Lá se vão 28 anos ouvindo: "Se os EUA levarem o futebol a sério, desiste". Como se bastasse "meter a cara" para ter sucesso ou, pior, como se o sucesso fosse resultado de um contágio positivo pelo dinheiro. Mas a história do futebol mostra que não é bem assim.
Para começo, o futebol deu certo nos EUA. A seleção feminina dos EUA é a mais bem sucedida. É o topo de uma cultura enraizada, que começa nas escolas e passa pelas universidades e pelos clubes, mas que, mais importante, mobiliza pessoas e grupos. Faz parte da vida de milhões.
Seja qual for o "problema" dos EUA no futebol, ele é masculino, não feminino.
Lembro da seleção masculina desde 1990, vendo a Copa do Mundo da Itália. Se você me disser "Está chegando uma seleção masculina dos EUA aí", eu não sei muito o que esperar além do óbvio: preparação física e alguns talentos isolados.
Vai jogar direto? Vai tentar construir jogadas com tabelas e passes mais curtos? Vai pressionar para retomar a bola? Vai armar a defesa enterrada atrás ou adiantada? Eu não sou capaz de dizer e os caras estão aí há 32 anos jogando Copa de novo.
Contraponto: O #CAN não fez nenhum ponto na Copa. Mas mostrou disposição imensa de buscar o gol, de retomar a bola, de jogar em qualquer contexto da partida. Foi promissor e mais: se John Herdman seguir no comando do Canadá em 2026, eu sei o que esperar (e vou acompanhar).
Dá para dizer o mesmo dos #USA, além dos nomes de alguns jogadores e do craque Pulisic?
Enfim, os #USA têm uma liga, têm os jogadores e, com o que têm desde já, caminham para fazer uma boa Copa em 2026. Mas não têm uma marca e não têm uma confederação que favoreça trocas com "escolas".
(Os mitos de fundação do futebol brasileiro falam praticamente em "geração espontânea", mas mesmo conosco não foi assim. Muito mais do que reconhece, o futebol brasileiro cresceu no confronto e na troca com Argentina e Uruguai.)
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O que eu gosto mais nesta seleção de #MAR, além da qualidade técnica do time, é a atenção ao detalhe. É um time que valoriza demais a bola parada, claramente ensaia bem jogadas (e até o corta-luz é bem feito) #CopaDoMundoFIFA
O lance impedido da #ESP aos 24' e depois a chance aos 26' surgiram em raros momentos em que a defesa de #MAR estava adiantada e permitiu passes cruzarem as linhas de meio e de defesa #CopaDoMundoFIFA
Chance final da #ESP começou num raro erro de Amrabat (boa Copa) e terminou numa retirada zen, assustadoramente tranquila de Mazraoui (que jogador!) #FIFAWorldCup
Em 1982, depois de uma tabela que varou meio campo com Zico, Júnior marcou o terceiro gol do Brasil contra a Argentina, na 2ª Fase da Copa do Mundo. Para comemorar, Júnior sambou: #CopaDoMundoFIFA
Voa, Vini Jr.! O mais acionado do Brasil! Grande lance de Raphinha, que fez o cruzamento à feição. #BRA 1-0 #KOR. Começo de seleção com a história que o Brasil tem.
Tem que comer ouro sim. Não pode quebrar a corrente. E, se reclamar, come nióbio também #CopaDoMundoFIFA
Neymar dosando, mas, além do pênalti (2-0), quase que acertou um passe antológico para o Richarlyson #CopaDoMundoFIFA
No apagar das luzes de Pelé no Santos, uma novidade: Pelé havia adquirido uma base de Judô para não se machucar e, ao mesmo tempo, cobrar dos marcadores um preço ("Placar", 23/11/1973)
Na ótima reportagem de Carlos Maranhão, Pelé diz que cansou de reclamar aos juízes. "Em primeiro lugar, porque, tomada a decisão, eles não voltam atrás. Então, é inútil eu ficar queimando energia em reclamações e me irritar ainda mais."