Engana-se quem pensa que o legado econômico da pandemia e da guerra é "apenas" inflação e juros altos.
As novas dinâmicas entre EUA, Europa, China e Rússia criaram a oportunidade perfeita pro Brasil e suas empresas ganharem protagonismo mundial.
Mas pra isso acontecer...🧶
Primeiro, vamos ver o comportamento histórico das últimas crises e avaliar se um país emergente ir bem nessa situação faz sentido.
Em 2009 (na crise do subprime), os países desenvolvidos tiveram uma QUEDA de 3,3% no PIB, enquanto os países em desenvolvimento CRESCERAM 2,8%.
Já em 2020, o PIB dos países desenvolvidos reduziu 4,5%, enquanto nos países emergentes a queda foi de apenas 2%.
Sabe por que os países em desenvolvimento são menos afetados nas crises?
É pelo que, basicamente, define suas economias: a produção de commodities.
Nas crises, os desenvolvidos, de economias industrializadas, veem seus custos subindo e a demanda de bens de consumo reduzindo. Eles sentem a alta do petróleo, gás e carvão, dependentes de importações.
O Brasil por sua vez é um grande exportador de petróleo, tem investido na indústria petrolífera e ainda possui grandes reservas de gás do pré-sal.
Mas claro que não é só isso.
Segundo a FAO (braço da ONU - Alimentação e Agricultura), a população mundial crescerá 37% até 2050.
Pra atender a toda essa gente, a demanda por alimentos, em especial grãos e proteínas, deverá crescer 80%. Ainda de acordo com a FAO, o Brasil deverá superar os EUA e assumir a liderança na exportação mundial de alimentos.
Entretanto, 2050 ainda está longe. Os problemas que o mundo enfrenta clamam por serem resolvidos já, mas novas dificuldades surgem.
Os ganhos que o mundo teve com a transferência de produção pra China começaram a esgotar.
A Europa sofre com a indisponibilidade energética.
O que o Brasil tem pra oferecer de imediato?
Vamos a 2 dos principais pontos trazidos pela @TrigonoCapital em sua última resenha:
1 - Agro: "o Brasil possui uma das maiores áreas agricultáveis do mundo e com maior preservação ambiental. Cerca de 2/3 do território nacional são protegidos e preservados – sendo que 1/4 desse total se encontra dentro de propriedades rurais".
"O país deverá incrementar sua participação no mercado mundial de produtos de origem agropecuária sem necessidade de abertura de novas áreas – apenas através de ganho de produtividade (tecnologia) e de utilização de áreas de pastagem a serem convertidas".
A posição e participação do Brasil no agro pode ser vista nessa imagem da #KEPL3:
2 - Energia: "o Brasil se destaca por ter uma das matrizes mais limpas do mundo, por sua autossuficiência, pelo baixo custo de produção e por ter um dos maiores rendimentos na geração eólica e solar, graças a fatores climáticos amplamente favoráveis".
"Além disso, o mundo persegue a descarbonização – e aí o Brasil está entre os mais bem posicionados, em composição e potencial de produção, em energia eólica, solar, biomassa e biometano".
"Aerogeradores e placas solares (além de outras tecnologias) mais eficientes, biomassa e biometano e a expansão no uso do gás natural após a aprovação do novo marco regulatório são outras vantagens do Brasil".
Diante de todo esse potencial do país, mas com o cenário de inflação presente, quais são as empresas que devem se destacar?
São aquelas que a gestora chama de "agentes da inflação".
Empresas que:
- conseguem repassar seus custos devido a condições extraordinárias próprias;
– são líderes em nichos de mercado;
- ou produzem itens para os quais não há substitutos;
- ou estão bem posicionadas para se adequar ao movimento atual de regionalização da produção.
TL;DR:
- Novas dinâmicas entre EUA, Europa, China e Rússia criam oportunidade pro Brasil
- Países emergentes tiveram desempenho melhor nas últimas crises
- Brasil tem condições únicas de produção de alimentos e de energia
- Empresas "agentes da inflação" se destacam no cenário
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Enquanto o mundo inteiro sofre com o preço da energia e dos combustíveis...
