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Finalmente assisti ao filme do MBL. Assim como eu achava importante a direita assistir ao “Democracia em Vertigem”, acho que vale todo o resto conferir o “Não Vai Ter Golpe” — vi no Google Play Movies.
São obras que dialogam — ou debatem — de várias formas. Numa, adultos entregam um drama com mil temores. Noutra, jovens se divertem enquanto lutam por seus ideais.
Mas está invertido: o adulto é a esquerda, a direita é o jovem.
Mas está invertido: o adulto é a esquerda, a direita é o jovem.
Queria destacar vários pontos.
Primeiro: fica claro que a narrativa de que Aécio não aceitou o resultado da eleição — Lula estava mandando essa há algumas semanas na BBC — não passava de narrativa.
Primeiro: fica claro que a narrativa de que Aécio não aceitou o resultado da eleição — Lula estava mandando essa há algumas semanas na BBC — não passava de narrativa.
Se, na sua bolha, diziam que Aécio era o grande vilão que tramava o impeachment de Dilma, saiba que, na bolha de quem queria o impeachment, Aécio era o senador que tinha medo daquele monte de gente na rua, só olhava da janela e vivia de fazer corpo mole.
E por isso foi chutado do protesto quando, só aos 45 do segundo tempo, resolveu aderir.
Também curto que o MBL não renega a política como meio para resolução dos problemas, e isso surge nos discursos desde os primeiros atos.
E por isso, em minha consciência, eu separo bem o que aconteceu antes do que aconteceu depois do impeachment.
O impeachment era uma pauta de quem queria as instituições funcionando. Bolsonaro é o resultando de quem quer que as instituições fracassem.
O impeachment era uma pauta de quem queria as instituições funcionando. Bolsonaro é o resultando de quem quer que as instituições fracassem.
Mas, por falar no dito cujo, vale a ressalva: a exclusão dele demonstra que não teve papel fundamental no impeachment. E de fato não teve. Era só um oportunista invadindo qualquer brecha pra sair na foto — mais ou menos como fez no final da Copa América, vocês viram.
Independente disso, entendo que todos nós, que batalhamos pelo impeachment, devemos esta satisfação à sociedade: como que tiramos o PT e colocamos figura tão repugnante no lugar? De alguma forma erramos. E o desafio é, inclusive, compreender como.
“Não Vai Ter Golpe” é um registro importante de um momento histórico. E eu mal posso esperar pela continuação: Não Vai Ter Golpe 2 - O inimigo agora é outro.
