Uma correção: o avô desse deputado federal não estava lutando pela liberdade, e sim pela Waffen SS Galizien, uma divisão da organização paramilitar do partido nazista formada por voluntários ucranianos.
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A SS foi a grande executora do Holocausto, sendo diretamente responsável pelo assassinato de milhões de pessoas.
Unidades da Waffen-SS Galizien estiveram particularmente envolvidas na repressão aos partisans soviéticos e em massacres contra a população civil polonesa.
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Ao mesmo tempo em que um neto não pode ser considerado responsável pelas ações de seu avô, é inadmissível que a participação deste em uma divisão da SS nazista seja motivo de orgulho.
Cédula de vinte “Mark” (“Marcos”), do Gueto de Lodz, parte do acervo do Museu do Holocausto de Curitiba.
O Marco do Gueto de Lodz foi criado após um decreto de 08 de Julho de 1940, que aboliu o Reichsmark como moeda oficial do local.
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Neste contexto, os habitantes do gueto foram obrigados a trocar todo o seu dinheiro pelo novo marco.
Para manter a ficção do autogoverno judaico em Lodz, foram emitidas notas de 50 pfennig (centavos) e 1, 2, 5, 10, 20 e 50 marcos.
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Entretanto, essas não possuíam valor fora do gueto e não poderiam ser trocadas por outras moedas. Funcionavam como forma de evitar a fuga da população local e retirar suas posses.
Concretizando nossos três pilares fundamentais - Memória, Educação e Pesquisa - indicamos a leitura de artigos científicos!
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No artigo “Jean Améry e o advento da vítima ressentida”, Monica Grin apresenta a história do sobrevivente Jean Améry, um escritor e ativista político austríaco que teorizou sobre a experiência nos campos de concentração nazistas e sobre a luta pela dignidade humana.
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A partir de pesquisas desenvolvidas em torno de suas obras, a autora identifica o lugar do ressentimento nos testemunhos de Améry, que nasce na sociedade alemã pós-guerra com sua indiferença em relação ao Holocausto e em suas reflexões sobre o lugar da vítima.
Thomas Geve tinha apenas 13 anos quando entrou pelos portões de Auschwitz-Birkenau. Separado de sua mãe na chegada, teve que cuidar de si mesmo no campo Auschwitz I, destinado para homens.
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Quando foi liberado de Buchenwald, em 11 de abril de 1945, era um veterano com 15 anos de idade que sobrevivera corajosamente por 22 meses à terrível vida em três campos de concentração e de morte nazistas.
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Livre, mas fraco demais para sair, sentou-se solitário à mesa do barracão e começou a desenhar. Com uma pilha de cartões da SS e lápis coloridos, criou mais de 80 desenhos, listas e esboços, retratando em detalhes simples, porém comoventes, a vida nos campos.
Negacionismo do Holocausto é a alegação mentirosa de que o genocídio de cerca de 6 milhões de judeus perpetrado pelo regime nazista e seus colaboradores não teria ocorrido, +
com variações de que o número de mortos estaria propositadamente exagerado, que teriam morrido de doenças ou como vítimas “comuns” da guerra (negando, portanto, o caráter planificado do extermínio) ou que as câmaras de gás não teriam existido.
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Na visão dos negacionistas, essa invenção ou exagero serviria a algum tipo de interesse (geralmente judaico). Para eles, “desmascarar” o Holocausto serviria para denunciar esses interesses ou para reabilitar o nazismo.
Neonazismo é a tentativa protagonizada por alguns grupos extremistas de tentar reviver e atualizar a ideologia nazista na atualidade. Central nesses grupos, relativamente fragmentados, é o ideal de supremacia branca ou da raça ariana.
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Diversos grupos neonazistas se articulam em fóruns virtuais ou presenciais, pregando – e muitas vezes praticando – o ódio a judeus, negros, estrangeiros, comunidade LGBTQIA+, feministas, pessoas ligadas à esquerda do espectro político e outros alvos, a depender do contexto.
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Por exemplo, contra indígenas e nordestinos nas regiões sul e sudeste do Brasil, muçulmanos na Europa, latinos nos Estados Unidos etc.
Jerzy (Jorge) Zalszupin Z''L nasceu em Varsóvia, na Polônia, em 1º de junho de 1922, em uma família judia bem integrada na sociedade polonesa. Ele era adolescente quando, em 1939, começou a 2ª Guerra Mundial.
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Diante do avanço nazista, sua família decidiu deixar a Polônia enquanto havia tempo. De carro, atravessaram a fronteira com a Romênia.
Sobreviveram ao Holocausto em Bucareste, escondendo o fato de que eram judeus. Lá, Jorge também estudou Arquitetura.
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No pós-guerra, conheceu a obra de Oscar Niemeyer e decidiu vir para o Brasil, imigrando em 1949. Aqui, obteve o contato do arquiteto Luciano Korngold, com quem trabalhou até abrir o próprio escritório.