📍Roraima. Na frente das pesquisas à reeleição para governar o estado mais indígena do Brasil, Antonio Denarium (PP) diz que “índigena não paga imposto” nem “produz nada” e defende regulamentar o garimpo. 🔗agen.pub/eleicoesro
Ele é um dos principais defensores da atividade, que pode definir as eleições no estado – mas não sobrevive se perder o apoio do governo federal.
A crise no estado explodiu com o governo Bolsonaro, que desmoralizou e sucateou a Funai e os órgãos de fiscalização federais. Hoje há entre 10 mil e 20 mil garimpeiros na TI Yanomami, colocando em risco a vida de 28 mil indígenas.
O estrago do garimpo vai além das terras indígenas. O rio Branco é afluente do Uraricoera, e, consequentemente, o mercúrio afeta também os 430 mil moradores de Boa Vista, que concentra quase 70% da população do estado.
“Comparando as razões de risco estimadas para as populações urbana e não-urbana, observamos que ambas estão igualmente sob risco de adoecer, devido à ingestão de peixes contaminados por metilmercúrio”, constatam pesquisadores da Fiocruz.
Com fama de boa gestora por revitalizar a orla do rio Branco e outras ações, a segunda colocada na corrida eleitoral pelo estado, Teresa Surita (MDB), declarou no programa de governo que iria combater a “causa” da poluição dos rios, sem citar o garimpo.
“Acho que todo mundo sabe que falta vontade política de acabar com o garimpo. E acabar com o garimpo é fácil. Lógico, a proporção que assumiu hoje vai exigir uma atuação mais engajada, um trabalho regular e permanente", analisa o procurador do MP-RR Alisson Marugal.
O procurador rebateu também a argumentação de que o garimpo ilegal é um problema social, como alegou Surita ao declarar seu apoio ao garimpo.
“Se os brancos não fazem políticas públicas para evitar que as pessoas trabalhem em uma atividade perigosa e ilegal, o ônus não cabe aos indígenas, é uma responsabilidade da sociedade branca”, ensinou.
Não espanta que os dois principais candidatos ao governo se posicionem a favor do garimpo. A defesa das terras e direitos indígenas nunca ganhou o coração da maioria dos moradores de Boa Vista, acostumados com o vaivém de garimpeiros desde os anos 1940.
NUBANK E BRASIL PARALELO | Tivemos acesso exclusivo ao comunicado interno do presidente do Nubank sobre o post de Cristina Junqueira que divulgava evento da produtora. Segue o 🧶e veja nossas matérias que investigam as relações da BP com o poder. agen.pub/notanubank
Revelamos que Konrad Scorciapino, um dos diretores da Brasil Paralelo — que também trabalhou no Nubank — criou o 55chan, fórum de discussões online que trazia conteúdo criminoso de pornografia infantil e antissemitismo. agen.pub/bpchan
OUTRAS LIGAÇÕES DA BP | Nossa repórter @amandafaudi se matriculou no curso de licenciatura em História coordenado pelo monarquista Rafael Nogueira e ligado à Brasil Paralelo. O MEC aprovou o curso no governo Bolsonaro. Saiba como são as aulas agen.pub/cursobp
🚨 DESASTRE NO RIO GRANDE DO SUL | Sem experiência, militares e políticos chefiam Defesa Civil em cidades do RS. E, na maior parte dos municípios, o seu orçamento não representa mais do que 0,01% do total e só sobe depois do desastre. 🧶 agen.pub/defesacivilrs
🦺 Por trás dos coletes laranjas prestigiados, está uma estrutura de Defesa Civil precária, com baixo orçamento, falta de quadros qualificados, com o comando de aliados políticos sem nenhuma experiência prévia ou nas mãos de militares, embora seja uma instituição civil.
PRECARIZAÇÃO | A situação não é isolada no RS: uma pesquisa em 2021 revelou que 59% dos órgãos municipais de Defesa Civil têm apenas 1 ou 2 servidores na equipe, 72% não têm orçamento próprio, 30% não têm computador e 67% não têm um veículo próprio.
🚨 NUNCA MAIS | O golpe militar completou 60 anos. Neste especial, a Pública investigou fatos e histórias que revelam como ainda há muito que apurar sobre os anos nos quais a aliança militar e civil nos tirou a democracia. Segue o fio. 🧶 apublica.org/tag/ditadura60/
☠️ DITADURAS E BUTANTAN | Documentos inéditos revelam a relação entre a ditadura brasileira e chilena com o renomado centro científico – Instituto Butantan. Investigação da Pública aponta que o instituto produziu toxinas para Pinochet envenenar opositores. agen.pub/veneno
🏹 MEMÓRIA INDÍGENA | Após 21 anos, a Comissão de Anistia julga o primeiro caso de reparação coletiva a povos indígenas. Serão analisados 2 casos: os Guarani-Kaiowá (MS) e os Krenak (MG). A Pública entrevistou o autor do requerimento de anistia. agen.pub/anistiakrenak
☠️ Instituto Butantan produziu veneno para ditadura chilena assassinar opositores. Investigação de 6 meses da Pública revelou que veneno produzido no Butantan pode ter relação com a morte de Pablo Neruda. Entenda essa história .🧶 agen.pub/veneno
🦷 A análise forense de um dente pode recontar a História. Em 2023, laboratórios anunciaram que vestígios de toxina botulínica foram encontrados no molar de Pablo Neruda, reforçando uma antiga tese de que o escritor e político chileno pode ter sido assassinado pela ditadura.
🗣️ Especialista que investiga morte do escritor diz que exportação desses produtos pelo Brasil pode ter relação com possível assassinato de Neruda. “É uma pista importante”, avalia. “Creio que as informações sobre o Brasil deveriam ser apresentadas pelos advogados de defesa.”
💬 ENTREVISTA. Educação é “voltada para o Exército” e “terrivelmente racista”, diz Nurit Peled-Elhanan, da Universidade Hebraica de Jerusalém. A professora israelense pesquisa como palestinos são retratados em livros didáticos. Segue o fio. 🧶 agen.pub/nurit
A professora universitária, pacifista e ativista dos direitos humanos Nurit Peled-Elhanan é uma das mais proeminentes vozes críticas de Israel. Ela é professora de educação, linguagem e semiótica social na Universidade Hebraica de Jerusalém e na David Yellin Academic College.
Nurit pesquisa o discurso da educação israelense, tendo publicado diversos livros sobre o assunto, entre eles, “Ideologia e Propaganda na Educação – A Palestina nos Livros Didáticos Israelenses”.
🚨 EXCLUSIVO. Documentos indicam que aliança da Folha com a ditadura foi mais forte do que jornal admite. Mais de 40 pessoas, entre jornalistas, militantes, ex-agentes e empresários, deram depoimentos sobre a Folha na repressão. 🧶 https://t.co/eDjBSf3IbBagen.pub/empresasditadu… twitter.com/i/web/status/1…
Os documentos e testemunhos foram obtidos pelo Caaf, grupo da Unifesp que realiza pesquisa sobre empresas ligadas à ditadura militar no Brasil, e analisados com exclusividade pela Agência Pública.
Segundo a pesquisa, o grupo Folha teria emprestado carros de distribuição de jornais para que agentes da repressão os usassem para disfarçar operações do regime nas ruas e que teriam resultado em prisões, assassinatos e desaparecimento de militantes da esquerda armada.