A sombra de um homem com uma bengala gravada na entrada do Banco Sumitomo, em Hiroshima. O calor extremo imprimiu sobre o solo as sombras das vítimas que estavam no epicentro da explosão da bomba atômica, lançada pelos Estados Unidos sobre a cidade há 78 anos.
1/17
O ataque contra Hiroshima ocorreu às 8h15 da manhã de 6 de agosto de 1945, quando uma bombardeiro da Força Aérea dos EUA lançou sobre a cidade o "Little Boy" — uma bomba de urânio com 3,2 metros de comprimento e peso superior a 4 toneladas.
2/17
A detonação ocorreu a cerca de 600 metros acima do solo, sobre o Hospital Shima, na região central da cidade. A bomba criou uma explosão equivalente a 16 quilotons de TNT. Um enorme clarão tomou os céus e uma devastadora onda de calor se alastrou pela área urbana.
3/17
O raio de destruição total chegou a 1,6 quilômetro. Dentro desse perímetro, todos os edifícios foram instantaneamente pulverizados. A devastação, entretanto, foi muito além. A onda de calor gerou incêndios generalizados, destruindo uma área superior a 11 km quadrados.
4/17
O número exato de vítimas não pode ser determinado com precisão. Estima-se que entre 70 e 80 mil pessoas morreram logo após a explosão — 1/4 da população da cidade. Nas semanas seguintes, os efeitos agudos do ataque fizeram o número de vítimas chegar a quase 170 mil mortos.
5/17
A temperatura no epicentro da explosão atingiu 7.000ºC, incinerando as pessoas ao redor. A luz incandescente da explosão nuclear, entretanto, gravou nas superfícies sólidas da cidade as sombras das vítimas, deixando um lúgubre registro de seus momentos finais.
6/17
O calor e a luz gerados pela explosão foram tão intensos que branquearam as superfícies atingidas. As pessoas e objetos que estavam nesses locais, entretanto, absorveram a energia e bloquearam a luz, projetando áreas de sombra que mantiveram a cor original das superfícies.
7/17
Qualquer corpo que estivesse no caminho da explosão impedia o branqueamento da área sobre a qual projetava sua sombra, deixando assim a sua silhueta gravada no concreto — fossem bicicletas, escadas ou seres humanos.
8/17
É o caso da pessoa de bengala que foi surpreendida pela explosão enquanto subia os degraus na fachada do Banco Sumitomo, no centro de Hiroshima.
9/17
A poucos metros dessa sombra, outro registro de uma pessoa que estava sentada em uma elevação da calçada também ficou gravado no solo. Esse fragmento foi destacado da calçada e encontra-se preservado até hoje no Memorial da Paz de Hiroshima.
10/17
Em outro local, junto à ponte de Yorozuyo-Bashi, os registros mostram pedestres tentando fugir da explosão. Algumas manchas sugeriam atos de coragem e altruísmo, com sombras que parecem tentar proteger outras.
11/17
Três dias após o bombardeio de Hiroshima, em 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos realizaram um segundo ataque nuclear ao Japão. O alvo dessa vez foi a cidade de Nagasaki.
12/17
Apelidada de "Fat Man", a bomba atômica era dotada de um núcleo de plutônio. Pesava 4,5 toneladas e tinha poder explosivo equivalente a 21 quilotons de TNT. Por volta das 11h da manhã, o dispositivo foi lançado sobre a cidade por um bombardeiro B-29.
13/17
Assim como em Hiroshima, a explosão causou uma destruição massiva, matando dezenas de milhares de pessoas instantaneamente e deixando milhares de feridos e desabrigados. Estima-se que cerca de 80 mil pessoas morreram em função do bombardeio de Nagasaki.
14/17
O mesmo fenômeno das "sombras atômicas" de Hiroshima foi registrado na cidade. Entre as mais conhecidas, está a sombra de um homem ao lado de uma escada, impressa em uma parede a três quilômetros do epicentro da explosão.
15/17
A maioria dos registros das "sombras atômicas" foram apagados durante a reconstrução de Hiroshima e Nagasaki. Os efeitos dos bombardeios nucleares, entretanto, até hoje afetam milhares de pessoas, que sofreram sequelas e desenvolveram doenças graves em função da radiação.
16/17
Calcula-se que os bombardeios atômicos realizados pelos Estados Unidos no Japão tenham matado em torno de 250.000 pessoas. Os ataques permanecem até hoje como as únicas ocorrências do emprego de armas nucleares em guerras, contra alvos civis.
