Quem tem acompanhado a Copa deve ter visto as discussões sobre o gol do Japão. Até o @Casimiro comentou a polêmica em live. Afinal, a bola saiu de campo ou não?
PARALAXE é um conceito de astronomia antigo. É a diferença aparente na posição de um objeto, quando visto de locais diferentes.
Exemplo simples: estique seu braço e, com um dedo, tape um objeto de fundo. Agora abra um olho e deixe o outro fechado, e depois troque.
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Verifique a posição desse objeto quando você observa com o olho esquerdo (imagem à esquerda) e com o olho direito (imagem à direita). Reparou que parece que o objeto se deslocou? Isso é paralaxe ✨
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Esse conceito é muito utilizado em astronomia, principalmente para medir a distância de objetos. Por exemplo: se queremos medir a distância de uma estrela próxima, observamos ela em duas datas: primeiro em uma data X (ex: Junho), e depois 6 meses após X (ex: Dezembro).
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Comparando o movimento aparente da estrela próxima com relação às estrelas de fundo (que consideramos “fixas”) temos o ângulo de paralaxe, que é o deslocamento angular dessa estrela próxima.
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Note que essa configuração forma um triângulo, onde um dos ângulos é justamente a paralaxe. Sabendo a distância entre o Sol e a Terra, uma simples trigonometria revela que a distância entre o Sol e a estrela próxima é 1/paralaxe.
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Mas voltando ao futebol, tivemos essa situação no jogo Japão x Espanha na última quinta (01/12) onde o VAR confirmou o gol do Japão, mas muitos alegaram que a bola havia saído de campo no lance anterior.
Acontece que, para a bola sair de campo, ela precisa cruzar totalmente a linha de fundo. E olhando algumas imagens, dependendo do ângulo, realmente parece que a bola saiu.
Só que não foi o caso. E a resposta você já sabe: PARALAXE!
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Em imagens de outros ângulos, inclusive visto de cima, podemos ver que faltou um pouquiiiinho para a bola cruzar completamente a linha de fundo, ou seja, ela ainda é considerada dentro de campo.
No final, tudo é questão de ângulo 🤷🏻♀️
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Mais uma imagem, só porque a física é linda…
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Ajude a espalhar essa thread se você é fã de futebol ⚽🥅 Assim, mais pessoas ficam sabendo o quanto matemática, física e astronomia influenciam no esporte!
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Como peguei grande parte das imagens no próprio Twitter, não encontrei as fontes da maioria. Se alguém souber, escreva nos comentários, que eu atualizo este tweet.
Créditos das imagens (o número corresponde ao número do tweet):
4 e 5. University of Virginia
6. University of Virginia, modificada por Aline Novais 8. Reprodução/Internet 9. @ge (segunda imagem)
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POR QUE A MAIORIA DOS PLANETAS DETECTADOS SÃO TÃO GRANDES?
Com mais de 5200 exoplanetas já detectados, apenas 3.7% têm um tamanho comparável ao da Terra. Onde estão os planetas semelhantes aos nossos, e por que não conseguimos observá-los? Segue a thread 👇🏼👇🏼👇🏼 #AstroThreadBR
Antes de mais nada, vale a pena comentar que existe uma enorme diversidade de planetas: pequenos, grandes, rochosos, gasosos, etc. Já vemos isso no nosso Sistema Solar, mas fora dele, a variedade é ainda maior!
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De forma geral, podemos dividir os exoplanetas em diferentes categorias. As principais categorias são:
🟠 gigantes gasosos
🔵 tipo Netuno
🟢 super Terras
🟤 terrestres
Bora sair do básico e aprofundar seus estudos na área? Essa thread traz exemplos de materiais em astrobio, mas também serve para qualquer estudo acadêmico.
Segue o fio 👇🏻
O passo-a-passo de como começar a estudar astrobio depende do seu interesse na área. Então começamos com a pergunta mais importante: Você pretende seguir carreira em astrobio?
Independente da sua resposta, o primeiro passo que eu recomendo é: PROCURE MATERIAL EM REDES SOCIAIS/ONLINE
Aqui no Twitter temos vários divulgadores (como eu hehehe) que falam sobre astrobiologia, além de astronomia, física e outros assuntos.
Primeiramente, queria deixar claro que eu (ainda) não li todos esses livros, mas escolhi incluí-los na thread por já ter visto avaliações positivas. Se você já tiver lido algum deles, deixe sua opinião nos comentários!
Para facilitar, tentei categorizar os livros em alguns tópicos de interesse:
De acordo com a NASA, já foram detectados mais de 5000 exoplanetas. Mas você já parou pra pensar quais critérios classificam um exoplaneta? O que diferencia um planeta de outros objetos? Vem de #AstroThreadBR descobrir 👇🏼👇🏼👇🏼
- O que é um planeta?
De acordo com a União Astronômica Internacional (IAU), para um objeto ser considerado planeta, ele deve obedecer 3 critérios:
1. Girar em torno do Sol 2. Ter massa suficiente para ser aproximadamente esférico 3. “Limpar a vizinhança” em sua órbita
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Discussões à parte, esse é exatamente o motivo de Plutão não ser mais considerado planeta: ele não é o objeto dominante em sua órbita, devido à ressonância com Netuno (que domina gravitacionalmente a região) e a identificação de outros objetos menores, também em ressonância.
Recentemente foram divulgadas as primeiras imagens feitas com o Telescópio Espacial James Webb. Dentre as imagens maravilhosas, tivemos o espectro de um exoplaneta, o WASP-96b. Quer entender o que esse espectro pode nos dizer? Vem de #AstroThreadBR 🧶
O espectro divulgado foi feito pelo instrumento NIRISS (Near Infrared Imager and Slitless Spectrograph), à bordo do JWST. Ele é capaz de obter dados espectroscópicos no infravermelho, em comprimentos de onda entre 0.6–5.0 μm, dependendo da observação.
Vamos agora falar sobre o espectro. Nesse caso, é o que chamamos de espectro de transmissão. Esse nome é justamente porque observamos a luz da estrela que passa através da atmosfera do planeta, e interage com os compostos existentes na atmosfera, como átomos, moléculas e nuvens.
O Sistema Solar encontra-se em equilíbrio, a Terra é habitável, e Marte não tem água líquida atualmente. Mas e se um estivesse no lugar do outro, como seria cada planeta?
Vamos falar sobre Marte. No lugar da Terra, a 1 AU do Sol, Marte sentiria muito mais a influência do Sol do que sente hoje. O aumento da temperatura derreteria as calotas polares e, além de liberar água líquida, teríamos um aumento no efeito estufa marciano
Uma das ideias sobre a terraformação de Marte é justamente liberar esse CO2 que atualmente encontra-se congelado nos polos para a atmosfera (CO2 é um gás de efeito estufa). Porém, a quantidade de CO2 não deve ser suficiente para formar uma atmosfera substancial