O Brasil tem uma fonte de energia capaz de suprir 70% do consumo de diesel/30% da demanda de eletricidade do país.
Ela vem do agro, mas usamos só 2% de seu potencial.
Uma empresa pretende mudar isso🧶
Como você deve saber, o Brasil tem no agronegócio uma das maiores fontes de dinheiro do país. O setor foi responsável por quase um terço do nosso PIB em 2021.
Mas não é só dinheiro (e comida) que o agro gera. Ele também produz MUITOS resíduos.
E é daí que vem essa fonte de energia.
Os biocombustíveis nada mais são do que combustíveis de origem biológica não fóssil, produzidos a partir de biomassa.
A biomassa, por sua vez, é toda matéria orgânica, vegetal ou animal, usada pra gerar energia.
Se Warren Buffett fosse um torcedor de futebol, ele com certeza diria: "Never bet against Madrid".
Pra se tornar o maior clube do mundo (e chegar até a final dessa Champions League), o Real trilhou uma história que envolve política, inflação e mercado imobiliário.
Segue o 🧶:
Até a década de 30, o futebol espanhol era dominado pelo Athletic Bilbao, clube de uma região chamada “País Basco”. O Real Madrid apenas dividia o protagonismo de segunda força com o Barcelona, clube da região da Catalunha.
Como você já deve ter ouvido por aí, a Catalunha e o País Basco são duas regiões historicamente separatistas que não faziam questão alguma de permanecer como território espanhol.
A Foxconn é a maior fornecedora de componentes eletrônicos do mundo. Você já deve ter ouvido sobre ela por ser a parceira de longa data da Apple na fabricação do iPhone.
A #TUPY3, com a aquisição da MWM, quer se tornar a "Foxconn" dos motores.
Vem saber os detalhes nessa🧶:
Ontem, a Tupy anunciou a aquisição da MWM pela bagatela de R$ 865 mi.
Esse valor é mais do que o dobro do que a empresa pagou na sua compra do ano passado: a Teksid, c/ as plantas de Betim e Aveiro, saiu por ~R$ 420 mi.
Mas por que a MWM é tão importante assim? 👇
Primeiro, vamos desvendar quem é, de fato, a MWM.
A empresa é uma subsidiária da Navistar, que produz os caminhões da marca International - mais conhecida nos EUA.
A Navistar, por sua vez, é uma subsidiária do Traton Group que, por fim, faz parte do Grupo Volkswagen.
A #TUPY3 é uma grande recicladora: a empresa transforma +500 mil ton/ano de sucata em produtos.
~99% do metal usado como matéria-prima em sua produção é reciclado.
Mas não para por aí: com a BMW e o Senai, ela quer resolver tbm um grande problema dos veículos elétricos
🧶
Primeiro, vamos ao problema:
O descarte das baterias dos carros elétricos é uma grande preocupação ambiental
Elas têm o ciclo de vida de 5 a 7 anos e - assim como as pilhas comuns - não podem simplesmente ser jogadas fora em qualquer lugar, por conta da sua composição química
Uma solução temporária que começa a tomar espaço é adaptar as baterias dos EVs para serem utilizadas no armazenamento de energia, onde elas ainda podem ser utilizadas por pelo menos mais 10 anos
No 2º choque do petróleo em 1979 o L da gasolina nos postos br foi de Cr$8,40 p/ Cr$22,40
O governo mandou ver no racionamento: gasolina ñ era vendida nos fins de semana e ficou proibido andar a +80km/h
P/ sobreviver a esse caos, 2 grandes empresas adotaram a mesma estratégia🧶
Primeiro, o contexto: em 1979, a economia brasileira (e a mundial) passou por um perrengue: a segunda crise do petróleo - provocada pela Revolução Iraniana - bateu na porta, triplicando o preço do barril.
O FED, na tentativa de segurar a inflação que veio com a disparada do preço do petróleo, deu uma pancada nos juros, que saltaram de uma média de 12,8% ao ano, em 1979, para 20,1% em 1980 🤯