Além das referências óbvias - e datadas, eu sei - quero dedicar o texto ao @muhammadpuncha e à conversa que tivemos sobre o jihad aqui nesta rede social.
Por onde eu marcho,
se as portas devem ser cerradas
e os estampidos da batalha
são trocados pelo silêncio
que contempla o quanto
somos desabrigados?
Onde hei de vibrar
o brado feroz de guerra,
se minha garganta se cerra
pelo medo surdo da dor
que pode trazer os dados cruéis
jogados pelo ceifador?
Se o machado da justiça
pesa em meus braços agora,
eu preciso entender de vez
que quem preciso vencer nesta hora
é o maior de todos os meus inimigos,
o mais perigoso que há.
Ele não é o soldado do outro lado:
meu irmão de carne
e misérias e gozos da carne.
Ele não é o veneno invisível
que se espalha pelas cidades
e sussurra que morrer é tão fácil.
Ele não é o regente sem pundonor
o que mente para ganhar, e
por ódio vem nos apartar.
Meu inimigo sou eu,
e o som que meu eu faz;
na solidão deste confinamento
é dessa grande guerra santa
entre o que sou
e o que eu desejo
que terei que,
primeiro,
sobreviver à peleja.
Crédito da imagem: "Guerreiro", de Samuel Bak (1968)
A @Folha precisa tomar cuidado com o jornalismo declaratório, ainda mais ao trazer um artigo de outra mídia. Estou marcando o @folha_ombudsman aqui para que esteja ciente.
A matéria citada saiu no TMZ, um site americano de entretenimento, e a tradução do título é: "Médico da ketamina diz :'Não culpem a ketamina... ainda é um tratamento efetivo'".
"KETAMINE M.D. SAYS DON'T BLAME THE KETAMINE... Still an Effective Treatment" tmz.com/2023/12/19/mat…
Quem me segue sabe que eu combato o sensacionalismo em relação às drogas, especialmente a sua satanização por si mesmas. Para entendermos o uso problemático delas, temos que olhar muito antes para as pessoas do que para as substâncias. Mas também precisamos entender seus riscos.
Oi pessoal, eu gostaria de falar um pouquinho para vocês sobre a morte do ator americano Matthew Perry, o Chandler da série "Friends". Vocês devem ter visto recentemente as informações sobre a causa da morte dele ter sido pelo uso de ketamina.
Antes de continuar, é importante alertar que esse #cordel tem gatilhos relacionados a ansiedade, depressão e uso problemático de drogas.
A ketamina é um anestésico com características psicodélicas dissociativas, cujo nome científico que a gente usa na Medicina é cetamina. Ela vem sendo utilizada de maneira off-label, ou seja, que não está prevista na bula do medicamento, para o tratamento da depressão.
Isso saiu na @Nature no mês passado, mas só vi hoje, e ainda assim eu acho que vale a pena reportar: há uma crise na ciência, e ela afeta a saúde mental dos cientistas. A principal causa, segundo o artigo? A cultura tóxica da carreira. Segue o #cordel aí.
O título do texto é "Há uma crise de saúde mental na ciência - a cultura de pesquisa tóxica é a culpada". O texto informa que pesquisadores relatam altas taxas de ansiedade e depressão, chamando a atenção para a necessidade de mudança antes que seja tarde demais.
Estudantes de pós-graduação e pesquisadores enfrentam diversos desafios, desde baixos salários até assédio e discriminação. Alguns estudos recentes mostram que essas pressões têm impacto direto na saúde mental dos cientistas.
Sobre a tragédia evitável do advogado criminalista que morreu pelo disparo de sua própria arma causado por um aparelho de ressonância magnética, me pergunto: por quê?
Consta que Leandro Mathias de Novaes recebeu e assinou o termo de que informava sobre os riscos do magnetismo.👇🏼
Consta também que ele retirou a munição extra que levava(um pente com trinta balas – e eu também me pergunto pra que ele portava tudo isso de munição) e entregou para a equipe responsável.
Mas, por alguma razão, Leandro decidiu não retirar e entregar sua pistola carregada. 👇🏼
Ao se aproximar do aparelho para falar com sua mãe, que era quem fazia o procedimento, a arma, que estava oculta, foi atraída pelo campo magnético da máquina e bateu no aparelho, onde ficou aderida, mas não sem antes disparar e ferir o advogado, que faleceu 19 dias depois. 👇🏼
Sou um cético fascinado com os fenômenos aéreos não identificados (FANI), o 'rebranding' dos OVNI. Não sei o que são, mas acho que já tá na hora de se estudar o fenômeno a sério. No #cordel, o resumo deste artigo da Scientific American sobre o tema. scientificamerican.com/article/scient…
O artigo discute o aumento recente de interesse governamental nos EUA em estudar fenômenos aéreos não identificados (FANIs, antes chamados de OVNIs). A Agência de Inteligência Nacional dos EUA lançou um relatório não classificado sobre FANIs para o Congresso em 12 de janeiro.
Futuros relatórios serão apresentados anualmente. Além disso, a NASA criou uma equipe de estudo de 16 membros para melhorar o entendimento científico sobre os FANIs. Há também uma ampla variedade de esforços privados de pesquisa.
Já foi aprovado prescrever MDMA e psilocibina na Austrália!
Essa novidade pegou desprevenida a comunidade psicodélica mundial. A Austrália será o primeiro lugar do mundo em que a prescrição terapêutica destes dois psicodélicos será legal.
Em uma decisão inovadora e fora do radar para os estudiosos, a Therapeutic Goods Administration (TGA), o equivalente australiano da ANVISA, autorizará a prescrição do psicodélicos psilocibina e do entactógeno MDMA para fins terapêuticos, por psiquiatras. tga.gov.au/news/media-rel…
A partir de 1º de julho de 2023, medicamentos que contêm as duas substâncias poderão ser prescritos por psiquiatras autorizados. As prescrições terão que sere direcionadas especificamente para o tratamento de dois transtornos mentais.