira” há 5 anos, mas vive raivoso nas redes sociais atacando o Presidente @jairbolsonaro e, como eu sou curioso, eu fui pesquisar…
A @ivetesangalo tá puxando grito em show contra o Presidente @jairbolsonaro mas durante o governo do PT quem ela mandava tomar “naquele lugar” era o brasileiro pagador de impostos enquanto ela mamava dinheiro público: #IveteVaiTomarNoCool