Cobertura de #ciência é desafiante. Há muitas nuances e todo cuidado é pouco, mais ainda pra quem saltou do jornalismo diário para a #pandemia . Hoje, um tuíte da OMS @WHO sobre incertezas a respeito de anticorpos em pessoas infectadas com #coronavirus deu confusão (fio)
A comunicação da OMS durante a pandemia tem recebido críticas e algumas delas são justificadas, como esta do @NateSilver538 , que sugeriu usar “não há provas definitivas ainda” ao invés de “não há evidências” (sobre anticorpos em pessoas recuperadas)
O fato é que os estudos existentes apontam, sim, para algum nível de imunidade após a recuperação de infectados por #SARSCoV2 , mas os cientistas precisam de mais tempo pra entender em qual escala (no fio do Nate Silver tem uma boa reportagem do @nytimes a respeito)
Mas não é só a comunicação da OMS que falha: a cobertura dos jornais também pode deixar as pessoas confusas. Em menos de uma semana, bebendo da mesma fonte, @NPR e @abcnews publicaram reportagens antagônicas sobre anticorpos e #covid19
A fonte é o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul (KCDC), que publica relatórios diários sobre seus estudos científicos. É a ciência emergencial compartilhada em tempo real, sem peer review, um dos pilares da confiabilidade na ciência cdc.go.kr/board/board.es…
Aqui, a ABC News, ainda que com algum cuidado na semântica, cravou que as notícias sobre anticorpos vindas dos estudos na Coreia do Sul eram animadoras. Não tenho certeza, mas me parece que a notícia é baseada no relatório do KCDC do dia 22 de abril abcnews.go.com/Health/south-k…
Mas l, dias antes, em 17 de abril, a NPR noticiava a assustadora constatação de especialistas sul coreanos sobre a possível reinfecção de pacientes que se recuperaram de covid19. Afinal, quem está certo? A melhor resposta é estranha: ninguém está errado npr.org/sections/coron…
É cedo! A ciência sobre a doença nova está em construção. Pesquisadores precisam de tempo; jornalistas, de critério; institutos e organizações, de comunicação mais precisa; e o público carece de algum controle da ansiedade pra não balançar ao sabor do vento
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Neste "capítulo", focamos no dia a dia dos agricultores familiares que vivem na #Floresta Nacional do #Tapajós e na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, onde #cientistas trabalham lado a lado com #ribeirinhos no desenvolvimento de tecnologias alternativas ao fogo na agricultura
Estas populações dependem do que plantam para sobreviver e utilizam pequenas #queimadas controladas no preparo do solo. Sem suporte técnico do Estado, pressionados por desmatadores e por um #clima cada vez mais seco, eles ainda se veem acusados pelo governo federal
Da próxima vez que o gov federal mentir sobre a responsabilidade pelos incêndios na #Amazônia, envie o nosso mapa. Difícil negar a realidade quando ela aparece sobreposta em camadas de dados na mesma visualização: #FOGO e #DESMATAMENTO tem relação direta: cortinadefumaca.ambiental.media
Ontem, na ONU, Bolsonaro culpou os pequenos produtores rurais das populações tradicionais amazônicas e do #Pantanal pelas queimadas nas duas regiões, mas isso não é verdade. O time da @ambientalmedia passou 6 meses investigando os dados de fogo e desmatamento na #Amazônia
Não “só” a divulgação de multas ambientais agora está submetida ao vice-presidente Mourão. Uma série de publicações no DOU nos últimos dias esvazia ainda mais a atuação do Ibama, limita o Conselho Nacional da Amazônia ao Executivo e cria aberrações. Links da boiada passando
PORTARIA Nº 1.369, de 16 de junho, institui um núcleo de instrução de processos ambientais e proíbe a divulgação de multas ambientais ainda não julgadas. É um ataque à transparência e à conservação ao mesmo tempo in.gov.br/en/web/dou/-/p…
RESOLUÇÃO Nº 1, de 17 de junho, sobre o Conselho Nacional da Amazônia, limitando os membros ao poder Executivo federal, que poderão convidar outras pessoas, como prefeitos e governadores da Amazônia Legal, mas estes ñ terão direito a voto in.gov.br/en/web/dou/-/r…
URGENTE: Indígenas das etnias Tiriyó, Katxuyana, Txikiyana, Wayana e Aparai, moradores de TIs entre norte do Pará e fronteira c Amapá, pedem socorro. A região só é acessível por avião, já há 19 indígenas c #covid19 e ali há povos recém-contatados e isolados. Etnocídio em curso
O esvaziamento dos órgãos ambientais e a validação da ilegalidade patrocinadas por Salles e Bolsonaro atuando na disseminação da #covid19 no interior da #Amazônia: recebo de fonte a DENÚNCIA de que um piloto de balsa na região de Santarém desafiou ordem dos fiscais do @ICMBio
A balsa transporta passageiros entre as localidades do Baixo Tapajós, onde existem algumas Unidades de Conservação, como a Floresta Nacional (Flona) Tapajós. Só que uma portaria do MMA do final de março fechou todas as UCs do país. Questionado pelos fiscais, o homem deu de ombros
Disse que seu barco está regularizado pela Marinha e que NÃO RECONHECE A AUTORIDADE DO ICMBio. O saldo é trágico: a embarcação teria sido o veículo para a contaminação de 20 pessoas apenas na comunidade de Prainha, que fica na Flona Tapajós, sendo que um dos ribeirinhos já morreu
A conclusão do maior estudo feito até aqui com a #cloroquina, recém publicado no Journal @TheLancet : “Em resumo, este estudo (...) de pacientes com COVID-19 que necessitaram de hospitalização constatou que o uso de um regime contendo hidroxicloroquina ou cloroquina +
com ou sem macrolídeo*) foi associado a nenhuma evidência de benefício, mas, em vez disso, foi associado a um aumento no risco de arritmias e a um maior risco de morte hospitalar (...) +
Os resultados sugerem que esses medicamentos não devem ser utilizados fora dos ensaios clínicos e é necessária a confirmação urgente dos ensaios clínicos randomizados.”
*macrolídeo é o grupo de antibióticos ao qual pertence a azitromicina