A Foxconn é a maior fornecedora de componentes eletrônicos do mundo. Você já deve ter ouvido sobre ela por ser a parceira de longa data da Apple na fabricação do iPhone.
A #TUPY3, com a aquisição da MWM, quer se tornar a "Foxconn" dos motores.
Vem saber os detalhes nessa🧶:
Ontem, a Tupy anunciou a aquisição da MWM pela bagatela de R$ 865 mi.
Esse valor é mais do que o dobro do que a empresa pagou na sua compra do ano passado: a Teksid, c/ as plantas de Betim e Aveiro, saiu por ~R$ 420 mi.
Mas por que a MWM é tão importante assim? 👇
Primeiro, vamos desvendar quem é, de fato, a MWM.
A empresa é uma subsidiária da Navistar, que produz os caminhões da marca International - mais conhecida nos EUA.
A Navistar, por sua vez, é uma subsidiária do Traton Group que, por fim, faz parte do Grupo Volkswagen.
E o que a MWM faz?
Ela é uma fabricante de motores para veículos, máquinas industriais e agrícolas, marítimos e geradores de energia a diesel.
Em 2021, a empresa faturou R$ 2,6 bi.
+20% dos caminhões do BR usam motores montados pela MWM
O business da empresa é basicamente:
- receber o desenho e as especificações do motor do cliente;
- adquirir componentes dos fornecedores (a Tupy já era um deles);
- fazer os processos de usinagem e montagem;
- calibrar, testar, validar e certificar os motores.
Os blocos e cabeçotes que a Tupy fabrica representam ~5 a 7% do valor de um motor, ou 0,5% do valor total de um caminhão.
Agora, com a MWM, ela passa a capturar valor em praticamente todo o processo.
Só pra dar uma ideia, um bloco totalmente usinado DOBRA o valor do produto
Esse é justamente o ponto principal do deal: verticalizar a empresa e ampliar o valor agregado dos componentes.
Além disso, com a MWM independente - ou seja, não mais debaixo do guarda-chuva da Volks - ela passa ganhar atração de outras montadoras que queiram aumentar sua terceirização, além de ganhar escala com os negócios trazidos pela nova dona.
Mas não para por aí, agora a Tupy passa a se posicionar em novas frentes:
- a MWM é líder de mercado em geradores no Brasil (diesel, biodiesel, gás natural, biometano e biogás).
A empresa foca no agronegócio brasileiro e aproveitamento do gás do resíduo sólido urbano
Apesar desse foco, ponto interessante sobre os geradores aqui:
- cada torre 5G precisará ter um gerador próprio👀
Outra nova frente de negócios é a de peças de reposição, tanto para motores como para geradores.
Além de ser um setor anticíclico, ele vai permitir a Tupy incorporar componentes que antes não viabilizavam uma operação própria.
Na reposição de peças, a MWM conta com 600 pontos de venda próprios e mais de 300 oficinas credenciadas.
E, o melhor ficou para o final:
- a MWM vem pra acelerar as iniciativas da Tupy com a descarbonização.
A empresa tem expertise no desenvolvimento e adaptação de motores multicombustíveis, incluindo
biocombustíveis, biometano e hidrogênio.
TL;DR:
- MWM custou R$ 865 mi
- RL R$ 2,6 bi em 2021
- +20% dos caminhões BR usam motores montados por ela
- Blocos e cab são 5% do valor de um motor (0,5% de um caminhão)
- Tupy agora passa a agregar + valor no processo
- Frentes: reposição de peças e geradores
- Acelera bioc.
Gostou?
Ainda tem muito mais pra falar sobre a MWM e a Tupy!
Enquanto isso, aproveite pra seguir meu perfil, deixar um LIKE e RETWEET lá no primeiro tweet, que isso nos incentiva a cada vez trazer mais conteúdo gratuito e de qualidade por aqui!
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
A #TUPY3 é uma grande recicladora: a empresa transforma +500 mil ton/ano de sucata em produtos.
~99% do metal usado como matéria-prima em sua produção é reciclado.
Mas não para por aí: com a BMW e o Senai, ela quer resolver tbm um grande problema dos veículos elétricos
🧶
Primeiro, vamos ao problema:
O descarte das baterias dos carros elétricos é uma grande preocupação ambiental
Elas têm o ciclo de vida de 5 a 7 anos e - assim como as pilhas comuns - não podem simplesmente ser jogadas fora em qualquer lugar, por conta da sua composição química
Uma solução temporária que começa a tomar espaço é adaptar as baterias dos EVs para serem utilizadas no armazenamento de energia, onde elas ainda podem ser utilizadas por pelo menos mais 10 anos
No 2º choque do petróleo em 1979 o L da gasolina nos postos br foi de Cr$8,40 p/ Cr$22,40
O governo mandou ver no racionamento: gasolina ñ era vendida nos fins de semana e ficou proibido andar a +80km/h
P/ sobreviver a esse caos, 2 grandes empresas adotaram a mesma estratégia🧶
Primeiro, o contexto: em 1979, a economia brasileira (e a mundial) passou por um perrengue: a segunda crise do petróleo - provocada pela Revolução Iraniana - bateu na porta, triplicando o preço do barril.
O FED, na tentativa de segurar a inflação que veio com a disparada do preço do petróleo, deu uma pancada nos juros, que saltaram de uma média de 12,8% ao ano, em 1979, para 20,1% em 1980 🤯
A WEG não é conhecida como a Indústria das Indústrias à toa.
2 notícias sobre a empresa deste mês mostram o porquê disso.
Se liga nessa thread pra ver como as novas parcerias com a Marcopolo e a Randon + Fras-le, colocam as empresas na ponta da tecnologia a nível global: 🧵
A Marcopolo #POMO4 lançou recentemente o Attivi, o primeiro ônibus elétrico com chassis próprio da fabricante de carrocerias de ônibus.
Com capacidade total para 89 passageiros e autonomia de ~250 km (em sua versão experimental), o Marcopolo Attivi possui Powertrain da WEG – formado por um motor central trifásico de 395 kW de potência, 2.800 Nm de torque e um inversor de frequência.
Você sabia que a #WEGE3 é parceira de 3 montadoras que estão lançando carros elétricos no Brasil?
Mas, pera aí! Não é meio loucura falar de carro elétrico enquanto o país passa pela pior crise hídrica dos últimos 90 anos e as contas de energia dispararam?
Se liga nessa thread onde detalhamos a estratégia da empresa na área de mobilidade elétrica e como ela pode contornar esse problema 👇
Primeiro, vamos colocar todo mundo no mesmo pé. Você já sabe que o forte da WEG é fazer motores industriais, não motores de veículos, né? Mas há 15 anos, a empresa teve a iniciativa de transformar o motor industrial em um motor de tração.