Bolsonaro fez o que sempre faz: ouve Olavo, dobra a aposta, cria problemas para os militares, testa a temperatura da água, ao deixar vazar uma medida que ele deseja, para (1) aplica-la ou (2) recua e diz que a imprensa é mentirosa. Hoje, ele recuou (1/5).
Nesse jogo, a base de apoio de Bolsonaro se anima, mas se ele é forçado a recuar, a base muda de lado e aclama o líder dizendo que a mídia é mentirosa. As mesmas pessoas que compartilharam até tweet fake dele aclamando Osmar Terra (2/5).
Mandetta fica humilhado, não tem coragem de pedir demissão, e a oposição, medrosa, comemora o recuo, quando fica claro que ela não tem condições para pedir o impeachment, não tem condições nem capacidade de radicalizar (3/5).
Enquanto isso, Olavo ri. E Olavo, que nem é filósofo, nem é astrólogo, ri, enquanto eventualmente ofende a condição de saúde de Villas-Bôas, mas nada lhe acontece. Olavo é o preposto do arranjo mundial que colocou e sustenta Bolsonaro (4/5).
Enquanto isso, os militares continuam sem querer perder a boquinha, arrotam que são os "adultos na sala", mas não são, e ficam tentando remediar o método da loucura. Fato é que hoje caminhamos para o afrouxamento do isolamento e mais mortes (5/5).