17/17
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Há 105 anos, em 09/05/1920, nascia a revolucionária cubana Celia Sánchez. Estrategista e coordenadora logística da guerrilha, ela exerceu papel fundamental na viabilização da Revolução Cubana. Contamos sua história hoje, no @operamundi
Celia nasceu em Media Luna, uma cidade na província de Oriente, em uma família de classe média alta. Era filha de Acacia Manduley e do médico Manuel Sánchez. A mãe de Celia faleceu quando ela ainda era pequena, deixando 8 filhos.
2/25
A visão de mundo de Celia foi bastante influenciada por seu pai. Liberal humanista e admirador das ideias de José Martí, Manuel costumava atender gratuitamente os pacientes pobres nos grotões de Cuba e criticava energicamente as injustiças sociais no país.
A União Soviética foi o país que mais contribuiu para a derrota do nazismo. Nenhuma outra nação lutou em tantas frentes e venceu tantas batalhas. E o esforço do Ocidente para apagar esse grandioso legado é descomunal. Leia mais no @operamundi
“Sem os Estados Unidos, a libertação nunca teria acontecido”, disse Donald Trump nesta quarta-feira, na véspera do Dia da Vitória — data em que se celebra a rendição incondicional da Alemanha nazista e o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
2/27
A frase de Trump é apenas a adição mais recente a um extenso catálogo de declarações revisionistas que buscam, ao mesmo tempo, apagar o papel da União Soviética na luta contra o regime nazista e exagerar a contribuição dos Estados Unidos e de seus aliados no Ocidente.
Há 133 anos, nascia Josip Broz Tito, um dos maiores líderes socialistas do século XX. Marechal Tito comandou a luta contra o regime nazista nos Balcãs e liderou o governo revolucionário da Iugoslávia. Contamos sua história hoje no @operamundi
Josip Tito nasceu em 7 de maio de 1892 em Kumrovec, na Croácia, à época parte do Império Austro-Húngaro. Envolveu-se ainda jovem com o movimento operário, filiando-se ao sindicato dos metalúrgicos e ao Partido Social-Democrata da Croácia.
2/25
Em 1913, ingressou no Exército Austro-Húngaro, onde galgou rápida ascensão. Após a eclosão da Primeira Guerra, combateu as tropas da Rússia na Frente Oriental. Ferido em combate, foi capturado pelos russos e enviado para um campo de trabalhos forçados nos Montes Urais.
O ambiente era tétrico — e não havia como ser diferente, com tantos corpos dissecados à mostra. Mas o que era para ser uma visita a uma exposição sobre anatomia humana se tornaria um pesadelo para Kim Smith. Entre os vários corpos ali expostos, ela reconheceu o seu filho.
1/13
O caso ocorreu em Los Angeles, nos Estados Unidos. Há anos, a exposição "Real Bodies" é uma das principais atrações do hotel e cassino Horseshoe. Um grande sucesso de público e de faturamento — vendida como uma exposição educacional sobre o corpo humano.
2/13
A exposição exibe órgãos e corpos humanos reais, dissecados e embalsamados com uso de uma técnica chamada plastinação. A empresa responsável pela mostra afirma que os corpos são adquiridos legalmente e que são provenientes de pessoas que sofreram mortes naturais.
♫ Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança
Isso eu não faço não ♪
A música do Legião é bem conhecida. O episódio que ela evoca nem tanto. Entre 1980 e 81, militares brasileiros realizaram dezenas de atentados a bomba contra alvos civis.
Segue a lista🧶⬇️
Os ataques eram parte de uma campanha conduzida pelos militares da chamada "linha dura", incomodados com o processo de abertura política no país. Além de aterrorizar a população, eles pretendiam criar pretextos para restaurar o aparato repressivo dos Anos de Chumbo.
🧶↕️
18 de janeiro de 1980: uma bomba-relógio foi plantada no Hotel Everest, no Rio de Janeiro. O alvo era o líder trabalhista Leonel Brizola, que iria se hospedar no local. O artefato foi descoberto e desarmado antes da explosão.
Segue o fio sobre o que o governo Lula está fazendo para expandir e fortalecer o SUS — e que muita gente, pelo visto, não tá sabendo.
O orçamento da saúde que era de R$ 160 bilhões em 2022, no governo Bolsonaro, saltou para R$ 245 bilhões esse ano — 85 bilhões a mais.
🧶⬇️
O orçamento discricionário da saúde — isso é, os gastos não obrigatórios — mais do que dobraram entre 2022 e 2024. Passaram de R$ 23,85 bilhões para R$ 55,39 bilhões.
🧶↕️
O governo Lula mais do que dobrou o número de profissionais contratados pelo programa Mais Médicos (aumento de 105%). São 13 mil médicos a mais no SUS, justamente nas regiões de maior vulnerabilidade social.