Bolsas globais em queda, Brasil com performance superior (em USD) na semana.
Câmbio e juros
O Dólar fechou a semana com queda de -2,06% em relação ao Real, em R$ 5,06/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou queda de 3 bps na semana, atingindo 11,99%.
O que esperar para a semana?
No internacional, o destaque será os dados de emprego de agosto nos EUA. No Brasil, o destaque será a divulgação do PIB do segundo trimestre. Além disso, a produção industrial, dados fiscais e de mercado de trabalho referentes a julho e o IGP-M.
Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira
Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de +R$ 2,9 bilhões.
Algo interessante está acontecendo nos mercados globais, e vejo pouca gente falando sobre isso.
Nos últimos dias, os dados econômicos nos EUA têm surpreendido para baixo, mostrando uma economia mais fraca e em desaceleração.
O Bloomberg Economic Surprise Index, que mostra a quantidade de dados que surpreenderam positivamente ou negativamente, está no nível mais baixo desde 2019!
Hoje foi a vez do dado de total de vagas abertas de emprego, o JOLTS. A quantidade de vagas abertas caiu para 8,0 milhões, bem abaixo do 8,35mn esperado, e 8,48mn do último mês.
Ontem, foi a vez do ISM de Manufatura, que também veio abaixo do esperado, indicando contração industrial.
A consequência desses dados mais fracos é óbvia. Juros das Treasuries voltando a cair e o mercado voltando a aumentar apostas que o Fed possa cortar juros mais cedo.
Para a reunião de Setembro, o mercado voltou a precificar quase 60% de chances de cortes pelo Fed.
O yield na Treasury de 10 anos também tem caído rapidamente, voltando para 4,32% (vs. 4,60% uma semana atrás).
Já estamos vendo uma luz no fim do túnel para a Bolsa brasileira?
Nos mercados globais, vimos mais um mês positivo para as Bolsas, com altas entre 3-7%. Apesar da crise bancária, o mercado se animou com a perspectiva de cortes iminentes de juros pelo Fed, que passaram a ser… twitter.com/i/web/status/1…
Olhando para os setores, voltamos a ver uma recuperação em alguns setores. O setor de Bens de Capital (+10,9%), Transportes (+7,3%), Agro, Alimentos & Bebidas (+5,7%) mostraram a maior resiliência em meio a um cenário macro ainda desafiador no mês passado.
Apesar dessas incertezas Macro, vemos os fundamentos melhorando para as ações brasileiras: Três razões nos tornaram um pouco mais construtivos com a Bolsa brasileira recentemente: 1) preço: já que vimos o Ibovespa perder o nível dos 100 mil pontos novamente em março (por 1 dia),… twitter.com/i/web/status/1…
Li vários relatórios de "Year Ahead" para 2023 dos bancos lá fora nas últimas 2 semanas. Os maiores consensos são: 1) recessão branda nos EUA e Europa, 2) investir fora dos EUA, na medida que as Big Techs devem continuar sofrendo, 3) visão mais otimista com bonds (RF global)....
dado que os BCs devem pausar o ciclo de altas de juros em 2023, e podem até cortar juros já esse ano, 4) um ano ainda pouco favorável para ativos de risco, e bolsas ainda devem sofrer para precificar a recessão e desaceleração de lucros,
5) maior otimismo com China (reabertura) e Mercados emergentes, que estão na frente no combate à inflação vs. os países desenvolvidos. O Brasil aparece bem rankeado nesse tópico, exposto tanto à China quanto nos juros bem maiores vs. outros países.
O investimento em fatores, ou factor investing, é uma estratégia que envolve a escolha de ativos com base em um determinado conjunto de fatores/atributos que existam em comum naqueles ativos.
Segue…
Pense nos diferentes atributos de um alimento como uma analogia.
Assim como separamos os alimentos em atributos como gorduras, carboidratos, proteínas, fibras, etc, o mesmo pensamento também pode ser usado para analisarmos ativos conforme algumas características que possuam.
Apesar de ser uma área das finanças estudada desde os anos 60, ainda vemos o factor investing como pouco explorado no Brasil, e com um vasto potencial pela frente.
Hoje publicamos um guia iniciando a cobertura dos fatores na Bolsa brasileira.
O Dólar fechou a semana com alta de +3,33% em relação ao Real, em R$ 5,15/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou quera de -0.2 bps na semana, atingindo 12,69%.
O que esperar para semana que vem?
No cenário internacional, os destaques serão os discursos de dirigentes do Fed, decisão de juros da China, inflação ao produtor da Alemanha e prévia de PMIs.
No Brasil, ata do Copom, IPCA-15 e a arrecadação federal.
A Bolsa no Brasil segue atrativa em diferentes métricas.
Siga o fio 🧶
1. O Brasil está barato quando comparamos com sua própria média histórica:
Atualmente, o Preço/Lucro do índice Ibovespa negocia a 6,8x – um desconto de -40% em relação à média histórica dos últimos 15 anos em 11,3x.
2. A bolsa está barata mesmo quando removemos as commodities da conta.
Quando removemos as empresas ligadas aos setores de Materiais e Energia, o P/L vai para 10,6x, que continua abaixo dessa média histórica de 12,0x.