No Brasil, o desemprego saiu de 12,1% (março) para 12,6% (abril). Nos Estados Unidos, a taxa saiu de 4,4% para 14,7% no mesmo período.
Isso explica nossas diferenças...
Por aqui, para um empresário demitir há: aviso prévio, férias e 13° proporcionais, saque do FGTS e multa de 10%.
Nos Estados Unidos não tem nada disso.
Muitos podem achar o Brasil melhor. "Ah, se manter emprego é bom, é melhor que a empresa não demita rapidamente".
Mas há 3 consequências.
Quem não pode demitir, também pensa 2x antes de contratar!
O resultado é um mercado de trabalho muito menos dinâmico.
Os EUA vão voltar para os 5% de desemprego muito mais rápido que nós.
Nós vamos passar pelo Jobless recovery, uma recuperação sem criar tanto emprego como eles. Porque nossos empresários resistirão mais.
severas restrições no mercado de trabalho estão entre os que apresentam as maiores taxas de desemprego do mundo.
Há uma Lei que estabelece o pagamento duplo em caso de demissões injustificadas. É quase impossível demitir na Venezuela.
As empresas tem um número ótimo de funcionários. No Brasil, em épocas de crise, as empresas tem MAIS funcionários do que deseja e, em épocas de recuperação, tem MENOS funcionários do que o ideal.
E o que isso significa?
Lembra a tal da produtividade? Se você tem mais funcionários do que quer nas CRISES e menos do que deseja na RECUPERAÇÃO, no final do dia, você produz menos do que poderia...
A mobilidade no mercado de trabalho é um ingrediente
importante para o progresso tecnológico. Não queremos que a sociedade fabrique tantas máquinas de escrever como produzia há 30 anos.
É importante que as pessoas mudem de atividade.
Os dados sugerem que grande parte dos empregos são gerados por empresas + jovens. No Brasil, vamos manter os mesmos velhos empregos de sempre.
O preço disso no curto prazo é um mercado mais volátil. Mas um mercado mais dinâmico é o que gera mais riqueza.
Labor é bastante interessante e nem sempre tão intuitivo.