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Dois estudos sobre COVID longa:
▪️A vac1nação reduz o risco de sintomas da COVID longa, especialmente em jovens
▪️O tratamento EXPERIMENTAL/EM ESTUDO (metformina) reduziu a incidência COVID longa (6,3%; placebo 10,4%).

Vou falar um pouco deles no fio abaixo 🧶👇 Ilustração de uma pessoa ca...
Vamos ao primeiro estudo, que é um estudo de coorte (com um grupo de indivíduos), usando registros de cuidados primários do Reino Unido, Catalunha e alguns dados da Estônia. Se a pessoa estivesse vac1nada, era também observado o tipo de vacina recebida

🔗papers.ssrn.com/sol3/papers.cf…
Segundo o artigo, a definição de COVID longa foi "como tendo pelo menos um sintoma listado pela OMS ≥90 dias após a infecção por SARS-CoV-2 sem histórico desse sintoma nos 180 dias anteriores"
População do estudo - pessoas vac1nadas:
▪️1.618.395 (UK); 5.729.915 (UK); 2.744.821 (Espanha) e 77.603 (Estônia)
▪️Não vac1nadas: 1.640.371; 5.860.564; 2.588.518 e 302.267 respectivamente

Pacientes com COVID longa:
▪️3.147 (UK); 36.490 (UK) 121.535 (Espanha) 20.332 (Estônia)
Segundo os resultados, quem se vac1nou teve uma proteção que variou de 16-41% contra os sintomas relacionados a COVID longa, sendo que a vac1nação com a pfizer apresentou melhores resultados.

Nos registros de UK, as variantes predominantes eram a #alfa e a #delta, mas nos registros da Espanha e Estônica, compreende-se já a onda da #ômicron.

É um estudo bem grande e que está no formato de pré-print, então precisamos aguardar a revisão por pares!
Já o segundo estudo faz parte de um grande estudo que é o COVID-OUT, avaliando o impacto de medicamentos sobre desfechos como a COVID longa, por exemplo, a metformina (MET). Os participantes do estudo foram acompanhados por 10 meses (ou 300 dias)

Uma questão importante dessa amostra: maioria eram mulheres, não vacinadas, com elevado IMC e que tiveram COVID sintomática.

Outros medicamentos também foram estudados: ivermectina e fluvoxamina. Ambos falharam em apresentar benefícios para a COVID longa
Nos pacientes que além de receber a MET, também eram vacinados (e com reforços), a redução da incidência foi ainda maior.

Existem várias considerações a se fazer. Esse benefício foi visto quando a MET foi dada 4 dias após o diagnóstico de COVID-19

A metformina (MET) é um medicamento muito indicado no tratamento da Diabetes Mellitus, então o estudo avalia uma reposição de um fármaco dentro do contexto da COVID-19. Nãosabemos o impacto da MET em pessoas que já tem COVID longo ou em tempos mais próximos do diagnóstico
Limitações importantes do estudo:
- viés de seleção da amostra, que pode não representar adequadamente a população
- maior parte do histórico de infecções foi na onda da #Delta
- O estudo excluiu grupos de baixo risco pra COVID grave

🔗link do estudo: thelancet.com/journals/lanin…
É importante que mais estudos avaliem esses possíveis benefícios da MET, para que se possa, com mais dados, fazer uma avaliação do custo-efetivo da reposição desse medicamento para o contexto da COVID-19

Lembrando que é uma medicação EM ESTUDO e ainda NÃO INDICADA pra COVID-19
Acho que já aprendemos que o uso de medicamentos sem indicação não é adequado. Parafraseando a @alinefortuna2 "é uma medicação EM ESTUDO PARA ESSA INDICAÇÃO e ainda não aprovada para COVID-19”

Vamos ir acompanhando juntos!
Nota: onde se lê custo-efetivo, era pra ser custo-efetividade hahaha
Ainda pessoal: NÃO TOMEM MEDICAÇÃO SEM PRESCRIÇÃO. Além de ser um tratamento EM ESTUDO, SEM INDICAÇÃO ATUAL PRA COVID-19, a metformina pode trazer efeitos colaterais, como náusea, vômitos, deficiência de vitamina B12, entre outros

nhs.uk/medicines/metf…

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