Já imaginou viver em um planeta num sistema múltiplo, com seis sóis, onde não há noite? Siga-nos nessa #AstroThreadBR literária para saber mais sobre aglomerados estelares e sobre Nightfall (O Cair da Noite), um conto de Isaac Asimov publicado pela primeira vez em 1941.
O nosso Sol é uma estrela solitária, cuja vizinha mais próxima encontra-se a mais de 4 anos luz de distância.
O intenso fluxo luminoso do Sol, ilumina um hemisfério da Terra, mas no hemisfério oposto temos a noite escura para apontar nossos telescópios para as estrelas!
Mas apesar da solidão de nosso Sol, muitas estrelas nasceram e vivem em comunidade. Alpha Centauri, nossa vizinha, é um sistema triplo. Essa na foto é Albíreo (beta cygni) uma estrela dupla com a peculiaridade de que suas componentes possuem cores (e temperaturas) bem distintas.
Além dos sistemas duplos e triplos, temos os aglomerados estelares. Populações de estrelas que nasceram do colapso de uma mesma nuvem de gás. Aglomerados como o NGC 2516 são chamados “Aglomerados Abertos” e possuem de alguma dezenas até centenas de estrelas.
Aglomerados como Ômega Centauri, podem ser compostos por milhões de estrelas e são chamados de “Aglomerados Globulares”. Aglomerados globulares habitam o halo galáctico e são verdadeiros fósseis estelares, com estrelas quase tão velhas quanto o próprio universo.
Em Nightfall, Asimov conta a história de Lagash, um planeta cercado por 6 sóis, onde é sempre dia. A gravitação foi recém descoberta e com ela foi possível detectar a presença de uma lua até então desconhecida e prever que um eclipse deixaria o planeta às escuras.
Para uma civilização que nunca conheceu a escuridão o evento seria enlouquecedor.
Aqui na Terra, viver sem conhecer as estrelas seria o maior pesadelo dos astrônomos. Mas em Lagash, a chegada das estrelas pode trazer um terror ainda maior!
Nightfall é considerado por muitos o melhor conto de Isaac Asimov e já foi republicado em dezenas de antologias.
Leitura obrigatória para quem gosta de astronomia e de ficção especulativa, escrita por um mestre do gênero.
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E como também vimos muito questionamento aqui sobre o fato de não haver câmeras de engenharia monitorando cada etapa na montagem do JWST, trazemos aqui um fio original do @NASAWebb que traduzimos a seguir em uma #AstroThreadBR
1. Luz 💡
Os espelhos dourados são fotogênicos na Terra, mas no espaço os espelhos estão na escuridão absoluta, protegidos pela sombra do escudo solar.
Enquanto isso, o lado voltado para Sol é tão brilhante que causaria problemas de ofuscamento e contraste para as câmeras.
2. Energia 🔌
Cabos e energia precisariam chegar até as câmeras. Mais cabos aumentam os problemas de vibração e emissão térmica, colocando em risco a qualidade das imagens científicas.
Pra gente se situar: o James Webb é tão grande que teve que ser dobrado como um origami pra caber no cone superior do foguete @ariane5. Imagine como foi projetar não apenas um telescópio espacial, mas sim um telescópio espacial que poderia ser totalmente dobrado:
Sobre o escudo de calor: sua função é proteger o telescópio da luz e do calor do Sol, da Terra e da Lua. Aberto ele mede 22 metros por 10 metros - área de uma quadra de tênis. Impossível colocar algo desse tamanho em um foguete. O desdobramento começou 3 dias após o lançamento.
Tem cometa observável no céu? Tem!
E essa é a #AstroThreadBR pra quem quer saber tudo sobre como observá-lo do Brasil!
Vamos conhecer o cometa C/2020 F3 (#NEOWISE)
[créditos da imagem: @nasa / Bill Dunford]
Mas de onde saiu esse nome? Parece complicado, mas a regra é simples. O nome inclui período, data de descobrimento e nome do descobridor. No caso, o cometa é de longo período, foi o terceiro descoberto na sexta quinzena de 2020 e seu descobridor é o telescópio NEOWISE.
E de que ele feito? Essencialmente, gelo e poeira. Mas você não vai querer esse gelo na sua bebida. Há amônia, dióxido de carbono e outros componentes tóxicos em sua composição. Mas são esses componentes que conferem as belas cores observadas na cauda iônica e na cabeleira (coma)