Luís Fernando Tófoli Profile picture
Professor de Psiquiatria na Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, pesquisador de políticas de drogas e psicodélicos. Ele/dele. Posts mostly in Portuguese.

May 15, 2020, 9 tweets

"Uso ritual da ayahuasca durante o tratamento de doenças físicas graves: um estudo qualitativo" – o doutorado de @lucasomaia em Ciências Médicas na @unicampoficial que tive a satisfação de orientar – está disponível no repositório da universidade: repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP…

Sigam essa #aulacordel com os slides do Lucas.

Existe um potencial terapêutico para a ayahuasca que é ainda menos explorado do que em outras áreas: a interação do uso do psicodélico com a presença de doenças físicas. Há literatura sobre isso, mas ela ainda é bastante incipiente.

Vejam os objetivos gerais e específicos do estudo, que usou de metodologia qualitativa – focada em analisar opiniões/perspectivas humanas. O estudo mirou em entender como as pessoas que tiveram doenças graves e bebiam ayahuasca compreendiam a interação entre as duas coisas.

Como se pode ver por esse resumo dos métodos utilizados, o estudo – e isso é bem importante que fique claro – não nos permite afirmar se a ayahuasca funciona ou não como tratamento de doenças físicas.

O central aqui é o que pensam os entrevistados e a influência em suas vidas.

Os participantes foram 7 mulheres e 7 homens bebedores de ayahuasca de variadas idades, diagnósticos clínicos e tradições ayahuasqueiras.

O projeto, evidentemente, foi aprovado pelo Comitê de Ética da UNICAMP e o anonimato dos ayahuasqueiros é e será rigorosamente preservado.

Não vou detalhar aqui os resultados – a ideia aqui é divulgar o trabalho, para que vocês o leiam – mas vocês podem dar uma olhadinha no interessante mapa temático que o Lucas fez.

O artigo da tese já foi enviado a um periódico internacional e esperamos que seja publicado logo.

Para não deixar vocês sem respostas, vale comentar que estes resultados nos permitiram concluir que é bastante provável que o uso da ayahuasca possa funcionar como uma espécie de facilitador psicológico no enfrentamento e re-significação da experiência de se ter doenças físicas.

Por fim, é sempre bom lembrar que nenhum projeto científico acontece sem apoio e rede.

Estes são os agradecimentos aos colaboradores deste projeto.

Vale destacar a profunda gratidão aos participantes entrevistados e as graças à combalida @CAPES_Oficial.

Se você se interessou, clique aqui e leia o texto do @lucasomaia.

Claro que eu sou suspeito, mas eu acho o texto muito bem-escrito. Recomendo!

repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP…

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